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O bolsonarismo e o altar do capital

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04 Dezembro 2018

“Alguns de nós pensávamos que o Governo Bolsonaro seria um Governo fácil de combater, pois o seu primarismo político, sua compulsão pela morte dos adversários; sua apologia da tortura e a sua indiferença em relação à vida; sua visão primária da segurança pública e o seu desconhecimento de questões elementares de economia, da geopolítica e do comércio internacional, levariam parte dos setores médios da direita educada (“bem pensante”) – o empresariado “nacional” e a academia elitista (mas “democrática”) – a sair da sua base de conforto e engrossar uma oposição que no mínimo rejeitasse os processos políticos e jurídicos de “exceção”, que permanecem em curso”, escreve Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul – PT, em artigo publicado por Sul21, 02-12-2018.

Segundo ele, “a fusão do autoritarismo proto-fascista com o neoliberalismo “tout court” – consagrado pelo interesses dos credores da dívida pública e dos inimigos do Estado Social – está montando um Governo de traição à Constituição de 88, sem nenhum tipo de pudor e com pouca resistência”.

Eis o artigo.

A grande novidade do Governo Bolsonaro é a ousadia – na montagem do seu Governo – pela qual, desmentindo toda a sua demagogia “antipolítica” ele não teme refugiar-se nos braços da política tradicional, guindando o velho PFL à condição de principal partido da “governabilidade” e absorvendo – sem novidade! – o velho e sedimentado oportunismo pemedebista. A aparente simplicidade do proto-fascismo bolsonarista cede à complexidade da política global, pela qual nenhuma questão importante – local ou regional – deixa de ser também uma questão do mundo da História. Trump, Putin, Macron e Theresa May, vivem – nas suas formas diversas e constantes – o mesmo universo de guerras, destruições e reciclagem do sistema do capital, enquanto os pobres, os imigrantes, os irrelevantes agonizam.

No altar do capital os 1% de ricos controlam a maior parte da renda do planeta e organizam – com grande rigor – a formação da opinião: redes compradas e mídias tradicionais instituem o novo cenário subjetivo da modernidade, no qual as pessoas recriam as suas identidades no juízo do mercado e na reverência dos mitos. Bolsonaro ganhou as eleições simulando que não era um político, que o seu Governo seria de técnicos, apresentando-se como um “apolítico” que iria cuidar do bem público, mas, na realidade, monta um Governo altamente politizado e representativo do seu campo, com a hegemonia da direita mais perversa, no qual -pasmem ! – é provável que as Forças Armadas funcionem como um poder moderador.

O Presidente eleito ousou - puxando grupos tradicionais para o convívio com as religiões do dinheiro – acolher também partidos “novos”, que se formaram reorganizando o espaço político das negociações lícitas e ilícitas, lugar de onde sempre emergem figuras estranhas e sem vida pública. Tanto dos porões da institucionalidade como de empresas comerciais onde se forjam -como referência- personagens menores do conservadorismo internacional, “filósofos” desbocados que não são reconhecidos por ninguém como pensadores sérios e – verdadeira novidade – Bolsonaro integra no seu Governo quadros militares de alta patente com respeitabilidade dentro da instituição.

Castells, no seu “Ruptura” (Alianza Editorial, Madriz 2017) [1] diz que o mundo de hoje está construído por “uma galáxia de comunicação dominada pela mentira, agora chamada pós-verdade. Uma sociedade sem privacidade, na qual nos convertemos em dados. E uma cultura denominada de entretenimento, construída sobre o estímulo de nosso baixos instintos e sobre a comercialização dos nossos demônios”.

Quando a razão ilustrada perde, portanto, a sua capacidade de reproduzir-se, como capitalismo clássico universal com seus sujeitos visíveis (disputando e negociando os seus valores materiais fundados na exploração do trabalho) ela é substituída pelo fluxo do dinheiro virtual. Este, todavia, só pode criar uma unidade (ilusória) – entre os seres humanos – a partir dos “mitos”, que então substituem tanto o sentido (subjetivo) de uma humanidade única dirigida pela razão, como o reconhecimento (objetivo) que estamos juntos nesta gigantesca nave planetária na viagem comum para o mesmo destino.

Alguns de nós pensávamos que o Governo Bolsonaro seria um Governo fácil de combater, pois o seu primarismo político, sua compulsão pela morte dos adversários; sua apologia da tortura e a sua indiferença em relação à vida; sua visão primária da segurança pública e o seu desconhecimento de questões elementares de economia, da geopolítica e do comércio internacional, levariam parte dos setores médios da direita educada (“bem pensante”) – o empresariado “nacional” e a academia elitista (mas “democrática”) – a sair da sua base de conforto e engrossar uma oposição que no mínimo rejeitasse os processos políticos e jurídicos de “exceção”, que permanecem em curso.

