Linguagem da Igreja sobre a homossexualidade é ''vil''

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24 Abril 2018

Na última sexta-feira, 20, relatamos a afirmação do arcebispo irlandês Eamon Martin, de Armagh, de que a Igreja institucional “luta para encontrar uma linguagem” através da qual possa se relacionar com as pessoas LGBT. Em resposta a seus comentários, a ex-jornalista política e católica gay Ursula Halligan escreveu uma carta dura ao The Irish Times. Ela disse que o arcebispo “não percebeu” o que está em jogo.

A reportagem é de Robert Shine, publicada por New Ways Ministry, 21-04-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

E continuou: “Será que a Igreja hierárquica está lutando para encontrar uma linguagem para se relacionar com as pessoas gays porque sua teologia da sexualidade humana é profundamente falha?”.

“É de se admirar que a Igreja lute para encontrar uma linguagem para se relacionar conosco quando a linguagem que ela já usa é tão vil?”

“A hipocrisia disso, enquanto se prega uma mensagem do Evangelho de amor e justiça, é de tirar o fôlego.”

Halligan também expressou preocupação em sua carta de que o próximo Encontro Mundial das Famílias em Dublin exclua os católicos LGBT e suas famílias. Afirmar que “todos são bem-vindos” ao evento, sem ações por trás dessa declaração, são “boas-vindas vazias”, disse ela.

Halligan está tocando algo importante. Os católicos nos bancos das igrejas são inteiramente capazes de se relacionar e de falar sobre as identidades LGBT em termos respeitosos, humanos. As lideranças da Igreja parecem quase totalmente incapazes de fazer isso.

Mesmo as declarações e ações mais pastorais são prejudicadas por um foco obsessivo na complementaridade de gênero e no entendimento da sexualidade humana e da identidade de gênero totalmente separado da ciência contemporânea, da experiência humana e da lente da espiritualidade.

Halligan está certa ao seu unir ao crescente coro de católicos, incluindo diversos bispos, que sabem que, no mínimo, uma linguagem prejudicial como a expressão “intrinsecamente desordenados” [presente no Catecismo da Igreja Católica ao abordar os “atos de homossexualidade”] deve ser descartada, em favor de uma linguagem respeitosa e humanizadora.

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