“As vítimas devem saber que o Papa está ao lado delas. Os que sofreram são a sua prioridade, e a Igreja quer escutá-los para erradicar este trágico horror”

Basílica de São Pedro | Foto: Reprodução Facebook

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Em vez de as transformações tecnológicas trazerem mais liberdade aos humanos, colocou-os em uma situação de precarização radical do trabalho e adoecimento psicológico

    Tecnofascismo: do rádio de pilha nazista às redes antissociais, a monstruosa transformação humana. Entrevista especial com Vinício Carrilho Martinez

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

17 Agosto 2018

A Sala de Imprensa da Santa Sé, 16-08-2018, divulgou a seguinte nota. A tradução é de Graziela Wolfart.

“Diante do relatório publicado na Pensilvânia esta semana, há duas palavras que podem expressar os sentimentos frente a estes crimes horríveis: vergonha e dor.

A Santa Sé leva muito a sério o trabalho do Investigating Grand Jury da Pensilvânia e do longo relatório que elaborou. A Santa Sé condena claramente o abuso sexual de menores.

Basílica de São Pedro (Foto: Reprodução/ Facebook)

Os abusos descritos no relatório são criminal e moralmente reprováveis. Estes fatos traíram a confiança e roubaram a dignidade e a fé das vítimas. A Igreja deve aprender duras lições de seu passado, e deveria ter noção de responsabilidade (responsabilização) tanto por parte dos abusadores, como por parte daqueles que permitiram que acontecesse.

A maior parte do relatório se refere a abusos cometidos antes dos primeiros anos da década de 2000. Não encontrando muitos casos depois de 2002, as conclusões do Grande Júri são coerentes com estudos anteriores, que mostram como as reformas feitas pela Igreja Católica nos Estados Unidos reduziram drasticamente a incidência dos abusos cometidos pelo clero. A Santa Sé motiva a postura de constante reforma e vigilância em todos os níveis da Igreja Católica, para garantir a proteção dos menores e dos adultos vulneráveis. Salienta também a necessidade de obedecer a legislação civil, inclusive a obrigação de denunciar os casos de abusos a menores.

O Santo Padre compreende bem quanto estes crimes podem sacudir a fé e o ânimo dos fieis, e reitera o apelo para que se façam todos os esforços possíveis para criar um ambiente seguro para os menores e adultos vulneráveis na Igreja e em toda a sociedade.

As vítimas devem saber que o Papa está ao lado delas. Aqueles que sofrem são sua prioridade, e a Igreja quer escutá-los para acabar com este trágico horror que destrói a vida dos inocentes.”

Leia mais