Contra factum

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01 Junho 2021

 

"Contra factum non valet argumentum" costumavam dizer os latinos para indicar a evidência de situações que não precisam de palavras, reflexões, opiniões para serem sustentadas e demonstradas.

O comentário é de Tonio Dell'Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 31-05-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Isso está acontecendo em dois grandes países latino-americanos, no Brasil e na Colômbia, onde a evidência dos fatos apontam para as políticas erradas de Bolsonaro e Duque, seus respectivos presidentes. Trata-se do número de vítimas: consequências diretas de escolhas políticas erradas. É uma clara desconexão entre o palácio e a vida dos habitantes.

O "factum" demonstra que as necessidades do povo e as razões do seu protesto não foram compreendidas. A enxurrada de gente que se espalhou pelas ruas de 200 cidades daquele continente chamado Brasil, não são pessoas politicamente contrárias a Bolsonaro e, aliás, entre elas, há certamente quem votou nele. São simplesmente pessoas com sede de vida e compreenderam que a cloroquina não é suficiente para combater a pandemia, querem vacinas.

O pior erro que se poderia cometer na Colômbia era de abafar o crescente protesto recorrendo a uma força repressiva mais violenta e o presidente escolheu colocar os militares em campo. Há situações em que se poderia passar para a história, aproveitando sabiamente a ocasião para dar um passo atrás. Mas os dois presidentes do Brasil e da Colômbia não parecem estar à altura de tal profundidade de pensamento.

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