12 Janeiro 2021
Um em cada quatro cristãos no mundo está no continente africano, mostra pesquisa do Pew Reserach Center, mencionada pelo diretor da Comissão das Igrejas sobre Assuntos Internacionais do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Peter Prove, em conferência online no dia 22 de dezembro, organizada pela Igreja Ortodoxa Russa e Associação Russa para a Proteção da Liberdade Religiosa.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
“Estima-se que essa proporção cresça para 40% até 2030 e o número de cristãos na África duplique até 2050”, anunciou Prove. Tal desenvolvimento também tem reflexos nos fluxos globais e migrações, lembrou Prove. “Atualmente, existem cerca de 258 milhões de migrantes e refugiados no mundo”. Desses, estima-se que 105 milhões que migram sejam cristãos.
Ao lado desse extraordinário crescimento demográfico, igrejas e cristãos no continente se defrontam com um número crescente de ataques violentos e outras formas de repressão, especialmente em contextos onde são minoria. Mas também em contextos onde são maioria da população ou “em uma posição histórica bem estabelecida na vida de sua nação”, apontou Prove. Preocupa a situação em países como Nigéria, Burkina Faso, Moçambique, Etiópia e Egito.
O encontro também levantou sinais de esperança e exemplos de solidariedade inter-religiosa e apoio às comunidades religiosas. O futuro das comunidades cristãs ameaçadas está ligado à vida e à trajetória das sociedade em que vivem. Assim, “devemos ativa, insistente e coletivamente defender a igualdade de cidadania e o respeito pela igualdade de direitos e dignidade de todas as pessoas nesses países, como uma estratégia primária para proteger os cristãos da perseguição”, defendeu Prove.
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Apesar das perseguições, cristianismo cresce na África - Instituto Humanitas Unisinos - IHU