O tema de capa desta edição debate as políticas públicas para as mulheres. Especialistas de diversas áreas do conhecimento discutem o tema: Gilberto Kac, professor titular do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e coordenador do Observatório de Epidemiologia Nutricional, Marcella Martins Alves Teófilo, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Nutrição do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ, Sueli Batista dos Santos, jornalista, Vanderléia Laodete Pulga Daron, do Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição, Elza Maria Campos, coordenadora Nacional da União Brasileira de Mulheres – UBM, Fernando Lefevre, professor da Universidade de São Paulo – USP, Télia Negrão, cientista política, coordenadora da ONG Coletivo Feminino Plural, Rosângela Angelin, doutora em direito, professora do curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, Campus Santo Ângelo-RS. A socióloga e cientista política Jacqueline Pitanguy de Romani, ex-presidente do Conselho Nacional de Direitos da Mulher – CNDM, contribui no debate com um artigo sobre a Constituição de 1988 como um marco nas conquistas das políticas públicas para as mulheres.
A discussão sobre gênero, sexualidade e identidade se intensificou no final do século 20. Em conexão a esses temas cada vez mais em voga, há uma questão que merece destaque por evidenciar a vulnerabilidade das pessoas envolvidas: a violência que decorre do gênero. A esse assunto a revista IHU On-Line dedica esta edição. Quando se fala em gênero e violência, a associação imediata é a mulher como vítima e o homem como agressor, em razão da histórica opressão que elas sofrem. Há também outros segmentos que se apresentam sob risco a diversas formas de preconceito e de desrespeito à diversidade, por exemplo, pessoas LGBTs.
Mística, segundo o professor do programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião, da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, Faustino Teixeira, “é uma experiência que integra, em reciprocidade fundamental, as dimensões de anima (feminilidade) e animus (masculinidade) que habitam cada pessoa humana”. “Há uma ‘lógica do coração’ que transborda a ‘lógica da razão’”. A contribuição de mulheres como Hildegard de Bingen, Marguerite Porete, Teresa de Ávila, Maria Madalena, Rabi’a al-’Adawiyya, entre outras, para uma compreensão mais profunda do que é a Mística é o tema de capa desta edição da IHU On-Line.