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Chile. Um breve encontro com argentinos na sacristia

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19 Janeiro 2018

Juan Namuncurá, consanguíneo de Ceferino, qualificou a conversa com Francisco como “muito concreta e profunda”, embora não tenha especificado os termos da mesma. Francisco lembrava detalhes da carta que ele lhe enviou.

A reportagem é de Washington Uranga, publicada por Página/12, 18-01-2018. A tradução é de André Langer.

Tinham se passado apenas alguns minutos desde o término da missa presidida por Francisco no Aeródromo Maquehue, em Temuco. Foi um ato que reuniu milhares de pessoas e ao mesmo tempo emocionante. A agenda pontifícia não dá trégua, mas Bergoglio tinha decidido com antecedência que em Temuco abriria um espaço para um encontro, ainda que breve, com argentinos que ele queria ver pessoalmente e ouvi-los, mesmo por alguns minutos.

O lugar foi... uma peça próxima ao altar erguida no aeroporto e escolhida como “sacristia” para a ocasião. Talvez um dos poucos espaços de intimidade no meio da agitação da multidão, o espaço reservado para que Francisco se despojasse dos paramentos litúrgicos e voltasse a estar com a batina branca a descoberto, que o distingue desde que foi eleito pontífice. Ali, o Papa pediu que deixassem se aproximar esses argentinos com quem ele queria falar e dar uma calorosa saudação.

O primeiro a entrar foi Juan Grabois, líder da Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), que veio a Temuco integrando uma caravana de militantes e líderes sociais argentinos que queriam participar do evento litúrgico nessa cidade do sul do Chile. Foi uma conversa privada, entre velhos conhecidos. Aqueles que puderam observá-lo a uma distância prudente dão conta da cordialidade do intercâmbio expressado nos gestos de ambos os interlocutores.

Depois chegou a vez de um segundo grupo, mais heterogêneo. Foi integrado por Mario Cafiero, Eduardo Valdés (ex-embaixador argentino junto à Santa Sé e dirigente político de estreita relação com o Papa) e Juan Namuncurá, que reconhece como seu tio bisavô o beato Ceferino Namuncurá (1886-1905), mestiço nascido em Chimpay (Província de Rio Negro) e elevado pela Igreja aos altares. A convite dos argentinos, somou-se a este grupo Juan Carlos Reinao Marilao, chileno, médico, político e dirigente mapuque, que desde 2017 é prefeito da comuna de Renaico e presidente da Associação dos Municípios Chilenos com Prefeitos Mapuche. Outro encontro também breve, intenso, cordial e substancial.

A concepção desse encontro fora da agenda requer a apresentação de alguns antecedentes que explicam a sua razão de ser.

Há alguns meses, sabendo da visita de Francisco ao território chileno, Juan Namuncurá decidiu escrever uma carta ao Papa. Mario Cafiero e Eduardo Valdés serviram de facilitadores para que a carta de quase quatro páginas chegasse ao seu destino.

“Francisco querido e respeitado. Sou Juan Namuncurá, estou precedido pelas ações de meus antepassados; o mais nomeado e amado dos últimos tempos, meu tio bisavô Ceferino, ou Zapherino, nosso Pequeno Zafiro”, começa o texto que foi lido pelo Papa. E imediatamente explica o objetivo: “Eu quero ser ‘uma ponte para os seus irmãos’, que, pessoalmente e em consequência dos tempos, seus irmãos não são apenas aqueles que uma vez habitavam as comunidades hoje popularmente chamadas mapuche, mas toda a sociedade”.

Na sua carta, Juan Namuncurá não se arroga para si nenhuma representação particular, tanto da comunidade mapuche, como de qualquer outra organização social ou política. Limita-se a recolher características essenciais da história de sua família, ressaltando sua condição de “filhos dessas terras”, dado que “o termo mestiço não é próprio dos povos originários”, entendendo que “o que Deus uniu, o homem não deveria separar”. E lembrando como Huante Cura, bisavô de Ceferino, juntou-se com seus homens ao general José de San Martín, “não apenas pela comunhão no projeto”, mas “pela busca, talvez, de concretizar a origem de uma nova sociedade que começava a surgir e a expressar-se em nosso continente, muito diferente em termos sociais ao que se vivia até esse momento na Europa”.

Bergoglio leu atentamente o relato que também lembra que o avô de Ceferino, Juan Kallfukura, “participou ativamente de toda a grande epopeia andina”, desenvolveu uma forte atividade política a favor de “escravos, gaúchos, refugiados, marginalizados e perseguidos” e desenvolveu “ações defensivas muito fortes, quando as comunidades foram atacadas pelos mercenários que chegaram da Europa, contratados pela indignidade, para a concreção do genocídio e da subjugação dos povos indígenas”.

A carta menciona também Manuel Namuncurá, pai de Ceferino, e de ambos como artífices de um período de “outono”, ao qual se seguiu até hoje “grande quantidade de abusos e de violação de compromissos, reconhecimentos e leis ditadas”. Resultado que permitiu “a venda fraudulenta de territórios atribuídos” e todos os tipos de ataques e abusos contra as comunidades.

Em sua extensa carta, Juan Namuncurá propôs ao Papa o seu desejo de continuar “o legado e o compromisso da linhagem da minha família” buscando, junto “com um pequeno grupo de irmãos (...), novos caminhos e pontes, baseados na paz e na paz harmonia” centrados na “democratização dos povos originários”. Leia-se: “a participação dos povos originários de um ponto de vista democrático, nas câmaras dos deputados, senadores, etc. ... onde acreditamos que podemos modificar caminhos equivocados, em paz e no consenso de todos as partes”.

Para isso, disse Namuncurá a Francisco, nos últimos 30 anos vêm-se realizando ações e criou-se um movimento social intercultural chamado “Povos da Mãe Terra” com “a participação de diferentes sociedades originárias e não originárias, de um ponto de vista político para ter acesso às câmaras de deputados e senadores”. Na Argentina, mas com a pretensão de “iniciar um novo caminho com significado e exemplo planetário”. E pediu ao Papa seu apoio para alavancar a ideia.

Após ler a proposta, Bergoglio enviou a Namuncurá um convite para se encontrarem no Chile e conversarem pessoalmente sobre essas questões, fora da agenda oficial.

Este foi o tema da conversa na improvisada sacristia de Maquehue. Em contato com Página/12, Namuncurá qualificou a conversa como “muito concreta e profunda”, embora não tenha especificado os termos da mesma. Ele também ficou surpreso com a forma como o Papa lembrou detalhes da carta que lhe enviou, e destacou, particularmente, a maneira como Francisco retomou alguns dos temas e expressões na homilia que havia feito minutos antes. “Eu fiquei admirado – disse Namuncurá – com a grande rapidez intelectual de Francisco”, de quem ele espera receber apoio para a sua iniciativa e com quem continuará em contato para avançar nas conversas iniciadas em Temuco.

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