• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Roraima: Comissão Pastoral da Terra apresenta Relatório Conflitos no Campo Brasil 2018

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS
  • Prevost, eleito Papa Leão XIV: o cardeal americano cosmopolita e tímido

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 3º domingo da Páscoa - Ano C - O Ressuscitado encoraja para a missão

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

23 Agosto 2019

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Regional Roraima, com a participação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), lançou nesta sexta-feira, 16 de agosto, o Relatório anual Conflitos no Campo Brasil 2018. Em sua 33ª edição, o Documento reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo, incluindo indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais. O Caderno que já foi lançado em nível nacional, agora vem sendo apresentado nos diversos regionais. Em Boa Vista, o evento ocorreu no Auditório Alexandre Borges da Universidade Federal de Roraima (UFRR), com participação de 150 pessoas e representantes da CPT, do Cimi, lideranças indígenas, agricultores, Diocese de Roraima e diversas entidades.

A reportagem é de Jaime C. Patias, publicada por Revista Missões, 19-08-2019.

Capa do Relatório Conflitos no Campo Brasil 2018 da Comissão Pastoral da Terra.

“A CPT não quer divulgar estatísticas, mas denunciar a violência institucionalizada e naturalizada”, destacou Darlene Braga, coordenadora da entidade no Estado do Acre e articuladora do trabalho na Amazônia, ao apresentar os números registrados no Caderno.

O Relatório Conflitos no Campo Brasil 2018 registrou 1.489 conflitos em 2018 ante os 1.431 de 2017, o que representa um aumento de 3,9%. A maioria destes conflitos estão concentrados na Região Amazônica. Eles somam um total de cerca de 1 milhão de pessoas envolvidas, um aumento de 36% em relação a 2017 que registrou o envolvimento de 708.520 pessoas. Em relação a conflitos no campo, 86% dos assassinatos registrados em 2018, aconteceram na Amazônia. Com uma extensão de 8.516.000 km², o Brasil tem 4,6% do seu território em disputa. É muita terra em conflito.

“A CPT não quer divulgar estatísticas, mas denunciar a violência institucionalizada e naturalizada" - Darlene Braga

A missão da CPT

O Bispo de Roraima e 2º vice-presidente da CNBB, Dom Mário Antônio da Silva, participou do evento e reafirmou o compromisso da Igreja na defesa da vida. “O que me traz aqui não é a violência, mas o trabalho da CPT. Em meio a tantas mortes e ameaças à vida, este é um ato de coragem. Não podemos ficar em silêncio”, afirmou o bispo. “Este ato é um questionamento para nós, mas sobretudo para o Estado, pela morosidade, omissão e impunidade diante de tantos fatos e denúncias. É um ato de coragem que questiona o Estado em sua vontade política no cumprimento da justiça e na resolução dos problemas no campo”, disse Dom Mário. “Este ato deve revelar também um compromisso da Igreja com as populações, sobretudo com as comunidades tradicionais, o compromisso de defender os mais ameaçados. Sirva para nos motivar, o Sínodo Especial para a Amazônia que nos desafia a encontrar novos caminhos para a Igreja e uma ecologia integral. Cuidar da vida como um todo, para evitar todo e qualquer homicídio, genocídio e ecocídio. O Papa Francisco tem razão, Laudato sì para cuidar de toda a criação”. 

Conflitos por água

O Relatório mostra que 2018, com 276 casos registrados, é o ano com o maior número de conflitos por água desde que a CPT começou o registro em separado dos conflitos por terra no ano de 2002. 73.693 pessoas estão envolvidas nesses 276 conflitos por água; 85% delas são comunidades tradicionais. O número de conflitos é 40% maior do que em 2017 e o de famílias envolvidas, 108% maior.

Em sua fala a liderança indígena, Dário Kopenawa da Hutukara Associação Yanomami (HAY) lamentou a destruição da floresta e a existência de 40 garimpos ilegais que invadiram a Terra Yanomami. “O nosso universo está doente. A gente não desmatava, não poluía as águas, mas o homem branco está desmatando, está poluindo. Quando morrer o indígena o castigo vai ser grande”, alertou o filho do grande líder Davi Kopenawa. “Por isso estamos aqui para dialogar e ver juntos como enfrentar esses problemas que afetam todos nós”.

A representante dos agricultores e agricultoras, senhora Misinalva, denunciou a falta de estradas e de apoio. “Essas condições não permitem escoar a produção encarecendo os produtos”. Com a voz embargada, mas firme, a agricultora foi categórica: “Não temos o reconhecimento que merecemos. Por três anos e meio os políticos somem. Só aparecem meio ano antes das eleições para pedir votos”.

Chamam a atenção também, outros dados: 2.307 famílias foram expulsas de suas propriedades. Esse número é 59% maior que o de 2017. Para a CPT, expulsão é o ato de retirar da terra seus ocupantes, sem ordem judicial. Nesses casos, os responsáveis pela expulsão (despejo) são, geralmente, fazendeiros, empresários, o suposto dono que, por conta própria, obriga as famílias a sair, através da pressão de jagunços e, muitas vezes, com a participação ilegal da própria polícia. Em grande parte, a expulsão se dá em terras griladas e com torturas físicas e psicológicas.

