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Quando descobri que comer é um ato político

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18 Outubro 2018

A Semana Mundial da Alimentação nos faz refletir que uma dieta saudável é melhor para nossa saúde e a do planeta. Mas precisamos cobrar dos nossos governantes, escreve Mariana Campos, jornalista do Greenpeace Brasil, em artigo publicado por Greenpeace, 17-10-2018.

Eis o artigo.

Aos 17 anos, decidi me tornar vegetariana porque não queria mais comer bicho. Mal sabia que um mundo completamente novo se abria para mim naquele momento. Até então estava acostumada a comer qualquer coisa que minha mãe preparasse. Fui criada no subúrbio do Rio de Janeiro, onde fim-de-semana sim e outro também tem churrasco ou feijoada. Ou aprenderia a cozinhar sem carne ou passaria fome!

Nessa época, eu virei a “louca da alimentação saudável”: pesquisava em sites como o da Sociedade Vegetariana Brasileira, trocava ideia com donos de restaurantes, marcava presença em congressos de alimentação… queria garantir uma boa ingestão de cálcio, proteína e outros nutrientes e tentava acalmar minha mãe, mostrando que eu não precisaria de carne para viver bem.

Nesse processo de começar a olhar com mais atenção para o que eu estava colocando no meu prato, descobri que comer é um ato político, mesmo. Só o fato de eu poder escolher o que consumir já me coloca em um lugar privilegiado. Uma reportagem recente da Agência Pública, por exemplo, traz histórias dramáticas de quem busca comida nas latas de lixo de São Paulo. Em seguida, conclui que, ao deixar de comer carne, estava contribuindo para diminuir minha pegada ecológica no planeta. A forma como produzimos alimentos no mundo hoje é altamente impactante. Enquanto a gente se delicia com pratos cheios de picanha, a Amazônia e o Cerrado estão sendo desmatados, principalmente por conta da produção pecuária.

Confesso que só depois de muitos anos seguindo uma dieta vegetariana – lá se vão quase duas décadas sem comer carne – é que fui me preocupar com a qualidade das verduras, legumes e frutas que colocava dentro do meu corpo. Ouvia falar que era importante comer orgânicos, porque as plantações estão cada vez mais contaminadas por agrotóxicos, mas como não encontrava esse tipo de produto em qualquer supermercado, não olhava para isso com atenção. (Hoje eu vejo o importante papel tanto dos supermercados quanto do poder público de facilitar – e baratear – o acesso a alimentos sem veneno, porque não é todo mundo que consegue contato direto com produtores locais)

Tudo fez sentido quando comecei a perceber que todos essas questões estão conectadas. No fundo, o motivo inicial de eu ter adotado o vegetarianismo – não concordar com a forma cruel como geralmente os animais são confinados e abatidos – está intimamente relacionado com as razões de quem para de comer carne por questões ambientais e com a dificuldade de acessar produtos orgânicos. O culpado disso tudo: o modelo agrícola convencional. Dentro dessa lógica de produção industrial, grandes áreas de floresta são convertidas em pasto ou plantação de soja para ração animal; nossos alimentos são pulverizados por veneno com subsídios do governo; recursos naturais essenciais como água e solo são contaminados; trabalhadores rurais são frequentemente explorados; e animais são maltratados. Além disso, no Brasil, a agropecuária corresponde a 32% dos gases de efeito estufa lançados na atmosfera. Só de pensar que podemos levar vários itens desse pacotão do mal para o nosso prato de comida todos os dias, meu estômago fica embrulhado.

A gente muda o mundo

Se uma quantidade considerável da população mundial ainda passa fome no mundo, como falar em acesso à alimentação saudável para todos e todas? Parece tarefa impossível, mas acredito que o melhor caminho seja o de questionarmos cada vez mais esse modelo atual de produção, distribuição e consumo de alimentos, e de defendermos uma agricultura mais justa e saudável para quem planta e para quem consome.

Para conseguirmos essa mudança tão necessária, é fundamental que cobremos dos nossos governantes um rearranjo na forma de produzir, distribuir e comercializar os alimentos, para que mesmo as pessoas mais pobres tenham condições de adquirir alimentos realmente saudáveis, com mais vegetais, menos carne e menos agrotóxicos e, de preferência, produzidos localmente. Isso também é ser ativista!

Ao mesmo tempo em que políticas públicas são fundamentais para trazer as mudanças estruturais de que precisamos, vale também a conscientização do quanto nossas decisões individuais contribuem para o bem-estar do planeta. Se você pode escolher colocar no seu prato alimentos que não carreguem todos os problemas socioambientais que listei nesse texto, por que não começar agora? Aproveite a Semana Mundial da Alimentação e se inspire! Informe-se, experimente receitas baratas e saborosas. Uma dieta mais rica em vegetais é ótima não só para a nossa saúde e o clima – é melhor também para as florestas, rios e oceanos, e para a segurança alimentar global.

Leia mais

  • Alimento e nutrição no contexto dos Objetivos do Milênio. Revista IHU On-Line, N°. 442
  • Fome zero depende da adaptação ao clima
  • ''Um mundo com fome zero é possível.''. Entrevista com Graziano da Silva
  • A explicação da fome em uma sociedade capitalista globalizada
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