11 Julho 2023
“Já será demasiado tarde quando tomarmos conhecimento de que um avião voou rumo aos Estados Unidos com Julian Assange a bordo... Demasiado tarde para arrependermos de ter sido testemunhas de uma das maiores injustiças que nossa profissão conheceu”, diz o editorial da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que pede a soltura de Assange.
A reportagem é de Edelberto Behs.
A presidenta da FIJ, Dominique Pradalié, sugeriu a redação de artigo de opinião sobre a situação de Assange a dois grandes jornais franceses, Le Monde e Liberation. Recebeu como resposta que “não tinham espaço” para tanto, nem mesmo em suas páginas na web. No entanto, os dois jornais preencheram, há anos, páginas e páginas com histórias fornecidas por Assange e o Wikileaks.
“Em meio à guerra da Ucrânia e da polarização mundial, os detratores dos governos do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Suécia – que pedem sua detenção (de Assange) por agressão sexual – o utilizam em benefício de seus interesses políticos e geopolíticos”, contesta o secretário geral da FIJ, Anthony Bellanger. Ele também critica os governos da França, da Alemanha e do Canadá por nenhum deles oferece asilo a Assange.
Quando a profissão se mostrar estupefata após a extradição de Assange, nenhum jornalista ou meio de comunicação poderá dizer que não o sabia. As histórias semelhantes à de "Assange" se multiplicarão. Porque se ele for condenado, “qualquer jornalista poderá incorrer na mesma sorte”, destaca Bellanger.
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Federação Internacional de Jornalistas intercede por Assange - Instituto Humanitas Unisinos - IHU