Documentário mostra o SUS na linha de frente do combate à pandemia

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24 Dezembro 2020

De acordo com os especialistas participantes, o reconhecimento da importância do SUS talvez seja o maior legado da pandemia de covid-19.

A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual, 23-12-2020.

“O SUS é um dos maiores legados, um dos maiores instrumentos que nós temos. Graças a Deus que temos SUS, senão seria a barbárie”, diz o epidemiologista Wanderson Oliveira, ex-secretário nacional de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, no documentário Linha de Frente: O SUS no enfrentamento à covid-19, produzido pela Faculdade de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.

“Se não fosse o sistema universal, de acesso relativamente fácil para toda a população, nós certamente estaríamos em uma situação bem pior”, emenda o epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana. O Brasil tem quase 190 mil mortos pela doença.

Além de Wanderson e Jesem, outros especialistas respeitados na área contam como o SUS tem conseguido dar resposta a uma doença que vem sobrecarregando os sistemas de saúde do mundo inteiro, se tornando um elemento central no combate à pandemia mesmo em um cenário de crise e apesar de todas as suas dificuldades.

SUS é riqueza

“O SUS começa muito antes do posto de saúde, muito antes da internação na UTI. Começa nos aspectos de prevenção, está na base do sistema de laboratório, de vigilância das doenças. Uma riqueza. Sem o SUS e sua ação coordenada, esta situação brasileira, sem dúvida terrível em relação à covid-19, poderia ter sido ainda mais drástica, ainda pior, principalmente dada a nossa enorme desigualdade”, diz Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia e membro da Rede Virus.

Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jairnilson Paim destaca o caráter universal do sistema público de saúde brasileiro, o maior do mundo, que atende a todos “independentemente de raça, de classe, de ter acesso ou não ao setor privado”. O especialista em saúde coletiva e em reforma sanitarista – movimento que levou à criação do SUS em 1988 – lembra ainda a capilaridade do sistema neste momento e no dia a dia em vários territórios, em praticamente todo o território nacional.

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