Os três paradoxos dos inimigos de Francisco

Papa Francisco. | Foto: Catholic Church in England and Wales/Flickr

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09 Janeiro 2020

Como diz o cardeal Pietro Parolin, “é difícil convencer aquele que não quer ser convencido. Você pode mostrar todas as motivações que desejar, mas se não houver disposição de espírito também para entender as razões do outro, e é isso que acho que falta hoje, às vezes o diálogo, mesmo dentro da Igreja, parece quase entre surdos”.

O comentário é de Rubrica Gazzetta Santa MartaIacopo Scaramuzzi, publicado por Jesus, 08-01-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Para um homem que acredita na mediação, são palavras de inacreditável gravidade. Um sinal de que, na comitiva do papa, considera-se que os opositores ultrapassaram amplamente a marca. Até agora, Francisco deixou para lá: com misericórdia evangélica e com inteligência para não transformar em mártir algum prelado petulante. Não se pode excluir que em algum momento ele acabe perdendo a paciência, mas não faltam motivos para mantê-la.

A rigidez de seus críticos mais ferrenhos e seu ódio, conforme a ocasião, contra as pessoas homossexuais da sociedade moderna, das outras culturas, principalmente, pode criar o fervor de alguns católicos, mas mostra, aos olhos de todos os outros, a oportunidade de reformar a Igreja.

Aqueles que, em nome da Tradição - naturalmente com o "t" maiúsculo - atacam o Romano Pontífice, erodem exatamente tal tradição: dessacralizam o papado (que gostariam que fosse mais sagrados); mostram, com recriminações sem precedentes, que a Igreja (que gostariam fosse imóvel) muda; sua liberdade de crítica confirma que existe uma (odiada) democracia católica. E se o Papa pode ter pensado em renunciar, por fim, certamente não fará isso sob ataque: mas "os haters de Francisco - observa Robert Mickens na La Croix International - são obviamente obtusos demais para entender que suas tentativas de fazê-lo cair estão reforçando a sua determinação em reformar a Igreja".

 

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