Moçambique: Risco de ataque dos terroristas a Pemba levou religiosas a sair da cidade

Foto: Fundação AIS

Mais Lidos

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Junho 2021

 

A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alertou hoje para o agravamento da insegurança na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, que é palco de ataques desde 2017.

A reportagem é publicada por Agência Ecclesia, 21-06-2021.

“Há já, entre as congregações religiosas presentes na cidade de Pemba, a capital de Cabo Delgado, quem esteja a procurar estabelecer-se noutras províncias moçambicanas mais distantes do epicentro da ameaça jihadista”, indica uma nota enviada à Agência ECCLESIA pelo secretariado português da AIS.

 


Mapa de Moçambique, destaque para Cabo Delgado e Pemba. Fonte: Wikicommons

O padre Kwiriwi Fonseca, responsável pela comunicação da Diocese de Pemba, confirma o sentimento de receio e adianta que há quem procure pôr em prática um “plano B” face à ameaça de um possível ataque na própria cidade.

“A Diocese de Pemba sabe de que o povo de Cabo Delgado vive a questão do medo, da insegurança [perante] um ataque, por exemplo, à cidade de Pemba. O que nós sabemos e estamos também rezando bastante é para que isso não venha a acontecer, mas, por outro lado, estamos tentando nos precaver”, indica.

“Há condições para sair, sim, mas muitos missionários e missionárias preferem ficar aqui para acompanhar tudo o que vier a acontecer. Porque, afinal, a Igreja tem um papel grande de cuidar desses mais de 150 mil deslocados [que estão na cidade]”, acrescenta.


Mapa da África Austral com destaque a Moçambique. Fonte: Wikicommons

D. Diamantino Antunes, bispo de Tete, referiu à Fundação AIS que recebeu um “apelo urgente” de uma congregação religiosa.

“Estão em Cabo Delgado e não se sentem tranquilas de viver naquele contexto, com medo de possíveis ataques”, precisa.

Leia mais