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Injustiça - A Modernidade "dessacralizada"

Foto: Gabriel Andrés Trujillo Escobedo | Wikimedia Commons

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31 Março 2018

"Pergunto-me, então: é idolatria respeitar de modo indiscutível as interpretações particulares dos princípios de liberdade e igualdade? É a Igreja, na pessoa de Francisco, que deve assumir para si a tarefa de dessacralizar a modernidade?", escreve Emilce Cuda, teóloga em Buenos Aires, dirige o Programa para o estudo da cultura na Universidade Arturo Jauretche e ensina na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica e da Faculdade de Letras da Universidade de Buenos Aires, em texto publicado por Avvenire, 28-03- 2018. A tradução de Luisa Rabolini.

Abaixo segue trechos do seu novo ensaio: "Ler Francisco. Teologia, Ética e Política", ed. Bollati Boringhieri, com prefácio de Juan Carlos Scannone.

Eis o texto.

É palavra profética, a de Francisco. Palavra que "cheira a ovelhas" e militância. Palavra que é saudade tangueira de um paraíso perdido, com uma mistura de euforia futebolística por uma esperança escatológica; fórmula insólita, a de um portenho que coloca tão perto o céu e o inferno para mostrar possível o primeiro e tornar o outro visível. Palavra com que, em uma noite romana, sem querer, nivelaram-se os destinos dos que estão acima e dos que estão abaixo, dos depois e dos aindas. Palavra que arrasta atrás de si um mar imenso, das lutas, das conquistas e das derrotas de um povo, que é todos os povos, com os seus vivos e os seus mortos, seus amigos e seus inimigos. Palavra que parece a última voz do planeta e desmascara o demônio, escondido atrás de um capitalismo desumanizado; religião opaca, aquela do consumo. Palavra de pastor com fundamento teológico e pulso político. Palavra que, como em um tango, faz-nos conhecer hoje o que sabíamos ontem, o Evangelho de Jesus, o Cristo, para o qual todos são pessoas, especialmente os pobres, dignos de uma vida boa em abundância e alegria, aqui e agora, e não de refugos do sistema. Essa palavra prega unidade na diferença, a união sem a confusão.

O discurso pontifício do atual papa latino-americano tende a desmascarar as causas da pobreza, dessacralizando aquelas estruturas injustas que foram, ao contrário, divinizadas e desnaturalizando processos que na realidade são históricos. Um gesto desse porte feito por um dos sucessores de Pedro, leva os estudiosos e a imprensa internacional a centrar a sua atenção sobre o pensamento teológico e político argentino. Mas quanto há de argentino no discurso de Francisco? Muito, se considerarmos a sua denúncia política sem desculpas. A atitude profética - na pessoa de um pontífice - faz com que o mundo, teológico e não, se pergunte de novo, e desta vez de forma interdisciplinar: é legítimo falar hoje de teologia e de política, de teologia política e de ética teológica? O discurso de Francisco não parece ser apenas uma crítica escrita entre quatro paredes, porque exorta abertamente a uma conversão estrutural, social e política, como produto de uma praxe cultural encarnada, ou seja, envolvida nas tensões do presente. Seu discurso convida a tomar o caminho do exílio de uma cultura da morte e da tristeza para uma cultura da vida e da alegria. Quanto pode ser eficaz similar exortação para um público não-católico, não-crente e não-politizado?

À primeira vista, podemos ver que, ao longo dos últimos três anos, todos os dias pode ser registrada a presença de Francisco nas manchetes dos jornais ao redor do mundo todo. Logo após o triunfo da modernidade e seu liberalismo laico, que em muitos casos, tornou-se anticatólico, assistimos com assombro a esse espetáculo inesperado: um papa faz notícia, porque o papa é a notícia. Parece então que a voz do pastor não prega mais no deserto. Sua palavra é ouvida e levada em conta pelos governos laicos de quase todos os países do mundo e, em alguns casos, até mesmo temida, porque com ela se mede a opinião pública que os legitima [...].

