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Desgoverno Bolsonaro: um roteiro de filme B com duas regularidades

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08 Agosto 2019

"O que se percebe são duas regularidades. Uma, a que é ditada ao sabor da verborragia e irresponsabilidade do presidente eleito nas circunstâncias de 2018. A segunda regularidade é a agenda de desmonte, como se promover a desestruturação do território brasileiro fosse sua meta final", escreve Bruno Lima Rocha, pós-doutorando em economia política, doutor e mestre em ciência política, professor universitário nos cursos de relações internacionais, jornalismo e direito. É membro do Grupo de Pesquisa Capital e Estado.

Eis o artigo.

Entramos no mês de agosto de 2019, avança a liquidação da Previdência Pública e o desgoverno continua a todo o vapor. Parece redundante afirmar, mas de fato, desinformação, mistificação do debate político e a idiotia abundante se tornaram armas de dominação. A outra constatação parece ser ainda mais apavorante. Quanto mais eu assisto e leio a respeito do vale tudo eleitoral dos Estados Unidos, especialmente no caldo de cultura que deu a vitória a Donald Trump em 2016 e do papel de figuras execráveis como Roger Stone e Steve Bannon, mais me convenço da evidente mistificação da política e do uso do recalque (dos recalques) da direita branca republicana aplicada no Brasil.

O papel de analista, especificamente de cientista político, implicaria no acompanhamento rotineiro dos atos de governo, da agenda do Executivo e alianças complexas. Eu gostaria de analisar detalhadamente os planos de execução de cada ministério do governo Bolsonaro, mesmo desconfiando que estes não passam de ações de curtíssimo prazo, indo ao sabor das intempéries verbais do mandatário e seus asseclas. O que se percebe são duas regularidades. Uma, a que é ditada ao sabor da verborragia e irresponsabilidade do presidente eleito nas circunstâncias de 2018. A segunda regularidade é a agenda de desmonte, como se promover a desestruturação do território brasileiro fosse sua meta final.

Recentemente estive em programa de debate televisivo (emissora local com outorga de educativa), diante de um economista neoliberal ocupando cargo de secretário de Fazenda municipal na Região Metropolitana. O condutor do programa nos perguntou se havia influência das falas de Bolsonaro nos atos de governo. Automaticamente o neoclássico disse que não e eu afirmei que sim. Trata-se dessa realidade paradoxal. Para os neoliberais, ultraliberais, para a ortodoxia econômica neoclássica a serviço da especulação, havendo programa de avanço de um capitalismo subalterno, está tudo bem. Para todos os demais, incluindo oportunistas da nova direita (agora pretensamente arrependidos) e liberais da política, Jair Messias passa de qualquer limite, estando em seu discurso uma ação autorizativa – de fato – do aparelho de Estado para qualquer ato de irracionalidade ou autoritarismo.

Já afirmei isso antes. A agenda de Paulo Guedes, ou melhor, as medidas tomadas com base na experiência dos Chicago Boys de Pinochet, só podem ser executadas em regime de exceção, ou no meio de uma enorme confusão. O economista Paul Krugman – outro dos arrependidos da globalização na Era Clinton – relaciona com a tese de doutorado de Henry Kissinger aquilo que a jornalista Naomi Klein apropriadamente denomina de Doutrina do Choque, também reconhecido como Capitalismo de Desastre, agora na etapa da Necropolítica, versão tropical.

Há uma agenda sim, de desmonte e desregulação, algo que vem latejando desde a legislatura anterior, a que toma posse no segundo governo Dilma, derrubado por estes mesmos parlamentares através do golpe jurídico do impeachment sem crime. A dimensão tropical do capitalismo de desastre é romper com os acórdãos pouco respeitados após a promulgação da Constituição de 1988, mas diante de uma visão catastrofista, exemplificada na política ambiental e no intento permanente do uso discricionário do aparelho de Estado ao bel prazer do presidente seus familiares diretos.

Bolsonaro é a versão extremada deste Brasil que rompe o pacto da Nova República, enquanto desorganiza até mesmo a agenda que avança na Era FHC – como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, criado em 1990, mas desenvolvido nos anos seguintes), a LDB da Educação (1996) e o Estatuto das Cidades (2001). Parece um roteiro de filme B, e é. A “grande esperança branca”, manipulando os mais primitivos instintos, destilando ódio, ratificando os sistemas de crenças mais perversos (como o instinto de morte), posicionando-se como “antissistema” (mesmo após sete mandatos como deputado federal, de 1991 a 2018) e no final, atendendo aos interesses mais indefensáveis da elite rentista, especuladores, entreguistas de todas as cores uniformes, além de fariseus. Até sua briga com a mídia hegemônica é previsível, imitando a Alt-Right dos EUA e dando vazão às tradições de “polemistas da conspiração” como Bem Shapiro e o impagável Rush Limbaugh. Ressalto o óbvio: o caos só pode existir na confusão coletiva. Esse é meu medo.

A confusão é tamanha que a agenda política também é ditada pelo palavrório de Jair, que tenta implantar um governo autoritário sem um regime para servi-lo. Não é à toa que seu apoio hoje se resume a 30%, e daí a sua escolha pela radicalização da insanidade.

Já o medo com a confusão estruturante se transforma em "esperança", porque a adesão ao governo Bolsonaro foi um comportamento de manada da campanha virtual de 2018. E como tal não se sustenta. Não sem a Lava Jato marcando os tempos da política como uma áurea impoluta de um falso tenentismo de toga. Mais fácil afirmar que caminhamos para uma paralisia decisória e com o Exército Brasileiro não sendo mais um recurso de Poder Moderador, haja vista que também já incineraram seu capital político na desventura do Twitter de Eduardo Villas-Bôas e o papel ridículo de Hamilton Mourão jogando para a plateia de decrépitos maçons reacionários "explicando" paradigmas geopolíticos ratzelianos do século XIX. Será que ainda existem militares nacionalistas e com formação científica?!

É cedo para afirmar, mas arrisco dizer que este governo já não gera mais consenso de elite e tampouco acórdão por direita. Tampouco Bolsonaro tem muito capital político, embora tenha sido empossado com a legitimidade das urnas (deveras atingidas pela República de Curitiba e pelo Zapzap com servidores externos). Não governar plenamente tampouco é afirmar que esta administração acaba, pois enquanto Jair Messias falar e assinar atos administrativos tudo, absolutamente tudo pode acontecer.

Paulo Guedes ainda vai tentar algum “sopro de esperança” através de “voo de galinha” na política econômica, mas este deve durar o tempo necessário para liquidarem com a Previdência Pública do país, ou acabarem com o último sopro de orçamento sob o controle popular. É preciso estar preparado e com a plenitude das capacidades políticas revigoradas, até mesmo porque 30% não podem impor suas sandices e crueldades sobre a maioria do povo brasileiro.

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