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A santidade é cristã (e não democrata-cristã)

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07 Agosto 2018

Nesta nossa terra tão católica, sempre precisamos de santos e de milagres. Precisamos deles particularmente nos momentos cruciais, quando o nosso gênio nos leva pelo mau caminho dos atalhos (...). Precisamos de santos e de milagres nos momentos decisivos da nossa história. Dos santos e dos milagres certos, porém. Não nos serve o santo da festa, dos fogos de artifício no domingo e do lixo pelas ruas durante todo o ano; não nos serve a santa consoladora para nos resignar à derrota, à subordinação; não nos serve o santo do particularismo, da “panelinha”, do grupinho que fabricou o dossiê para a canonização, que levantou as centenas de milhares de euros necessárias, que distraiu seus rivais, que encontrou os canais certos. Precisamos do santo que leva ao cansaço de criar riqueza, não do santo milionário. Do santo que inspira a força para buscar a salvação, não do santo no paraíso.

O comentário é de Marco Ventura, publicada no caderno La Lettura, do jornal Corriere della Sera, 05-08-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

No último dia 19 de março, o Papa Francisco publicou a exortação apostólica Gaudete et exsultate sobre o chamado à santidade no mundo contemporâneo. O chefe da Igreja de Roma não pretende oferecer “um tratado sobre a santidade”, nem reformar em algum ponto a tradicional doutrina católica sobre as beatificações e as canonizações.

Ele está mais interessado em esclarecer o seu sentido hoje. O santo vale porque encoraja e acompanha o percurso de cada um à santidade. O que importa é a santidade cotidiana, nas pequenas coisas, nos laços com a família e a sociedade. A santidade daqueles que não são necessariamente bispos ou sacerdotes, religiosos ou religiosas, daqueles que podem até estar fora da Igreja Católica. A santidade que se realiza nas ocupações comuns e no exercício da responsabilidade: “Estás investido em autoridade?”, escreve Francisco. “Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais.”

A publicação do documento pontifício coincidiu com o aniversário do sequestro e do assassinato de Aldo Moro. O termo martírio foi usado muitas vezes. Muito se falou sobre a fé da vítima. A celebração das qualidades públicas e privadas do estadista da Puglia se sobrepôs a um processo de beatificação em pleno desenvolvimento.

Quem trabalha pelo bem-aventurado Aldo Moro se esforça para que seja aprovado um dos vários milagres atribuíveis ao presidente da Democracia Cristã, que se demitiu dela durante a prisão, ou para que se aceite a tese do martírio, que, diz-se, tornaria inútil a prova de um milagre ocorrido.

Se, além disso, se reconhecesse a ideologia anticristã dos terroristas comunistas, também se poderia defender que se tratou de um martírio por causa da fé. O caso de Moro, então, seria semelhante à das 1.235 pessoas, em sua maioria sacerdotes e religiosos, assassinados por comunistas e anarquistas espanhóis durante a guerra civil, entre 1936 e 1939, e beatificados por João Paulo II em 2001, por Bento XVI em 2007 e por Francisco em 2013.

A beatificação de Moro não é a única de políticos italianos. Estão em andamento, em fases diferentes, as causas de Alcide De Gasperi e Giorgio La Pira; espera-se a de Benigno Zaccagnini. Parecem superficiais os comentários. Por um lado, ressoa a nostalgia de um viveiro de políticos católicos impossível na Itália e no catolicismo de hoje. Por outro, o sarcasmo sobre a santa Democracia Cristã e sobre São Giulio Andreotti, como se não houvesse ainda tantas contas a fazer com a dimensão religiosa da nossa história política recente.

São reações que desviam da questão: de quais santos e milagres precisamos? Dos santos festivos, consoladores e particularistas? Ou dos santos feriais, de mangas arregaçadas, dedicados ao bem comum? Do santo que se destaca sozinho sobre a humanidade? Do supersanto que basta por todos?

Ou do santo entre muitos, que inspira tantos à santidade? Do santo que atende, intercede, acorre ao poderoso, ou do santo que, do além, acorre ao aquém e torna poderoso quem com ele se une em oração?

Sobre os títulos de santidade de Moro, De Gasperi, La Pira e Zaccagnini, talvez de Andreotti, quem vai se pronunciar será a autoridade eclesiástica, no seu devido tempo. Sobre o tipo de santidade que eles encarnariam, por sua vez, já podemos expressar dúvidas.

De fato, é forte o risco de que os bem-aventurados e santos democrata-cristãos, independentemente de seus méritos políticos e espirituais, revelem-se exemplos do santo festivo, consolador e particularista do qual não precisamos. Eles seriam a estátua de prata iluminada por uma centena de lâmpadas, levada para o centro da praça midiática digital para a curiosidade e a diversão do povo. Seriam o símbolo do prestígio da política católica: para a vã consolação dos intelectuais admiradores dos grandes democrata-cristãos que desprezaram quando jovens e dos militantes católicos educados a se espelharem no passado, em vez de se sujarem as mãos com a corrupção das suas comunidades. Acima de tudo, os bem-aventurados e santos democrata-cristãos seriam o ícone do particularismo. Reféns dos grupelhos que se identificaram com a causa deles, dos interesses dos territórios de referência, dos profissionais das causas canônicas.

Totalmente diferente é a santidade proposta por Jorge Mario Bergoglio. Assim como é diferente a santidade de que os italianos precisam. O desafio católico global e o desafio italiano se entrelaçam. Terminado o verão [europeu], caberá novamente a um italiano dirigir a Congregação para as Causas dos Santos, depois dos 10 anos do cardeal Angelo Amato na cúpula. O novo prefeito é o cardeal septuagenário Giovanni Angelo Becciu, por muito tempo diplomata da Santa Sé em países importantes.

Para o nosso bem e o da Igreja, continuaremos sendo um povo de santos. Esperamos não de santos festivos, consoladores e particularistas; não de santos intercessores, de “santos no paraíso”. Nem de santos alistados em um nacionalismo que blasfema o cristianismo e que também é uma constante tentação para o catolicismo italiano. Isto é, esperamos não ser o “povo de santos” celebrado por Benito Mussolini em 1935, às vésperas da conquista da Etiópia, seis anos após os Pactos Lateranenses com a Santa Sé e 11 anos após ter forçado ao exílio o Pe. Luigi Sturzo, outro democrata-cristão ilustre no caminho da beatificação após a conclusão, em novembro passado, da fase diocesana do processo.

Como em “Milagre em Milão”, filme detestado pelos progressistas e pelos conservadores da Itália do início dos anos 1950, a santidade de que precisamos está em equilíbrio entre o cotidiano e o ideal, entre a responsabilidade e a fé, entre a tenacidade no mundo e a confiança no sobrenatural.

É uma questão de pequenas e grandes verdades, ditas e praticadas, na política assim como nos negócios e no comércio. Totò, o protagonista do filme de Vittorio De Sica, interpretado por Francesco Golisano, tem razão: quem pode fazer verdadeiros milagres é quem se consome por um mundo em que “bom dia realmente queira dizer bom dia”.

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