01 Novembro 2017
Com uma celebração que começou às 15h na igreja de Wittenberg, conclui-se solenemente o ano da Reforma na Alemanha. “E agora estamos aqui sentados, 500 anos depois, em um país que está em luta consigo mesmo, um país que nunca foi tão abençoado, um país que mostrou uma impressionante quantidade de empatia. Um país que fez muitos esforços, incluindo esforços morais e, ao mesmo tempo, um país em que algumas pessoas se sentem moralmente esmagadas”, disse o presidente do Conselho da Igreja Evangélica Alemã, o bispo Heinrich Bedford-Strohm, diante do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, da chanceler alemã, Angela Merkel, do presidente do Bundestag, Wolfgang Schäuble, assim como de inúmeros outros convidados do mundo político e ecumênico, e de centenas de fiéis.
A reportagem é do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 31-10-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A Alemanha é “um país onde as pessoas têm medo de perder o seu mundo familiar, o seu senso de segurança”, mas também onde “as pessoas querem se sentir em casa. É um país que, por todas estas razões, precisa urgentemente da mensagem da Reforma da justificação somente pela fé!”
No sermão, o bispo luterano agradeceu ao cardeal Reinhard Marx, presidente dos bispos alemães, pela “coragem e apoio fraterno” neste ano especial e lançou uma mensagem ao Papa Francisco: “Irmão em Cristo, agradecemos a Deus pelo teu testemunho de amor e misericórdia, que, para nós, protestantes, também significa testemunho de Cristo. Agradecemos-te pelos teus sinais de reconciliação entre as Igrejas. E se, um dia, quiseres vir aqui para Wittenberg ficaremos alegres em te acolher, meio milênio depois que Lutero queimou a bula papal da excomunhão”.
Porque, concluiu Bedford-Strohm, “queremos seguir em frente corajosamente. Cremos que o Espírito nos ajudará na nossa fraqueza!”.
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500 anos da Reforma. Principal bispo luterano ao Papa Francisco: ''Irmão em Cristo, obrigado'' - Instituto Humanitas Unisinos - IHU