11 Dezembro 2018
A camada mais externa do nosso planeta que os geólogos chamam de litosfera (composta pela crosta terrestre e pela parte superior do manto que tem uma estrutura física sólida) é dividida em cerca de vinte placas grandes e igual número pequenas. Essas placas se movem continuamente empurradas pela subida do magma que vem do manto inferior. O movimento das placas é a principal causa dos grandes terremotos e erupções vulcânicas observadas em nosso planeta. O movimento determina e determinou no passado a ruptura e a recomposição dos continentes, ou seja, as partes das placas que se projetam acima do mar.
A reportagem é de Luigi Bignami, publicada por Business Insider Italia, 10-12-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Quando todos os continentes dão origem a uma única terra emersa, forma-se que é chamado de "supercontinente".
Geralmente, um supercontinente é formado ao longo de 400 a 600 milhões de anos. O último, chamado Pangeia, formou-se há cerca de 310 milhões de anos e começou a se fragmentar cerca de 180 milhões de anos atrás.
Se a situação atual continuar ao longo do tempo, presume-se que o próximo supercontinente será formado daqui a 200 e 250 milhões de anos, por isso estamos bem no meio caminho entre o último é a próximo grande continente.
Hoje conhecemos bastante bem como era o Pangeia, mas não sabemos como será e onde será o próximo supercontinente. Nos últimos anos, os geólogos têm tentado dar uma resposta a esse problema e os resultados não foram de todo semelhantes entre si, de forma que "nasceram" pelo menos quatro cenários diferentes, tanto por forma como por posição. Os quatro supercontinentes foram chamados: Novopangaea, Pangeia Ultima, Aurica e Amasia.
A diferença entre os diversos supercontinentes está ligada à maneira pela qual continuam a se mover as placas atuais. Poderiam, de fato, variar as velocidades e as direções das placas atuais e a hipótese de parâmetros diferentes levaria a situações distintas. Se assumirmos que as condições atuais irão persistir ao longo do tempo, de modo que o Atlântico continuará a se abrir e o Pacífico a se fechar, se terá um continente que estará aos antípodas em relação ao Pangeia. As Américas irão colidir com a Antártica à deriva em direção ao norte, e tudo irá se unir à África e á Eurásia.
Este deveria ser o cenário mais provável.
A hipótese considerada a mais provável, chamada Novopangaea
Mas há aqueles que acreditam que a abertura do Atlântico possa diminuir e até mesmo se fechar. Neste caso, a África poderia chegar até o norte da Europa, onde, porém, iria juntar-se com esta e as Américas viriam a colidir com a própria África. A Antártica se entrincheiraria entre a América do Sul e a Austrália. Surgiria assim um supercontinente com um grande oceano dentro dele.
O supercontinente Pangeia último
A terceira hipótese sugere que tanto o Oceano Pacífico como o Oceano Atlântico se fechem. Em tal caso, a Ásia viria para o oeste, e tudo daria origem a um continente relativamente semelhante ao Pangeia que os geólogos chamaram de Aurica.
Aurica
O último cenário, o que levaria ao nascimento da Amasia, sugere que a maioria das placas comecem a se mover muito rapidamente para o norte do planeta, a ponto de ocupar o Polo Norte. Nesse caso a Antártica permaneceria onde está, enquanto a África seria uma com a Eurásia, assim como a América do Sul iria se juntar à América do Norte e todos iriam encontrar-se formando uma coroa no Polo Norte.
Amasia
Para saber quem está certo será preciso esperar pelo menos 100 milhões de anos, quando o quadro dos movimentos das placas atuais vai mostrar qual será a verdadeira tendência.
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Assim será a Terra daqui a 200 milhões de anos, quando os continentes voltarão a se unir. Os 4 cenários possíveis - Instituto Humanitas Unisinos - IHU