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A euforia de investidores que normalizam o risco do extremista Bolsonaro

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03 Outubro 2018

Que Jair Bolsonaro e seu vice, o general Antonio Hamilton Mourão, defendam torturadores e a ditadura militar no Brasil não é um problema. Tampouco que o capitão reformado do Exército ofenda minorias sociais ou rejeite o conceito de direitos humanos, nem que o vice mencione uma Constituição feita "por notáveis". Nem mesmo as idas e vindas e incongruências das propostas de seu guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, que desapareceu dos eventos de campanha nas últimas semanas, preocupa no momento. Representantes do mercado financeiro e empreendedores no país se mostram receptivos à candidatura de extrema direita. Mais do que isso: há euforia na Bolsa de Valores de São Paulo com a alta do deputado federal nas pesquisas, ao lado do crescimento da rejeição à opção petista, a quatro dias do primeiro turno. Nesta terça, o índice Ibovespa fechou em alta de quase 4%, a maior desde novembro de 2016, com um dólar, em queda, valendo 3,9 reais.

A reportagem é de Felipe Betim e Regiane Oliveira, publicada por El País, 03-10-2018.

“Caiu a ficha de que se não temos ninguém exatamente como gostaríamos, pelo menos teremos alguém que é anti-PT, o maior medo”, explica Felipe Miranda, economista e sócio-fundador da Empiricus, uma importante publicação que sugere investimentos e estratégias para seus 200.000 assinantes. Foi apenas no dia do atentado contra Bolsonaro, em setembro, que, aparentemente, o mercado financeiro definiu seu voto. “O que observamos é que no dia da facada, em que houve a interpretação de aquilo aumentava a chance de sua eleição, o mercado subiu 1000 pontos muito rapidamente. Ali ele se revelou bolsonarista em alguma instância”, avalia Miranda.

Publicamente, a resposta para o endosso é sempre Paulo Guedes. O guru econômico do presidenciável – apelidado pelo próprio como “Posto Ipiranga”, em referência a propaganda que diz que o posto tudo resolve – foi sócio do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), um dos fundadores do Banco Pactual, do think tank liberal Instituto Millenium e da BR Investimentos, que hoje faz parte da Bozano Investimento. Em suma, um nome de mercado.

Mas há ressalvas. Maria Cristina de Barros, economista da consultoria MB Associados, explica que “as pessoas estão muito aguçadas e o mercado é binário”, o que faz com que “prefira apostar no curto prazo” em Bolsonaro. Barros coloca Bolsonaro no que chama de grupo de candidatos populistas, no qual está também Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). “Se você pega a proposta de Bolsonaro, ela não para de pé. Guedes não explica como passar para um sistema de capitalização. Fala em vender dois trilhões em ativos, mas qualquer pessoa que passou pelo governo sabe que isso é complicado de se viabilizar”. Também classifica sua proposta de reforma tributária – que prevê, entre outros pontos, igualar a alíquota do imposto de renda em 20% para todos – de “regressiva”. Para ela, além disso, quando uma “figura populista” está atrelada a uma agenda liberal, potencialmente “o cenário é de conflito”.

Não é o que pensa a Empiricus de Miranda. Para ele, Guedes é “uma garantia que blinda Bolsonaro de fazer besteiras”, ainda que o deputado de ultradireita "não chegue a ser considerado 100% liberal". Toda vez que o candidato foi confrontado com a perspectiva de ajuste fiscal na Câmara dos Deputados, ele não votou ou se absteve de votar, por exemplo, ele tem um passado estatista. “Caso fosse (considerado liberal), a bolsa estaria a 90.000 pontos, o dólar a 3,70 reais e o juro longo em torno de 9,5%”, estima Miranda. “O mercado comprou a ideia de que Bolsonaro é bom num primeiro momento, e não tenho dúvida que, caso seja eleito, haverá um rali de ativos de risco [de títulos que sofrem muita oscilação conforme a perspectiva econômica]. É algo a curto prazo, depois vemos o que acontece”, revela.

"Atentado civilizatório" e avaliação negativa da S&P

Mesmo quem é crítico de Bolsonaro, seja no mercado ou no grande empresariado, prefere não falar publicamente – ao contrário do que acontece no exterior: a revista tida como bíblia liberal The Economist chamou Bolsonaro de risco à democracia em sua capa e a agência de risco S&P disse que o candidato outsider oferece mais riscos que o PT. O silêncio ou endosso tácito no Brasil parece um sinal de que a opção de extrema direita está se acomodando sem maiores problemas e rapidamente. Declarações como a do empresário Ricardo Semler, na Folha de S. Paulo, não tem sido frequentes até agora: "Quem terá coragem, num almoço da City de Londres, de defender a eleição de um capitão simplório, um vice general, um economista fraco e sedento de poder, e novos diretores de colégio militares, com perseguição de gays, submissão de mulheres e distribuição de fuzis à la Duterte (presidente das Filipinas)?", escreveu Semler.

Um importante executivo do mercado financeiro, que preferiu não se identificar, avaliou, em conversa com o jornal, que Bolsonaro é um risco “a curto, médio e longo prazo” para a democracia. “Não há racionalidade econômica que justifique votar num atentado civilizatório. O mercado financeiro sempre foi conservador, mas é uma visão tão primária, tão ingênua…”, argumenta. A principal crítica seria quanto a capacidade do candidato do PSL em aprovar sua agenda econômica. “Um cara como Guedes não dura cinco minutos conversando com deputados. E eu aposto o que você quiser que ele não fica”, diz ele.

Miranda, da Empiricus, esclarece qual a métrica para o julgamento: “Eu, pessoa física, não tenho dúvidas de que a democracia é melhor. Mas há ditaduras, como a da China, em que os mercados financeiros se comportam muito bem”, argumenta. “Não há uma relação histórica entre democracia e crescimento econômico, que se traduz em lucro para empresas e alta das ações”, acrescenta. A prioridade é que uma reforma da Previdência e um ajuste fiscal sejam realizados para, na avaliação do mercado, reacender o motor econômico. Avaliando uma situação hipotética, diz que, caso o Congresso fosse fechado e uma reforma da Previdência aprovada na marra, a bolsa subiria.

Se a reação com a entrada de Bolsonaro tende a ser positiva para os mercados, o mesmo não se aplica a Haddad, avalia Maria Cristina de Barros, da MB Associados, ainda que isso não seja estanque, ela avalia. “Se de fato Haddad formar uma coalizão na qual atraia parte do centro, então a situação pode se acalmar. Ele entra pior, mas tem chance de melhorar”, explica. Ela avalia, contudo, que Haddad seria um presidente fraco por causa da polarização política e por considerar que o próprio PT está dividido, o que diminuiria sua capacidade de “segurar a pressão”.

Miranda concorda que o antipetismo dos mercados tampouco é automático. “O capital não tem ideologia. É pragmático e poderia conviver perfeitamente com o PT. Se Haddad nomeia o Marcos Lisboa, a bolsa sobe quatro pontos. Um dos maiores ralis de bolsa foi no ciclo 2003-2007, que coincide com Lula 1”, lembra Miranda.

Empresários e bancada ruralista

Ao contrário de outras eleições e também como ressaca da Operação Lava Jato, que expôs as relações corruptas entre empresariado e o Estado, a tônica entre os nomes mais importantes do PIB é de reserva, até agora. No entanto, Bolsonaro conta com um pelotão de empresários médios a seu favor, entre eles ruidoso proprietário da rede de lojas Havan, Luciano Hang, que já infringiu a lei eleitoral para promover a candidatura do Facebook e está sendo acusado pelo Ministério Público do Trabalho de coagir seus funcionários a votar no deputado federal –o mesmo vale Pedro Joanir Zonta, presidente do grupo Condor, a maior rede de empresários do Paraná. Outros empresários que já foram a público anunciar sua intenção de votar no ex-militar são: Meyer Nigri (Tecnisa), Bráulio Bacchi (Artefacto), Sebastião Bomfim Filho (Centauro) e Luiz Antonio Nabhan Garcia (União Democrática Ruralista).

Nesta terça, Bolsonaro ganhou um apoio de peso, da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), o nome oficial da bancada ruralista no Congresso. Além da formação de base parlamentar, essencial para o candidato, há uma mensagem de endosso econômico de um dos setores mais estratégicos do país, o agronegócio, responsável por um pouco mais de 23% do PIB do país, nas estimativas do setor. A declaração atende “ao clamor do setor produtivo nacional, de empreendedores individuais aos pequenos agricultores e representantes dos grandes negócios”, diz a nota da FPA.

O front contrário ainda é tímido. Recentemente, um grupo de personalidades, dentre eles alguns empresários, assinaram um manifesto em que reafirmam seu compromisso com a democracia e rejeitam Bolsonaro. Entre os nomes do mundo empresarial de peso estão Guilherme Leal, sócio da Natura, e Octavio de Barros, ex-economista chefe do Bradesco. “Podemos divergir intensamente sobre os rumos das políticas econômicas, sociais ou ambientais, a qualidade deste ou daquele ator político, o acerto do nosso sistema legal nos mais variados temas e dos processos e decisões judiciais para sua aplicação (...) no entanto, nos deparamos com projetos que negam a existência de um passado autoritário no Brasil, flertam explicitamente com conceitos como a produção de nova Constituição sem delegação popular, a manipulação do número de juízes nas cortes superiores ou recurso a autogolpes presidenciais (…)”, diz o texto .

O economista Bernardo Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) é um dos que assinaram o manifesto. Ex-secretário de Política Econômica do Governo Lula, Appy conseguiu que quatro dos cinco candidatos de maior expressão incorporassem em seus planos de Governo a proposta de reformar no sistema tributário — substituição de cinco tributos atuais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um único imposto do tipo IVA (imposto sobre o valor agregado). O único que não incorporou foi o Bolsonaro. “Mesmo assim, Paulo Guedes já deu declarações dizendo que consideraria o modelo que está proposto”, conta Appy.

O economista garante que o Centro de Cidadania Fiscal tem disponibilidade para ajudar quem quer que seja eleito. “Eu, pessoa física, assinei o manifesto por uma visão da importância dos direitos humanos como base da democracia. A questão é, passada essa fase mais tensa, saber se vamos constituir um projeto político que seja aceitável por uma camada da população", afirmou.

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