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A China precisa de mais do que da diplomacia do Vaticano

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02 Outubro 2018

No dia 22 de setembro, o Vaticano assinou um 'acordo provisório' com a República Popular da China. Para analistas, a medida tanto pode ter sucesso quanto uma traição. O acordo diz respeito à nomeação de bispos, e o duplo objetivo do Vaticano é melhorar as relações com o governo chinês e dentro das comunidades católicas chinesas.

O comentário é de Jeremy Clarke, diretor da Sino-Immersions Pty Ltd, doutor História Asiática e Pacífica na ANU, com foco na história católica chinesa, publicado por Eureka, 28-09-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

O acordo remove um bloqueio importante para a retomada das relações internacionais, pois o governo reivindica o direito de nomear bispos, ao que o Vaticano tem uma oposição irredutível. É interessante que o Vaticano e o governo do Vietnã selecionem candidatos ao episcopado em conjunto e, como no século XVI o rei de Luxemburgo nomeava os bispos por ocupar a posição de papa, existem precedentes.

Além disso, 'Com vistas à proclamação do Evangelho na China, o Santo Padre Papa Francisco decidiu readmitir à completa comunhão eclesiástica os restantes bispos 'oficiais' ordenados sem aprovação papal'. Sete dos oito bispos 'oficiais' nomeados ainda estão vivos. Para entender o que está em jogo, primeiro precisamos ver um pouco do contexto histórico.

À luz do comportamento egocêntrico e por vezes criminoso dos bispos do mundo todo, como foi revelado pela crise de abuso sexual, pode parecer estranho que a nomeação de bispos seja uma questão tão crucial para as relações entre a China e o Vaticano. Na China, no entanto, a nomeação de bispos tornou-se o teste final da chamada ortodoxia de forma parecida com a questão do direito à vida nos EUA. E ainda assim o papel do bispo chinês nem sempre teve tanto peso simbólico.

Na verdade, apesar de o primeiro bispo católico chinês ter sido consagrado em 1685, levou dois séculos até os próximos, quando o Papa Pio XI ordenou seis padres chineses para a posição de bispo em Roma em 1926. O ato enfatizou que os católicos chineses deveriam guiar sua própria igreja. Ainda assim, foi só em 1946 que o bispo do Verbo Divino Thomas Tian Gengxin tornou-se o primeiro cardeal chinês.

Portanto, ser bispo católico chinês é um fenômeno relativamente recente, que não tem nem 100 anos em mais de 400 de história contínua. E a igreja sobreviveu bem mesmo assim.

Porém, desde 1926, o bispo tornou-se a personificação tanto da universalidade quanto da particularidade pelo fato de o bispo chinês ser a expressão do catolicismo na China. Nele é colocado um grande peso simbólico, de certas formas mais do que em qualquer outro lugar, onde os bispos muitas vezes podem parecer entidades ausentes.

“Do ponto de vista do Vaticano, reconhecer os bispos pode permitir 'fechar feridas do passado, levando à comunhão completa de todos os católicos chineses'. Não há nenhuma garantia disso."

O governo chinês entende isso e desde 1949 busca controlar as comunidades católicas monitorando os bispos. No final dos anos 50, com exceção do bispo James Welsh (preso em 1958 e liberado em 1970), todos os outros bispos estrangeiros saíram ou foram expulsos. Todos os bispos eram então chineses. Além disso, várias manifestações de protagonismo tornaram-se sinônimo da posição de bispo. Havia o valor inerente de o bispo ser chinês, pois isso representava a autonomia da igreja local. Há o simbolismo investido na posição de bispo por ele ser uma ponte entre a comunidade local e a igreja internacional, personificada pelo papa. Depois, por fim, há a legitimidade conferia pelo fato de o indivíduo ser ou não aprovado pelo Vaticano e o governo, apenas pelo Vaticano e não pelo governo ou pelo governo e supostamente não pelo Vaticano. (Muitos dos que estão no último grupo na verdade regularizaram sua situação com Roma em silêncio nos últimos anos.)

