• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O nível do PIB per capita brasileiro de 2013 só deve ser recuperado em 2023

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Especialistas internacionais e nacionais – Andrea Grillo, Maria Cristina Furtado, Faustino Teixeira, Ivone Gebara e Alzirinha Souza – apresentam suas primeiras impressões após a eleição de Robert Francis Prevost, o primeiro papa estadunidense da Igreja

    Papa Leão XIV. Desafios e expectativas. Algumas análises

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

19 Abril 2018

"O drama brasileiro é que o bônus demográfico só acontece uma vez na história de cada país e não aproveitá-lo pode significar a condenação à condição de país eternamente acorrentado ao subdesenvolvimento", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 18-04-2018.

Eis o artigo.

O Brasil apresentou grande crescimento da renda per capita nos séculos XIX e XX e foi um exemplo de sucesso econômico (embora com grande empobrecimento ambiental). Entre 1822 e 1980, na média, o Brasil cresceu mais que o restante do mundo. Mas esta realidade mudou a partir de 1981. As dificuldades foram se avolumando nas últimas décadas e, atualmente, o povo brasileiro passa por um momento crítico. Provavelmente, o Brasil vai chegar no aniversário dos 200 anos da Independência com uma renda per capita inferior àquela de 2013.

A renda per capita brasileira caiu com o início do declínio trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) ainda na primeira gestão de Dilma Rousseff. Entre 2014 e 2016 a renda per capita diminuiu fortemente. Houve uma lenta recuperação em 2017, mas a volta ao patamar de 2013 só deve ocorrer em 2023, conforme indicam os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgados ontem (17/04/2018). Assim, tudo indica que o país passará um decênio com estagnação da renda per capita.

Desde o início dos anos 1980, o Brasil passou por três grandes crises econômicas: 1981-83 (recessão Figueiredo-Delfim; 9 trimestres com queda acumulada de 8,5%); 1989-1992 (recessão Sarney-Collor; 11 trimestres, com queda de 7,7%) e 2014-16 (recessão Dilma-Temer; 11 trimestres e queda de 8,6%), segundo o relatório de outubro de 2017 do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE). Mas por conta de uma revisão dos cálculos do IBGE, devido a uma pequena margem, não se pode falar, absolutamente, que a atual recessão foi a maior e mais profunda da história da República.

Contudo, a crise atual pode ser contabilizada como a de maior duração e a mais profunda, se considerarmos não só o período de queda, mas também o tempo gasto para a recuperação do padrão pré-crise (antes da recessão). Nota-se que após a recessão Figueiredo-Delfim, o PIB cresceu 5,3% em 1984, 7,9% em 1985 e 7,5% em 1986; a expansão durou 17 trimestres, com uma média de crescimento de 6,4% por trimestre. Após a recessão dos presidentes Sarney-Collor, o PIB cresceu 4,7% em 1993, 5,3% em 1994 e 4,4% em 1995; a expansão pós recessão durou 12 trimestres, com uma média de crescimento de 6% por trimestre.

No pós recessão Dilma-Temer, as projeções do FMI, atualizadas em 19 de abril de 2018, indicam um aumento do PIB de 1% em 2017, 2,3% em 2018, 2,5% em 2019 e 2,2% ao ano entre 2020 e 2023. Ou seja, enquanto a recuperação das duas outras grandes recessões foi no ritmo de 6% aa, a recuperação atual está acontecendo com uma média em torno de 2% ao ano.

Tecnicamente, a recessão atual pode ter terminado no final de 2016, mas os dados indicam que 2017 foi o ano de pior recuperação de todas as grandes recessões anteriores da economia brasileira. O gráfico acima mostra que o ponto de queda mais profundo ocorreu em 2016, tanto para o PIB, quanto para a renda per capita. A partir de 2017, teve início o processo de lenta recuperação. Porém, no atual passo de tartaruga, somente em 2020 o PIB brasileiro será maior do que o PIB de 2013 e somente em 2023 a renda per capita será maior do que aquela de 2013.