A violência no discurso do Estado

O Coordenador do Cimi Regional Norte 1, Luis Ventura, destacou que, com o atual governo, no Brasil, “passamos de uma situação de retrocessos para uma situação de destruição do marco legal de direitos que está afetando de forma violenta os pequenos agricultores, comunidades tradicionais e povos indígenas”. O agravamento da situação, segundo ele, tem a ver com a legitimação da violência que agora virou discurso do Estado. Essa violência institucionalizada está presente “no discurso do Presidente da República repetindo que não vai demarcar e homologar Terra Indígena; na campanha pela liberalização da exploração de bens naturais em Terras Indígenas; em casos de loteamento e venda de porções de Terras Indígenas; no aumento de ameaças às lideranças; na pressão institucional para que os indígenas aceitem a mineração e o arrendamento de suas terras; na militarização do espaço público; nas propostas que violam a Constituição brasileira, entre outros”. Ventura afirmou ainda, que “o momento exige muita sabedoria, determinação e coragem. Não podemos ficar calados, o nosso dever é gritar, pois como afirma o Papa Francisco, o silêncio mata”. E a resistência das organizações em especial das mulheres indígenas que nestes dias marcharam em Brasília (DF), renova a esperança para reafirma o compromisso: “Ninguém solte a mão de ninguém”.

Nesse sentido, ao agradecer a presença de todos no evento, Laurindo Lazzaretti, coordenador da CPT Regional Roraima, sublinhou a importância de, “em tempos de fragmentação, unir forças para visibilizar a realidade de conflitos, mortes e do descaso que afeta as populações no campo”. Para registrar os conflitos por terra, por água e o trabalho escravo, a CPT conta com a ajuda de organizações e entidades como o MST, o Cimi, a UFRR e outras fontes de informação. “O Caderno é um instrumento de anúncio da possibilidade de um Bem Viver em harmonia na cidade e no campo. É também, uma denúncia do descaso e omissão onde, muitas vezes, o próprio Estado patrocina a violência contra os povos do campo e da floresta. Este lançamento aqui em Boa Vista, quer sensibilizar a sociedade em geral, as igrejas, as universidades e tantas pessoas de boa vontade que se preocupam e refletem sobre essa realidade”, recordou.

Os dados podem ser acessados no site da CPT Nacional.

Leia mais

  • Comissão Pastoral da Terra lança relatório Conflitos no Campo Brasil 2018 na sede da CNBB
  • CPT, em MG, 40 anos de luta por justiça agrária ao lado dos camponeses e camponesas
  • Crescem os conflitos e a violência no campo; a luta também
  • O patriarcado da conquista e as mulheres indígenas
  • Em marcha histórica, mulheres indígenas afirmam que irão ocupar todos os espaços
  • ‘Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro’. Nota do Cimi sobre o assassinato de liderança na Terra Indígena Wajãpi
  • Amazônia registra mais da metade dos conflitos no campo brasileiro
  • “A solidariedade é fruto de corações que acolhem”. Bispo de Roraima pede colaboração na acolhida dos venezuelanos
  • O Sínodo para a Amazônia será realizado em Roma de 6 a 27 de outubro
  • Você disse “ecologia integral”? Entrevista com Gaël Giraud e Delphine Batho
  • “A Laudato Si’ é uma contribuição de extraordinária importância para o desenvolvimento, em escala planetária, de uma consciência ecológica”. Entrevista com Michel Löwy
  • Lançamento do relatório anual da CPT destaca o aumento da violência no campo e dos conflitos pela água
  • Conflitos por terra: áreas em disputa no Brasil superam o tamanho da Alemanha
  • Dário Kopenawa: “São 20 mil garimpeiros explorando a nossa casa”
  • Campeã de requerimentos minerários, Terra Indígena Yanomami sofre com explosão do garimpo
  • Davi Kopenawa: “Bolsonaro é o que nós, Yanomami, chamamos de xauara, possui um pensamento adoecido”
  • Recorde de queimadas reflete irresponsabilidade de Bolsonaro. Nota do Observatório do Clima
  • Cerca de 600 famílias estão ameaçadas de despejo no município de Itacoatiara (AM)
  • A toque de caixa, deputados querem legalizar a grilagem de terras no Pará
  • Bolsonaro defende mineração e agropecuária em terras indígenas
  • “Enquanto eu for presidente, não tem demarcação de terra indígena”, afirma Bolsonaro
  • Militarização no Brasil: a perpetuação da guerra ao inimigo interno. Entrevista especial com Maria Alice Rezende de Carvalho
  • “Efeito Bolsonaro” fez MST perder 15% de sua base em acampamentos
  • Cimi repudia oferta das terras indígenas para mineração internacional
  • A CPT na luta ao lado dos camponeses

Notícias relacionadas

  • A prática do sacrifício, hoje, é a prática da barbárie. Entrevista especial com Xabier Etxeberria Mauleon

    LER MAIS
  • O grito de Jesus na cruz e seus ecos na contemporaneidade. Entrevista especial com Francine Bigaouette

    LER MAIS
  • Defensoria diz que Rio passou por "limpeza" de moradores de rua do centro

    As denúncias de constrangimentos e violência contra moradores de rua na região do centro do Rio de Janeiro cresceram 60% nos me[...]

    LER MAIS
  • Olimpíadas: estado de exceção estabelece censura e outras violências

    "Muito além da proibição do #ForaTemer, Jogos Olímpicos reforçam uma série de violações de direitos". O comentário é de[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados