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01 Agosto 2018

Na celebração dos 100 anos do nascimento de Nelson Mandela, Obama denuncia a plutocracia e alerta para a influência desmedida dos ricaços sobre a mídia.

O artigo é de Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, em artigo publicado por CartaCapital, 31-07-2018.

Segundo ele, "a política econômica de Roosevelt significou a vitória do indivíduo-cidadão sobre o individualismo selvagem dos que se enriqueceram à farta nos ciclos anteriores de prosperidade. O cidadão-trabalhador não deveria mais ficar à mercê das idiossincrasias do mercado, dos caprichos do processo de concorrência".

"A experiência histórica - conclui Belluzzo - mostrou que, sob certas circunstâncias, é possível a manutenção de um equilíbrio relativamente estável e dinâmico entre essas duas tendências contraditórias das sociedades modernas: de um lado, as exigências da acumulação de riqueza abstrata e, de outro, os desejos dos homens comuns, que aspiram simplesmente a uma vida digna e sem sobressaltos".

Eis o artigo.

Na África do Sul, Barack Obama prestou homenagem a Nelson Mandela na celebração dos 100 anos de seu nascimento. Fez um discurso digno dos melhores pronunciamentos de Franklin Delano Roosevelt. Discorreu sobre as transformações ocorridas nos últimos 40 anos na economia e na sociedade globalizadas.

“Praticamente em todos os países”, afirmou, “o poder econômico desproporcional dos que estão por cima lhes outorgou influência desmedida na vida política e na mídia, com capacidade para decidir as políticas prioritárias e os interesses que devem ser menosprezados (...) Nessa nova elite internacional, muitos se consideram progressistas, cosmopolitas e modernos.”

Na gramática política americana, os liberais, na boa tradição do excepcionalismo yankee, são adversários do liberalismo econômico. Adeptos da intervenção do Estado na economia, os liberais não trepidam em apontar os riscos do capitalismo entregue a si mesmo, ou seja, aos excessos e às insuficiências do mercado desregulado.

Os excessos foram gestados ao longo das últimas décadas. Estão, agora, a estrebuchar na agonia da destruição de renda e de riqueza. Na contracapa dos excessos, as falhas clamorosas dos mercados agravaram as desigualdades inscritas na sintaxe da sociedade de classes.

Obama acusou os conservadores de transformar o Estado num instrumento autoritário de enriquecimento e de dominação dos grandes grupos privados. Ele incluiu em seu cardápio de indignações cívicas o papel desempenhado pela mídia na interdição do debate público e na falsificação dos princípios que guiaram os Founding Fathers na constituição da democracia americana. Sobrou cacetada para a monopolização do Legislativo pelos endinheirados e para a espetacularização da política promovida pelos meios de comunicação.

As credenciais dos liberais americanos foram outorgadas pelo sucesso das políticas sociais e econômicas do New Deal sob a liderança de Franklin Delano Roosevelt. Na convenção do Partido Democrata, em 1936, às vésperas da primeira reeleição (ele ainda seria eleito mais duas vezes), Roosevelt pronunciou um discurso que hoje seria considerado populista e demagógico pela direita global.

Ele dizia que a moderna civilização, depois de demolir as velhas dinastias, erigiu outras. “Novos impérios foram construídos a partir do controle das forças materiais. Mediante o novo uso das corporações, dos bancos e da riqueza financeira, da nova maquinaria da indústria e da agricultura, do trabalho e do capital – nada disso sonhado pelos fundadores da pátria –, a estrutura da vida moderna foi totalmente convertida ao serviço da nova realeza. Não havia lugar nos seios da nova nobreza para abrigar os milhares de pequenos negócios e comerciantes que desejavam fazer um uso sadio do sistema americano de livre iniciativa e busca do lucro.”

Ficou exposta a fratura entre a “classe financeira” de Wall Street, as carências da indústria e os interesses da grande maioria da população, barbaramente maltratada pelo desemprego. No New Deal, o poder e o prestígio de Wall Street chegaram ao fundo do poço, como atestam as seguidas manifestações iradas contra a ganância dos banqueiros.

Roosevelt atacou os “príncipes privilegiados” das novas dinastias econômicas. “Sedentas de poder, elas se lançaram ao controle do governo. Criaram um novo despotismo envolvido nas roupagens da legalidade. Mercenários a seu serviço trataram de submeter o povo, seu trabalho e sua propriedade.” O New Deal foi o momento da conquista dos direitos sociais e econômicos dos trabalhadores americanos, sobretudo daqueles à margem do progresso admirável da economia no período que vai do fim do século XIX à Grande Depressão dos anos 30.

A política econômica de Roosevelt significou a vitória do indivíduo-cidadão sobre o individualismo selvagem dos que se enriqueceram à farta nos ciclos anteriores de prosperidade. O cidadão-trabalhador não deveria mais ficar à mercê das idiossincrasias do mercado, dos caprichos do processo de concorrência.

De baixo para cima, a sindicalização incentivada por Roosevelt impulsionou a elevação dos salários reais e, ao mesmo tempo, o Social Security Act de 1935 passou a proteger os mais débeis “dos sérios problemas criados pela insegurança econômica na sociedade industrial”.

De cima para baixo, a elevação da carga tributária e o caráter progressivo dos impostos surrupiaram a renda dos mais ricos. Finalmente, a baixa intensidade da concorrência externa permitiu às empresas americanas abiscoitar os lucros proporcionados pela sustentação da demanda interna.

Aqui é preciso acompanhar a avaliação de Frederico Mazzucchelli em seu livro Os Anos de Chumbo. Ele diz, com razão, que Roosevelt foi um reformador. Em momento algum acenou com a possibilidade da derrubada dos pilares da ordem capitalista.

“Seus enfrentamentos com o Big Business foram estabelecidos de maneira precisa e só ocorriam quando setores do mundo empresarial procuravam boicotar as iniciativas sociais do New Deal ou miná-lo politicamente.” Nesses momentos, sim, Roosevelt erguia sua voz e dramatizava sua retórica, ou tomava medidas que se chocavam com o ideário conservador.

A experiência histórica mostrou que, sob certas circunstâncias, é possível a manutenção de um equilíbrio relativamente estável e dinâmico entre essas duas tendências contraditórias das sociedades modernas: de um lado, as exigências da acumulação de riqueza abstrata e, de outro, os desejos dos homens comuns, que aspiram simplesmente a uma vida digna e sem sobressaltos.

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