O Brasil vive a sua segunda década perdida. O gráfico abaixo mostra que a nação brasileira – pela primeira vez na história – deve ficar, pelo menos 13 anos (trecênio) crescendo abaixo do ritmo médio da economia mundial. Isto nunca tinha acontecido antes e pode estar se tornando a nova norma. Significa também que o povo brasileiro está ficando mais pobre em relação ao cidadão médio global.

O gráfico abaixo mostra que a renda per capita brasileira ultrapassou a renda per capita mundial na década de 1970 e atingiu o valor máximo (quase 20% maior) em 1980. Com a recessão ocorrida no último governo da ditadura militar, a renda per capita voltou a ficar igual a renda mundial em 1983, recuperou um pouco entre 1984 e 1986 e depois iniciou um processo de queda que, com pequenas flutuações, continua num mergulho interminável e deve chegar em 2022 (nos duzentos anos da Independência) com uma relação igual àquela do final da década de 1950. Isto é, o brasileiro médio ganhará cerca de 80% da renda per capita mundial. O Brasil foi uma economia emergente entre 1950 e 1980 e passou a ser uma economia submergente a partir do ano de 1981. O povo brasileiro estava enriquecendo em termos absoluto e relativo e agora está empobrecendo em termos relativos.

O empobrecimento geral do país tem impacto imediato na parcela inferior da pirâmide de renda da população. O gráfico abaixo, apresentado em artigo de Bruno Villa Bôas, no jornal Valor (12/04/2018), com base em levantamento da LCA Consultores dos dados da PNAD Contínua do IBGE, mostra que o número de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza (menos de US$ 1,9 ao dia, equivalente a R$ 133,72 em 2016 e R$ 136 em 2017) aumentou de 13,34 milhões em 2016 para 14,83 milhões em 2017. Mesmo com os recursos aplicados no Programa Bolsa Família, o percentual de pessoas na extrema pobreza representava 6,5% em 2016 e passou para 7,2% em 2017.

O aumento da extrema pobreza tem a ver com a piora das condições do mercado de trabalho, a diminuição do emprego formal e o crescimento da informalidade e dos empregos precários. Entre o final de 2014 e o final de 2016 o Brasil perdeu mais de 3 milhões de empregos formais segundo dados do CAGED, do Ministério do Trabalho. Em 2017, ano de “recuperação” do crescimento do PIB, de forma inédita, o emprego formal diminuiu.

O Brasil tem andado na contramão da história não só em relação ao emprego formal, pois mantém fora do círculo de riqueza e bem-estar 26,4 milhões de pessoas, que estavam desempregadas ou subutilizadas no 4º trimestre de 2017, segundo dados da PNAD contínua do IBGE. A taxa composta de subutilização da força de trabalho (medida mais ampla do desperdício do potencial produtivo do país) era de 20,9% no primeiro trimestre de 2012, caiu para o nível mais baixo de 14,8%, no 3º trimestre de 2014 e subiu durante a recessão econômica, atingindo 22,2% no 4º trimestre de 2016. O pico ocorreu no 4º trimestre de 2017, com uma taxa de 23,6%.

O desperdício do potencial produtivo da força de trabalho brasileira representa a perda de uma oportunidade histórica, pois o Brasil vive o auge do bônus demográfico, ou seja, o momento em que a razão de dependência demográfica está em seu nível mais baixo e a proporção de trabalhadores em idade produtiva é a mais alta de todos os tempos.

O processo profundo de desindustrialização precoce e a opção pela “especialização regressiva” (alta dependência das commodities e dos bens primários) tem retirado competividade da economia brasileira. A retomada de 2017 foi baixíssima e o crescimento de 2018 não deve ser nada muito diferente. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um crescimento de somente 0,09% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. O Brasil vive um período de esclerose e baixo crescimento antes mesmo de ter uma estrutura etária envelhecida. O país vai ficando para trás, enquanto o mundo desenvolvido avança na Quarta Revolução Industrial, Científica e Tecnológica.

Estes 13 anos (trecênio 2011-2023) em que o Brasil cresce menos que a média mundial vieram no pior momento possível pois representa o fim do sonho da construção de um país próspero, de renda per capita alta e de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O drama brasileiro é que o bônus demográfico só acontece uma vez na história de cada país e não aproveitá-lo pode significar a condenação à condição de país eternamente acorrentado ao subdesenvolvimento.

Referências:

ALVES, JED. A maior e a mais profunda recessão da história republicana, Ecodebate, 29/01/2018 https://www.ecodebate.com.br/2018/01/29/maior-e-mais-profunda-recessao-da-historia-republicana-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Michel Temer e a pior presidência da história da República, Ecodebate, 07/02/2018 https://www.ecodebate.com.br/2018/02/07/michel-temer-e-pior-presidencia-da-historia-da-republica-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

Leia mais

  • Países pobres perderão 10% do PIB per capita com a mudança climática, diz FMI
  • Trabalho doméstico não remunerado vale 11% do PIB no Brasil
  • Contra o mito do aumento do PIB. Artigo de Gaël Giraud
  • Brasil Desigual: 10% da população concentram 43,3% da renda do país
  • Reduções na renda familiar aumentam evasão escolar no Brasil, aponta Banco Mundial
  • Juros altos protegeram renda dos mais ricos na crise
  • Brasil tem maior concentração de renda do mundo entre 1% mais rico
  • Renda do 1% mais rico é 36 vezes a da média da metade mais pobre, diz IBGE
  • Metade dos trabalhadores brasileiros tem renda menor que o salário mínimo, aponta IBGE
  • 22% da população brasileira vive na pobreza de renda. Políticas sociais não podem ser afetadas pela crise. Entrevista especial com Celia Lessa Kerstenetzky
  • A renda básica não é uma utopia. Entrevista com Philippe Van Parijs
  • ''A renda básica gera mais equidade.'' Entrevista com Philippe Van Parijs
  • Novos desafios e perspectivas do trabalho, emprego e renda em debate
  • Brasil não redistribuiu renda do topo para a base da pirâmide
  • Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, revela estudo
  • Desigualdade piora em 4 das 5 regiões do País em 2017, aponta IBGE
  • Desigualdade no Brasil é o dobro da oficial
  • A desvalorização do salário mínimo emperra a redução da desigualdade. Entrevista especial com Marta Arretche
  • Riqueza patrimonial: o lado oculto da desigualdade brasileira. Entrevista especial com André Calixtre
  • Crescimento, precarização e desigualdade no fechamento de 2017
  • Cresce a pobreza na América Latina e no Brasil
  • 22% dos brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza, diz estudo
  • No Brasil jovens de zero a 14 anos de idade na linha de pobreza chegam a 40,2%
  • Os desafios da economia brasileira. Entrevista especial com Ricardo Carneiro
  • Nova/velha economia
  • 33 teses para reformar a economia ensinada
  • Como o Brasil caiu à Série B da economia global e nunca mais voltou
  • "O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história da economia"
  • Economia brasileira está no fundo do poço e sem norte, constata economista
  • A economia global à espera de outra crise
  • Economia Indonésia ultrapassa o Brasil

 


Notícias relacionadas

  • “A valorização do Centro Histórico com o uso social que se pode fazer do Cais Mauá não pode ser reduzida a ganhos econômicos”, diz o sociólogo.

    A cidade (rebelde) da modernidade tardia contra a cidade fordista-industrial. Entrevista especial com Milton Cruz

    LER MAIS
  • "A democracia brasileira é chata. Não entusiasma ninguém". Entrevista especial com Francisco de Oliveira

    LER MAIS
  • "Nossas cidades são insustentáveis". Entrevista especial com Luciana Ferrara

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados