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03 Dezembro 2018

Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) demonstram força e disputam com os militares o domínio na Esplanada; três ruralistas entram como braços-direitos de Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina na Casa Civil e na Agricultura.

A reportagem é de Igor Carvalho, publicada por De Olho nos Ruralistas, 30-11-2018.

Com a indicação do almirante Bento Costa de Albuquerque para o Ministério de Minas e Energia, já são vinte ministros anunciados por Jair Bolsonaro. Quatro deles são filiados à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o que demonstra a influência que o setor terá junto ao próximo presidente. A face institucional da bancada ruralista ainda terá um secretário-executivo do Ministério da Agricultura e dois secretários especiais na Casa Civil.

Ainda no dia 2 de outubro, antes mesmo do primeiro turno da eleição, a bancada ruralista manifestou apoio à candidatura de Bolsonaro. Agora eleito, o ex-militar tratou de recompensar o suporte que recebeu e nomeou Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da FPA e deputada federal, para ministra da Agricultura.

O deputado federal Marcos Montes (PSD-MG) será secretário-executivo do Ministério da Agricultura. Ex-presidente da FPA, ele teve uma considerável evolução patrimonial na vida política: saiu de R$ 1,7 milhão em bens em 2006 para R$ 4,9 milhões, em 2018.

Montes terá status de vice-ministro, segundo Tereza Cristina. O outro secretário com esse status será o presidente da União Democrática Ruralista, Nabhan Garcia: “Sogro de Nabhan Garcia comprou 67 mil hectares de terras indígenas no Mato Grosso nos anos 80“.

Ruralistas farão ponte com o Congresso

Braço direito de Bolsonaro desde a campanha, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) assumirá a Casa Civil. O gaúcho foi articulador do programa que refinanciou as dívidas dos ruralistas com União, beneficiando-se com um desconto de 62% em seus débitos de R$ 606,5 mil com os cofres públicos.

Lorenzoni nomeou para a linha de frente da Casa Civil outros dois deputados federais ligados ao agronegócio: Leonardo Quintão (MDB-MG) e Carlos Manato (PSL-ES). Ambos são da FPA. Eles serão os secretários especiais na relação do governo, respectivamente, com o Senado e a Câmara.

Quintão foi relator do Código da Mineração. Sua família é sócia de quatro mineradoras e cria avestruzes. Outro filiado à FPA que garantiu chefia de ministério é Osmar Terra (MDB-RS), que comandará a pasta da Cidadania. Ele é ministro do Desenvolvimento Social do governo Temer.

O ministro da Saúde será o fazendeiro e ortopedista Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Deputado federal, ele não concorreu à reeleição. Acusado de fraude em licitação, tráfico de influências e caixa 2, o parlamentar será mais um representante da FPA na Esplanada.

Os militares indicados por Bolsonaro são: Almirante Bento Costa Albuquerque (Minas e Energia); General Carlos Alberto dos Santos (Secretário do Governo); General Fernando Azevedo e Silva (Defesa); Tenente-coronel da FAB Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia); e General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

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