Esta visão um pouco mecânica fundava a esperança na formação de uma nova maioria que viria engrossar uma ampla frente democrática em defesa dos fundamentos da Constituição de 88 – inclusive junto a uma parte da mídia tradicional – e assim pudéssemos retomar o processo de disputa política democrática dentro da antiga ordem, com novos moldes: todas as classes, todos os grupos e estamentos então – já munidos de um novo aprendizado – formariam uma ampla coalizão em defesa de um equilíbrio que não mais existia, mas que a força normativa da Constituição poderia repor, pela legitimidade da sua ideia moral de justiça e liberdade.

Se as pessoas, os grupos políticos – os novos e velhos partidos – aprendessem que os atalhos fracassam não teríamos o golpe institucional-parlamentar contra Dilma. Se todos aprendessem que o encurtamento dos espaços democráticos são precursores de crises ainda maiores; se entendêssemos que é na centralidade ontológica do presente – espaço do tempo atual em que as pessoas vivem – que estão sendo construídos os fundamentos do amanhã; se fôssemos mais rigorosos com as nossas utopias, Bolsonaro poderia ser evitado e o discurso de ódio, fundamentado pelo oligopólio da mídia e milimetricamente dirigido contra Lula, não teria o trânsito que teve. Inútil esperança: a fusão do autoritarismo proto-fascista com o neoliberalismo “tout court” – consagrado pelo interesses dos credores da dívida pública e dos inimigos do Estado Social – está montando um Governo de traição à Constituição de 88, sem nenhum tipo de pudor e com pouca resistência.

Na base daquela visão equivocada estava o conceito de que o bolsonarismo era só um acidente de percurso na “blietzkrig” da exceção, não um projeto alternativo que poderia ser acionado, quando necessário, analogicamente ao que sucedeu na Itália e que celebrou -ao final- Berlusconi e os seus corruptos perfeitos por onze anos. Aquela visão não imaginava que Bolsonaro era, não um acidente, mas o verdadeiro “novo” da direita autoritária que para eliminar as “velhas” e generosas políticas da esquerda socialdemocrata não relutaria em fazer todas as concessões para viabilizar um sistema de apoio para repartir o botim das privatizações selvagens e as reformas escravistas, restaurando – neste aspecto – as mesmas formas de gestão política do Estado, vigentes desde 40 anos atrás.

O bolsonarismo hoje se vincula ao neoliberalismo rentista de Paulo Guedes com as suas receitas “pinochetistas” e ganha a simpatia da mídia tradicional, que passa a tratá-lo como um ser político viável, para levar avante os planos de vassalagem internacional. Quando ele nomeia ministros conservadores e fundamentalistas e continua a cortejar o seu lado predileto (a extrema direta de tendências fascistas) Bolsonaro registra, na verdade, que na sua opinião a democracia e a laicidade são inviáveis. Quando ele designa ministros dos partidos tradicionais – como do PMDB e do DEM – abre frestas para que as velhas recompensas às oligarquias regionais “fiéis”, continuem campeando e assim consolida uma maioria parlamentar, para levar avante os dois propósitos que unem as classes mais privilegiadas do país: a reforma da previdência, para contentar o “rentismo” e o sucateamento das políticas de saúde e educação, para atrair novos investidores privados no lugar do público.

Um historiador disse com a conhecida segurança dos cultos sem modéstia que, “se em vez de se associar ao fantasma de uma contra-revolução sem tropas, Kerensky tivesse concluído a paz e dado terra aos camponeses, é possível que Lênin nunca tivesse entrado no Kremlin”. Florinsky, o historiador, talvez tivesse razão, mas seria preciso que Kerensky não fosse Kerensky e que Lênin também não fosse ele mesmo, para que a história fizesse outras curvas.

O episódio levanta um indagação para o Brasil atual: se Haddad tivesse ganho as eleições, Bolsonaro aceitaria os resultados e se transformaria num democrata verdadeiro, como são Haddad, Lula, Dilma – que jamais prometeram matar 30 mil ou fechar o Supremo – ou ele seria como um inconformado Aécio, com grupos de ação direta a ameaçar a democracia todos os dias? Não se sabe, pois as eleições já se esfumaram na História. Mas, para que isso acontecesse, é certo que Bolsonaro seria este mesmo que aí está. Sem tirar nem por, pois jamais pediu desculpas aos democratas de todo o mundo, pela injeção de ódio que aplicou contra democracia e o Brasil e continua disseminando-a mundo afora.

Nota:

[1] Ruptura. A crise da democracia liberal. Manuel Castells, Rio de Janeiro: Zahar, 2018 (Nota de IHU On-Line).

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