Líderes religiosos da China prometem integração com o confucionismo

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28 Mai 2019

Cerca de 100 representantes das principais comunidades religiosas da China, nessa segunda-feira, se reuniram no local de nascimento de Confúcio para mostrar seu respeito à cultura tradicional chinesa e prometeram integrar melhor as religiões à cultura chinesa.

A reportagem é de Shan Jie, publicada por Global Times, 27-05-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um encontro de estudos e de atividade de experiência de cinco dias sobre a cultura tradicional chinesa foi lançado em Qufu, Jining, na província de Shandong, no leste da China, nessa segunda-feira. A atividade foi realizada pelo Departamento de Trabalho da Frente Unida do Comitê Central do Partido Comunista da China, Tongzhan Xinyu.

Durante o evento, os participantes visitarão o templo, o cemitério, a mansão da família de Confúcio e o Instituto Confúcio em Qufu. Aulas, fóruns e seminários serão lançados durante os cinco dias, segundo o relatório.

Wang Zuoan, diretor da Administração Estatal para Assuntos Religiosos, participou da cerimônia de abertura, junto com chefes das associações nacionais das cinco maiores religiões da China – budismo, taoísmo, islamismo, catolicismo e protestantismo. O evento é uma saudação do povo religioso da China à excelente cultura tradicional chinesa, uma expressão comum do seu reconhecimento e uma promessa de integrar a religião à cultura chinesa, afirmaram os participantes.

Yang Chaoming, chefe do Instituto Confúcio, fez um discurso na segunda-feira. Ele disse ao Global Times que o confucionismo é uma cultura que se concentra na harmonia e na tolerância, e também é amplamente reconhecido pelos representantes religiosos.

“Cada religião tem suas próprias características e é igual às outras”, afirmou Yang. “Elas devem estar abertas para serem compatíveis com a sociedade.”

“Na história, muitas religiões exóticas experimentaram encontros e conflitos, conhecendo e integrando-se com a cultura tradicional chinesa depois de entrar na China”, disse Yang. “Somente aquelas que realmente se misturam permanecem no país.”

Por exemplo, durante a dinastia Ming (1368-1644) e a dinastia Qing (1644-1911), os muçulmanos chineses usaram o confucionismo para explicar as escrituras islâmicas, o que contribuiu para a profunda integração do islamismo à sociedade chinesa, de acordo com o Tongzhan Xinyu.

Yang disse que três ou quatro grupos religiosos visitam o instituto a cada ano para aprender sobre o confucionismo.

No dia 1º de abril, 94 empregados religiosos da Região Autônoma de Xinjiang Uyghur, no noroeste da China, visitaram o instituto e fizeram a experiência do confucionismo, o que “aumentou ainda mais a sua confiança cultural e o sentimento de orgulho nacional”, segundo o site do Instituto Confúcio, com sede em Shandong.

“O confucianismo é o pensamento essencial na China e desempenha um papel central no pensamento e no sistema cultural chineses”, disse Jiang Haisheng, chefe do Departamento de Jornalismo e Comunicações da Universidade de Ciência Política e Direito de Shandong, ao Global Times nessa segunda-feira.

“Toda cultura exótica que entra na China deve ser localizada. (...) Melhorar a comunicação e a fusão das diferentes culturas e religiões pode criar e enriquecer a sabedoria chinesa moderna”, afirmou.

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