Antes mesmo de nos perguntarmos se o discurso do Papa é teológico ou político, sem desdenhar as duas práticas como faria um reducionismo simplista que divide a realidade em bons e maus, observamos que a crítica do pontífice aos fundamentos políticos de estruturas sociais injustas tem prioritariamente o objetivo de "dessacralizá-las". A dessacralização é primariamente uma função teológica antes que filosófica ou política. Mesmo se o Papa assume posição nos conflitos políticos, lendo a realidade como um texto na busca de destacar as incoerências, e tornando audível e visível a exigência de justiça por parte do irmão - como acontece entre Caim e Abel no Gênesis -, não por isso acredita que os fundamentos políticos sejam transcendentes - como pretendia afirmar a modernidade – mas imanentes. Quando os princípios políticos imanentes são apresentados como transcendentes, necessários, invioláveis acabam sendo divinizados, eles tomam o lugar de Deus e geram novas religiões: o caso da relação entre capitalismo e consumo, alvo de críticas ostensivas do pontífice.

Pergunto-me, então: é idolatria respeitar de modo indiscutível as interpretações particulares dos princípios de liberdade e igualdade? É a Igreja, na pessoa de Francisco, que deve assumir para si a tarefa de dessacralizar a modernidade? Não seria uma tarefa já enfrentada por Bento XVI em seus famosos debates com Jürgen Habermas e com Paolo Flores D'Arcais? Francisco insere-se um debate que faz uso da terminologia marcado por um sistema desumanizado, ou institui novas categorias nesse debate, substituindo "igualdade" por "pessoas", "liberdade" por "trabalho" e "justiça" por "misericórdia" ?

Reconhecer a prioridade de misericórdia sobre a justiça é o exemplo mais evidente da palavra soberana de Francisco que, embora não seja teológica, nem por isso parece ser menos política. A misericórdia é algo diferente da justiça, ou é uma maneira diferente de entender a justiça, ou seja, não como sistema de retribuição dos méritos adquiridos, mas como sistema distributivo e de compensação, com o entendimento que as necessidades geram diferenças sociais e culturais, e que a tentação é mais uma causa do mal quando se divide e se julga? Dessa forma, o conflito social deixa de ser a território exclusivo da sociologia e da política, e também se torna território legítimo da teologia, em um plano diferente, mas não menos envolvente, “façam barulho”, conclama Francisco, tenham o “cheiro das ovelhas”. Como defende Juan Carlos Scannone, encontramo-nos com o Papa Francisco diante do surgimento de um novo paradigma, a partir do qual se critica o paradigma atual. A visão trinitária de Deus opõe-se, portanto, à idolatria do dinheiro, à autorregulação e à absolutização dos mercados, que se esquecem a categoria da relação. Na encíclica Laudato si’ é clara a afirmação do ser relacional; relação que agora se estende também à natureza.

Assim, o magistério pontifício de Francisco coloca novamente o político no centro do debate teológico, não como fundamentalismo religioso, mas como praxe limitada dos princípios construídos a posteriori pela experiência e marcando a fronteira entre ética e política, e entre religião e filosofia. Da mesma forma nasce o cristianismo, isto é, como uma teologia que critica a religião do Estado por ser fundamento absoluto da opressão e da exclusão, e que luta para deixar vazio aquele trono.

No entanto, para ler Francisco não podemos deixar de lado alguns critérios próprios da teologia latino-americana, que foram se delineando graças à praxe teológica com aquele povo específico. Os critérios são: o primado da relação com Deus, Cristo e Maria; a consciência de pertencimento à Igreja enquanto Povo de Deus e Corpo místico de Cristo; o sentimento de fraternidade e solidariedade com os outros; o culto dos mortos e a prática dos sacramentos, especialmente o batismo, que confere dignidade aos homens enquanto homens, independentemente de seus méritos.

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