Irmãos da Caridade belgas desafiam o Vaticano e continuarão praticando a eutanásia

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14 Setembro 2017

Os responsáveis pelos quinze hospitais psiquiátricos dos Irmãos da Caridade da Bélgica não se renderão à ameaça de excomunhão e continuarão oferecendo a morte assistida em seus centros. Isso é o que se sintetiza de um comunicado publicado, hoje, pela organização caritativa, que reitera que seus membros “acreditam categoricamente” que a prática da eutanásia para enfermos psiquiátricos é compatível com a doutrina católica.

A reportagem é de Cameron Doody, publicada por Religión Digital, 12-09-2017. A tradução é do Cepat.

Sendo assim, em sua nota publicada hoje, a organização se reafirma na declaração de valores que adotou em março deste ano. Um texto que partiu, explica, “do pensamento cristão tal e como o aplicamos dentro da organização”, mas que também leva em conta “os caminhos e a evolução de nossa sociedade”. Embora a prática da eutanásia tenha sido legalizada na Bélgica, em 2002, a declaração dos Irmãos da Caridade causou furor não só na própria congregação, como também no Vaticano.

O superior geral da ordem, René Stockman, afirmou em várias ocasiões que a congregação “tomará providências judiciais” para forçar os responsáveis de seus hospitais – leigos, em sua maior parte – a mudarem sua política e, inclusive, “iniciará o processo” para retirar dos centros de saúde qualquer vinculação com a ordem ou com a Igreja. Também foi o próprio Stockman que pediu a intervenção do Vaticano, que concedeu à organização dos hospitais dos Irmãos da Caridade o prazo de até o final do mês passado para se retratar ou assumir o risco, leigos e religiosos juntos, de ser excomungados.

No comunicado publicado hoje, a organização dos Irmãos da Caridade lamenta que todos os esforços para abrir um “diálogo” entre a organização, a ordem e o Vaticano “ainda não tenham produzido qualquer resultado”, e lastima que nem teve a oportunidade de explicar sua argumentação. Em declarações reunidas pelo portal belga Kerknet, Stockman declarou que só responderá a este pedido de diálogo da organização, caso este “procure proibir a eutanásia, e não chegar a um ponto médio”, além disso, pensa em retomar o assunto com as autoridades vaticanas, em fins deste mês.

Por sua parte, a organização dos hospitais da congregação reafirma, em seu comunicado, que continuará oferecendo “o melhor cuidado possível” a seus pacientes, mas que também continuará levando a sério o “sofrimento insuportável e intolerante” que padecem estas pessoas e em razão do qual pedem uma morte digna.

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