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Prepotentes com as vítimas e condescendentes com os prepotentes? A frágil resposta do cardeal Müller a Marie Collins. Artigo de Andrea Grillo

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07 Março 2017

“Uma Igreja que queira aprender a considerar o ponto de vista das vítimas precisa urgentemente não só de outros procedimentos, mas também de outro estilo para responder às perguntas.”

A opinião é do teólogo leigo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Sant'Anselmo, em Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, em Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, em Pádua.

O artigo foi publicado no seu blog Come Se Non, 06-03-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Como se observou com justiça, agora, da Comissão vaticana que se ocupa dos abusos de menores, demitiram-se ambos os membros que tinham uma característica marcante [Peter Saunders, em 2016, e Marie Collins, há poucos dias]: ambos tinham sido vítimas daquilo que a Comissão quer combater. Eu nunca deduziria disso que não se quer ouvir as vítimas. Não. O problema é, sim, que a linguagem curial não consegue ouvi-las e não é capaz de compreendê-las.

Uma prova bastante considerável dessa dificuldade nos é oferecida por uma resposta que o prefeito cardeal Müller deu nesse domingo ao jornal Corriere della Sera, às perguntas de Gian Guido Vecchi. Eis o texto:

Collins citou dois episódios: uma “mudança de procedimento” no cuidado das vítimas e um “pedido de colaboração”, ambos “rejeitados” pelo ex-Santo Ofício. O senhor está a par disso?

Não sei desses supostos episódios. A Comissão apenas transmitiu um pedido formal, pedindo-nos para escrever cartas às vítimas para mostrar a proximidade da Igreja ao seu sofrimento. Mas esse ato de cuidado pastoral é uma tarefa dos bispos nas suas Igrejas particulares e dos superiores-gerais dos institutos religiosos, que estão mais próximos. Se há uma decisão do papa ou a entrega de uma tarefa específica, não há resistências. A Congregação tem a tarefa de fazer um processo canônico. É bom que o contato pessoal com as vítimas seja feito pelos pastores do lugar. E, quando chega uma carta, sempre pedimos ao bispo que seja ele que tenha o cuidado pastoral da vítima, esclarecendo-lhe que a Congregação fará todo o possível para fazer justiça. É um mal-entendido que este dicastério, em Roma, possa se ocupar de todas as dioceses e ordens religiosas do mundo. Não se respeitaria o princípio legítimo da autonomia das dioceses e da sua subsidiariedade.

O que aparece com muito clareza é que, dessas palavras, emerge uma espécie de “surdez” às razões das vítimas, que não estão interessadas simplesmente na “instrução correta de um fascículo”, mas, acima de tudo, na consideração e no reconhecimento da sua condição de vítimas. Em particular, parece-me possível observar estas três coisas importantes:

a) a demanda de “comunicação direta” entre Congregação e vítimas não é principalmente a demanda de “violação de uma competência local”, mas sim a possibilidade de instituir um contato adequado para comunicar a violência, com um sujeito “terceiro”. Não são necessárias muitas explicações para entender que, se em uma diocese, ocorrem casos delicados como esses, deixar à própria diocese toda competência de relação com a vítima torna muito difícil a posição da própria vítima, acima de tudo. A “margem romana” não é aqui “violação de autonomia das dioceses”, mas sim possibilidade para que a vítima comunique com maior serenidade a violação do corpo. É preciso assumir uma ótica não apenas institucional, mas também pessoal, que, nas palavras do prefeito, infelizmente, estão ausentes.

b) parece-me igualmente frágil a objeção geral, sobre o fato de que a Congregação para a Doutrina da Fé não pode se ocupar de todas as dioceses. Basta pensar no exemplo da liturgia. Em caso de questões que digam respeito ao “uso do rito antigo”, a Congregação, através da Comissão “Ecclesia Dei”, passa por cima de todas as competências episcopais. Como é possível que essa seja considerada uma problemática “mais urgente” do que os casos de violência contra menores? Por que se deveria dar uma resposta direta central à demanda de um advogado de Boston que deseja a missa em vetus ordo ao lado de casa e negá-la, ao contrário, à menina de Brasília que um ministro ordenado abusou?

c) Enfim, mas seria preciso dizer “acima de tudo”, a resposta põe em dúvida a própria existência das dificuldades que levaram Marie Collins à renúncia. De fato, o prefeito, em primeiro lugar, diz: “Não sei desses supostos episódios”. O corpo violado de uma vítima, acima de tudo, deveria ser considerado confiável. A suspeita sobre as palavras de Collins corre o risco de valorizar uma ideia – simplista e distorcida – acerca de uma indiferença mais abrangente da Igreja em relação às vítimas. As palavras do cardeal Müller, que têm a justa intenção de excluir um clichê, são formuladas de tal forma e com tais prioridades que correm o risco apenas de confirmar aquilo que gostariam de excluir. Uma Igreja que queira aprender a considerar o ponto de vista das vítimas precisa urgentemente não só de outros procedimentos, mas também de outro estilo para responder às perguntas. E todos, precisamente todos, estamos empenhados a aprender esse estilo respeitoso e não burocrático, repleto de humanidade e de compaixão.

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