Covid-19: 'Pandemia no Sul caminha para agravamento sem precedentes', diz epidemiologista

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mais Lidos

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Dezembro 2020

A região sul do país foi num primeiro momento menos afetada pelo coronavírus, mas agora é uma das partes do Brasil mais preocupantes.

"A pandemia no Sul caminha para um agravamento sem precedentes", avalia o epidemiologista Lúcio Botelho, professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A reportagem é de Rafael Barifouse, publicada por BBC Brasil, 01-12-2020.

A situação piorou significativamente no último mês em todos os três Estados da região. No Rio Grande do Sul e especialmente no Paraná, a crise nunca esteve tão séria quanto agora.

A média móvel de novos casos (a média dos últimos 14 dias imediatamente anteriores) atingiu seu pico de toda a pandemia nos dois Estados em novembro, de acordo com dados do portal Covid 19 Brasil, elaborado por pesquisadores da Universidade de São Paulo.

No último dia 29, a média chegou a 3.673 novos casos no Rio Grande do Sul, um aumento de 54% em relação ao registrado no dia 1º. No dia 30, de acordo com os dados mais recentes, era de 3.410.

O Paraná também teve um novo recorde no dia 29, com média de 3.612 novos casos, um salto de 279% em relação ao primeiro dia do mês. No dia 30, eram 3.317.

Em Santa Catarina, o pico da média móvel de toda a pandemia ainda é o dia 3 de setembro, com 6.423 novos casos. Mas a situação no Estado está bem próxima de se igualar ao seu momento mais crítico.

Em 29 de novembro, a média móvel atingiu 5.492, seu maior valor no último mês, e ficou em 5.086 no dia 30.

Foi o maior índice de todos os três Estados do Sul no último mês.

"Todas as principais regiões dos três Estados estão no ápice da curva de casos. A pandemia pode fugir do controle se nada for feito", afirma Botelho, que médico, doutor em epidemiologia e ex-reitor da UFSC.

A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.

 

Leia mais