• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A cidadania desafiada pelo golpe parlamentar

Mais Lidos

  • A herança crioula do Papa Leão XIV destaca a complexa história do racismo e da Igreja nos Estados Unidos

    LER MAIS
  • Guerrilheiro, refém, presidente, filósofo: a imensa vida de Pepe Mujica

    LER MAIS
  • O fascismo do fim dos tempos – e o refúgio dos bilionários. Artigo de Naomi Klein e Astra Taylor

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

15 Setembro 2017

"O futuro pertence especialmente aos humilhados e ofendidos de nossa história que herdarão as bondades que a Mãe Terra-Brasil reservou a todos" escreve Leonardo Boff, escritor, teólogo e filósofo.

Eis o artigo.

Entendemos por cidadania o processo histórico-social que capacita a massa humana de forjar condições de consciência, de organização, de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino. O grande desafio histórico é certamente esse: como fazer das massas anônimas, deserdadas e manipuláveis, um povo brasileiro de cidadãos conscientes e organizados. E como situar-se hoje diante do projeto dos golpistas de 2016?

Vejo seis dimensões de uma cidadania plena:

-A dimensão econômico-produtiva: a pobreza material e política é, entre nós, produzida e cultivada pelas oligarquias pois assim podem dominar e explorar melhor as massas. Isto é profundamente injusto.

O pobre que não tiver consciência das causas de sua pobreza pela exploração não tem condições de realizar sua emancipação.

-A dimensão politico-participativa: se as pessoas mesmas não lutarem em prol de sua autonomia e por sua participação social nunca serão cidadãos plenos. Não tanto o Estado mas a sociedade deve, em suas várias formas de organização e de luta, assumir esta tarefa.

-A dimensão popular: o tipo de cidadania vigente é de corte liberal-burguês, por isso inclui os que têm uma inserção no sistema produtivo e marginaliza os demais. É uma cidadania reduzida. Não se reconhece ainda o caráter incondicional dos direitos independentemente de posse, de instrução e de condição social.

A construção da cidadania deve começar lá em baixo e estar aberta a todos. Ela já é exercida nos inúmeros movimentos sociais e nas associações comunitárias onde os excluídos constroem um novo tipo de cidadania e de democracia participativa.

-A dimensão de con-cidadania: a cidadania não define apenas a posição do cidadão face ao Estado, como sujeito de direitos e não como um pedinte (não se há de pedir nada ao Estado mas reivindicar; os cidadãos devem organizar-se não para substituir o Estado mas para fazê-lo funcionar). A con-cidadania define o cidadão face a outro cidadão, mediante a solidariedade e a cooperação, como paradigmaticamente foi mostrado na Campanha contra a Fome, a Miséria e em favor da Vida, herança imorredoura de Herbert de Souza, o Betinho.

-A cidadania ecológica: cada cidadão e toda a sociedade têm o direito de gozar de uma qualidade de vida decente. Isso só é possível se houver uma relação de cuidado e de respeito para com a natureza. E se mostra pela não poluição do ar, das águas. dos solos e a não quimicalização dos alimentos. Cada cidadão deve se conscientizar de garantir um futuro à Casa Comum e herdá-la habitável para as gerações futuras.

-A cidadania terrenal: a con-cidadania se abre hoje à dimensão planetária, incorporando cuidado para com única Casa Comum e com bens e serviços limitados.

Importa viver os vários erres (r) do pensamento ecológico: reduzir, reusar, reciclar, rearborizar, rejeitar a propaganda enganosa, respeitar todos os seres etc. Não somos apenas cidadãos nacionais mas também terrenais, responsáveis pela Terra, como Casa Comum.

Nesse momento após o golpe jurídico-parlamentar de 2016 a cidadania é desafiada a confrontar-se com dois projetos antagônicos, disputando a hegemonia: o projeto dos endinheirados, antigos e novos, articulados com as corporações transnacionais querem um Brasil menor, de no máximo 120 milhões, pois assim, acreditam, daria para administrá-lo em seu benefício, sem maiores preocupações; os restantes milhões que se lasquem pois sempre se habituaram a viver na necessidade e sobreviver como podem.

O outro projeto, assumido pela cidadania, quer construir um Brasil para todos, pujante, autônomo e soberano face às pressões das potências militaristas, técnica e economicamente poderosas que visam a estabelecer um império do tamanho do planeta e viver da rapinagem das riquezas dos outros países. Estes se associam com as elites nacionais, que estão atrás do golpe de 2016. Elas aceitam ser sócios menores, ao troco de vantagens de seu alinhamento ao projeto-mundo. Assim fizeram no golpe civil-militar de 1964 e no atual jurídico-parlamentar de 2016.

A correlação de forças é muito desigual e corre em favor das oligarquias endinheiradas. Mas estas não têm nada a oferecer para os milhões de brasileiros, especialmente para os pobres, senão mais empobrecimento. Estas elites não são portadoras de esperança e, por isso, são condenadas a viver sob permanente medo de que, uma dia, esta situação possa se reverter e perderem sua situação de opulência e de privilégios. Esse dia chegará.

O futuro pertence especialmente aos humilhados e ofendidos de nossa história que herdarão as bondades que a Mãe Terra-Brasil reservou a todos. Valeu a pena a sua resistência, a indignação e a coragem de mudar em direção de um Brasil do qual podemos nos orgulhar.

Leia mais

  • A Medida Provisória 759 desterra a cidadania em nome do mercado
  • Cidadania não é consumo
  • O fim do breve ciclo da cidadania social no Brasil (1988-2015)
  • Betinho: do homem solidário ao homem contraditório. Entrevista especial com Carla Rodrigues
  • Cidadania adere à energia solar
  • A necessidade da participação como critério prévio à cidadania. Entrevista especial com Magali Bessone
  • Hospitalidade – Desafio e Paradoxo. Por uma cidadania ativa e universal
  • Na renda da cidadania, alternativa à barbárie
  • Ocupar, resistir, produzir: estudantes dão aula de cidadania

Notícias relacionadas

  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • "A democracia brasileira é chata. Não entusiasma ninguém". Entrevista especial com Francisco de Oliveira

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • Os jogos olímpicos: metáfora da humanidade humanizada

    "Nos Jogos Olímpicos impera outra lógica, diferente daquela cotidiana de nossa cultura capitalista, cujo eixo articulador é a c[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados