Aumentam ataques à imprensa no pós-eleição

Foto: Marcelo Pinto/A Plateia/Fotos Públicas

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14 Novembro 2022

Organizações de defesa da liberdade de imprensa alertam, em manifesto, para os riscos que equipes de reportagem vêm sofrendo na cobertura dos episódios dos protestos que questionam o resultado das urnas e pedem das autoridades do país uma ação imediata para que jornalistas e comunicadores possam exercer a profissão com segurança na cobertura da transição e posse do novo governo.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista. 

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) contabilizou 41 episódios de agressão a 44 equipes de reportagem, envolvendo 70 trabalhadores de mídia, entre repórteres, repórteres fotográficos, cinematográficos, operadores e áudio e motoristas, na cobertura dos atos antidemocráticos iniciados no dia 30 de outubro, depois do anúncio do resultado das eleições.

“O acompanhamento do ambiente de trabalho da imprensa no Brasil mostra como as equipes estão expostas a uma série de violações, que passam por campanhas difamatórias, destruição de reputações, danos e equipamentos de trabalho, ameaças de morte e ofensas raciais e de gênero”, diz a nota das organizações da sociedade civil. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), casos de ameaças e agressões contra profissionais de imprensa cresceram 73,4% de janeiro a novembro de 2022, comparado ao mesmo período do ano passado.

O que antes das eleições se limitava a agressões no ambiente digital, agora também estão presentes na cobertura nas ruas. Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo, registrou cerca de 3 milhões de postagens ofensivas e de descrédito aos meios de comunicação e jornalistas de 16 de agosto a 30 de outubro.

A nota pede que seja dada atenção especial na cobertura de mobilizações ilícitas, que podem se intensificar no dia 15, feriado da Proclamação da República, na diplomação do presidente e vice-presidente eleitos, em 19 de dezembro, e na posse do novo governo.

Assinam a nota a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres Sem Fronteiras e Tornavoz.

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