O acordo provisório, portanto, remove a ambiguidade da posição do indivíduo perante Roma e preserva o protagonismo do governo, como no Vietnã. Isso é um progresso significativo, pois os bispos recém-ordenados agora expressam três tipos de protagonismo, enquanto os bispos não aprovados pelo Vaticano não foi aceito por todos os católicos chineses e os bispos não reconhecidos pelo governo não tinham legitimidade aos olhos do Estado. Agora ambas as partes podem reconhecer um bispo e, até onde vai o acordo, continuará assim no futuro. Acredita-se que o reconhecimento institucional levará à aceitação pela comunidade. É o principal objetivo da ação. Nas palavras do porta-voz do Vaticano Greg Burke, 'o objetive do acordo não foi político, mas pastoral'.

Mas o caráter político é importante também, porque o acordo escrito restabelece a relação que havia sido quebrada, em ambos os lados, por mais de 60 anos. Em 1949 o Vaticano se recusou a reconhecer a República Popular da China, e em 1951 o país expulsou o Internúncio Apostólico da República da China. Esse episódio encerrou o contato oficial. (Tecnicamente o Arcebispo Riberi não tinha posição diplomática, por causa da posição do Vaticano, e, portanto, estava ilegal no país.)

Mas o que o acordo não pode nem vai fazer é garantir que todos os católicos chineses o aceitem como um passo adiante. Ou seja, o segundo objetivo do acordo está ameaçado. “Do ponto de vista do Vaticano, reconhecer os bispos pode permitir 'fechar feridas do passado, levando à comunhão completa de todos os católicos chineses'. Não há nenhuma garantia disso.

Para muitos, o Vaticano reconhecer esses bispos é errado. Desde os anos 50 a Igreja Católica só tinha unidade no nome, pois foi dividida em dois grandes grupos. Alguns católicos buscaram manter suas atividades religiosas dentro da nova realidade política e se registraram nas comunidades oficiais, cujos bispos foram aprovados pelo governo e talvez por Roma. Outros se recusaram a aceitar o novo governo, e se mantinham em comunidades não oficiais sem registro. Seus bispos não tinham aprovação do governo (e muitas vezes eram desconhecidos por Roma).

Quando a situação começou, durante a Guerra Fria, o último grupo rapidamente passou a ser chamado de “igreja clandestina”, principalmente por vívidos anticomunistas no estrangeiro, independentemente da visibilidade das estruturas da igreja e das identidades conhecidas dos membros do grupo. Uma característica marcante dessas comunidades sem registro era a questão de o bispo ter sido ou não aprovado por Roma, e eles certamente sofreram muito para preservar essa visão do catolicismo. Eles também declararam que todas as outras comunidades eram cismáticas.

Agora que o acordo do Vaticano declarou que todos os bispos estão unidos, e por extensão conferiu autenticidade a todas as comunidades - algo que o Papa Bento XVI também fez na carta de 2007 aos 'bispos, aos presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China' (grifo nosso) -, é como se dissessem aos católicos que comeram peixe toda sexta-feira durante a vida toda que já não importa mais. Há confusão, tristeza e oportunidades perdidas e, claro, raiva (principalmente para quem não gosta de peixe). Raiva e tristeza muitas vezes podem cegar as pessoas para outros pontos de vista.

Além disso, depois que uma comunidade está tão identificada com o sofrimento e dizem que ela já não precisa sofrer, nenhuma comunicação papal vai convencê-la disso. Apenas uma mudança de espírito e ações de reconciliação podem conseguir chegar lá. Portanto, a questão é se todas as comunidades católicas chinesas conseguem ir além das identidades e dos rótulos políticos anteriores e unir-se para orar. Enquanto isso não acontecer, o acordo provisório continuará sendo apenas uma solução diplomática, e não uma realidade pastoral.

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