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Universidade de Georgetown debate a ‘catástrofe moral’ na Igreja

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28 Setembro 2018

O dia 25 de setembro teve uma noite cheia no hall de palestras da Universidade de Georgetown. Embora talvez isso não tenha sido uma surpresa, dado o tópico da discussão - “Confrontando uma catástrofe moral: liderança dos leigos, ensinamento social católico e a crise dos abusos sexuais.”

A reportagem é de Julie Bourbon, publicada por National Catholic Reporter, 26-09-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

Assim, aqueles presentes na audiência proposta pela Iniciativa do Pensamento Social Católico e da Vida Pública poderiam não estar preparados para os tons que alternaram entre raiva e angústia que caracterizaram o debate da noite.

Entre os convidados estavam um teólogo, um jornalista católico, um ex-membro do Quadro Nacional de Revisão para a Proteção de Crianças e Jovens dos bispos americanos, e um sobrevivente de abuso sexual na Igreja, o qual o testemunho foi devastador e, ao mesmo tempo, esperançoso em virtude do poder que somente as palavras de uma pessoa falando a verdade poderia ter.

A advogada Kim Daniels, diretora associada da iniciativa, começou sua introdução sem medir as palavras, referindo-se à desgraça do ex-Cardeal Theodore McCarrick como uma “predação horrível” e clamando pelo apoio para os sobreviventes dos abusos, pela reforma da cultura clerical da Igreja, por um papel maior dos leigos e pela renovação da Igreja.

Em um momento extraordinário, à medida em que a noite caía, John Carr, diretor da iniciativa e ex-conselheiro (e ex-amigo) de alguns homens da igreja como McCarrick e o Cardeal de Boston Bernard Law, confessou ter sido ele mesmo vítima de abuso sexual e assédio no seu seminário de ensino médio, algo que ainda não tinha contado sequer para seus filhos. Ele refletiu em voz alta se seu próprio silêncio teria contribuído inadvertidamente para o abuso de outros após o dele.

Ele também contou sobre uma conversa que teve, em 2015, com o Arcebispo Carlo Maria Viganò, núncio papal nos Estados Unidos na época, sobre a remoção do Arcebispo John Nienstedt de St. Paul, Minneapolis, por não se esforçar para proteger jovens católicos de padres predadores e por causa de alegações de má-conduta sexual em relação a ele.

Carr lembrou da resposta de Viganò como um alerta sobre o perigo de deixar homens poderosos da Igreja usarem a crise para acertos de contas políticos com o Papa Francisco: “Não podemos nos render aos inimigos da Igreja. A mídia, os advogados e outros com propósitos contra ela”.

Essas revelações estiveram entre tantas que Carr disse que “aterrorizaram” seu serviço de mais de cinquenta anos para a Igreja. Ele contou sobre ter servido ao Cardeal James Hickey em Washington, estando presente no momento em que os advogados da Igreja avisaram Hickey para não se encontrar com as famílias dos abusados e fazer acordos confidenciais.

“Muitos de nós lembramos ao cardeal que ele era um pastor, não um gerente,” disse Carr. Ele descreveu os bispos como “isolados,” afundados em “angústia,” e “cercados de pessoas que reforçam seus julgamentos,” ao invés de pais, sobreviventes e mulheres como conselheiros.

Carr também admitiu ter falhado ao não suspeitar de que McCarrick seria capaz de abusar, dizendo que na época era “inconcebível” para ele que os rumores que circulavam pudessem ser verdade. Ainda assim, Carr, na época, questionou diretamente o ex-Cardeal sobre o assunto. Ele contou que McCarrick “me olhou diretamente nos olhos” e disse, 'Se isso fosse verdade, eu não estaria aqui'”.

Por mais que Carr admire Francisco, não o poupou, também, de críticas, dizendo que o pontífice agiu com lentidão demais nesse sentido, e disse “pode ser espiritualmente defensivo mas é pastoralmente prejudicial.” A Igreja e as pessoas de Deus merecem uma “liderança que escute, responda e aja decisiva e abertamente, de forma rápida, para que haja uma responsabilização, uma reforma e uma renovação genuínas.

Logo antes de Carr fazer essas observações, veio o testemunho devastador do advogado civil e criminal Kevin Byrnes, que abriu e encerrou as discussões. Ele começou com a história do repetido assédio por parte de um padre quando ele tinha oito anos de idade e a traição subsequente de seu pai e de sua mãe, que o bateram com uma cinta após ele ter contado sobre o que o padre fazia.

Tendo reconhecido que nem seus pais e nem a Igreja o protegeram, Byrnes contou suas histórias de vício, relacionamentos que deram errado e uma tentativa de suicídio por conta do “incesto espiritual” que perpetuou sobre si, uma vida inteira acordando de noite e pensando, “Meu Deus, meu Deus, por que você se esqueceu de mim?” O auditório ficou em silêncio.

“Isso é tudo”, disse ele, em voz baixa, e foi aplaudido.

A palestrante Dawn Eden Goldstein, professora assistente de teologia do Holy Apostles College and Seminary, contou sobre sua conversão, já como adulta, ao catolicismo, mesmo tendo sido molestada por um zelador em sua sinagoga quando tinha cinco anos de idade. Goldstein brincou que foi durante uma discussão sobre o escritor católico G.K. Chesterton que ela decidiu se converter.

“Eu me dei conta de que se todo ser humano acreditasse e praticasse o que a Igreja Católica ensina sobre a dignidade humana,” disse ela em resposta à pergunta de Carr sobre o porquê de ela ter decidido fazer parte de uma Igreja tão ferida, “eu não teria sofrido abuso, ninguém sofreria abuso.”

Um ex-membro do Quadro Nacional de Revisão, o advogado Robert Bennett, dedicou dois anos para investigar a Igreja, um processo que chamou de “uma experiência chocante” que deixou ele e seus colegas “totalmente depressivos,” tanto pelo âmbito do abuso - que eles logo determinaram não ser exagero da mídia - quanto pela indiferença dos bispos em relação a isso.

Bennett descreveu uma atitude de “Isso, também, passará,” por parte dos bispos e disse “Até que os leigos façam parte da hierarquia, isso nunca, jamais irá mudar.”

Ele acrescentou, enfaticamente, “O que temos de fazer é nos dar conta de que nós somos a Igreja. Eles não são a Igreja, nós somos a Igreja.”

O que temos de fazer é nos dar conta de que nós somos a Igreja. Eles não são a Igreja, nós somos a Igreja - Robert Bennett

Karen Tumulty, colunista do Washington Post, divagou sobre por que ela permanece na Igreja, apesar de tudo o que sabe, apesar do que ela acredita ter sido até agora apenas “serviço de bordo” para encorajar os leigos de tomar esse desafio para si.

Paroquiana na Shrine of the Most Blessed Sacrament em Washington, paróquia de muitos da elite política da cidade, Tumulty disse que ser católica é parte de sua identidade, uma fonte de “força e paz”.

Se as observações de abertura de Byrnes não dissiparam a noção para cerca de 500 pessoas presentes, ao menos suas observações de encerramento com certeza o fizeram. As últimas palavras do evento foram concedidas a Byrnes por Carr, um gesto tanto simbólico como verdadeiro de que a Igreja deve finalmente dar atenção máxima às vítimas de abuso sexual na igreja.

Alegando que a Igreja se esqueceu de que “o abençoado entre nós são os dóceis, os pobres e os miseráveis, não os ricos e os endinheirados,” Byrnes foi perguntado se ele estaria apenas fazendo o advogado do diabo, respondendo que alguns grupos podem estar usando os escândalos como pretexto para a falência da igreja.

“Vocês disseram que éramos mentirosos,” disse Byrnes sobre o modo como a Igreja lidou com a crise. “E talvez, assim sendo, eu não tenho certeza de que vocês sobreviverão como instituição.”

O encontro foi co-patrocinado pelo Escritório de Missão e Ministério de Georgetown e pelo Berkley Center for Religion, Peace and World Affairs.

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