• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O nível do PIB per capita brasileiro de 2013 só deve ser recuperado em 2023

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: entre as Inquietações do tempo e o desejo de Unidade. Artigo de Faustino Teixeira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

19 Abril 2018

"O drama brasileiro é que o bônus demográfico só acontece uma vez na história de cada país e não aproveitá-lo pode significar a condenação à condição de país eternamente acorrentado ao subdesenvolvimento", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 18-04-2018.

Eis o artigo.

O Brasil apresentou grande crescimento da renda per capita nos séculos XIX e XX e foi um exemplo de sucesso econômico (embora com grande empobrecimento ambiental). Entre 1822 e 1980, na média, o Brasil cresceu mais que o restante do mundo. Mas esta realidade mudou a partir de 1981. As dificuldades foram se avolumando nas últimas décadas e, atualmente, o povo brasileiro passa por um momento crítico. Provavelmente, o Brasil vai chegar no aniversário dos 200 anos da Independência com uma renda per capita inferior àquela de 2013.

A renda per capita brasileira caiu com o início do declínio trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) ainda na primeira gestão de Dilma Rousseff. Entre 2014 e 2016 a renda per capita diminuiu fortemente. Houve uma lenta recuperação em 2017, mas a volta ao patamar de 2013 só deve ocorrer em 2023, conforme indicam os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgados ontem (17/04/2018). Assim, tudo indica que o país passará um decênio com estagnação da renda per capita.

Desde o início dos anos 1980, o Brasil passou por três grandes crises econômicas: 1981-83 (recessão Figueiredo-Delfim; 9 trimestres com queda acumulada de 8,5%); 1989-1992 (recessão Sarney-Collor; 11 trimestres, com queda de 7,7%) e 2014-16 (recessão Dilma-Temer; 11 trimestres e queda de 8,6%), segundo o relatório de outubro de 2017 do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE). Mas por conta de uma revisão dos cálculos do IBGE, devido a uma pequena margem, não se pode falar, absolutamente, que a atual recessão foi a maior e mais profunda da história da República.

Contudo, a crise atual pode ser contabilizada como a de maior duração e a mais profunda, se considerarmos não só o período de queda, mas também o tempo gasto para a recuperação do padrão pré-crise (antes da recessão). Nota-se que após a recessão Figueiredo-Delfim, o PIB cresceu 5,3% em 1984, 7,9% em 1985 e 7,5% em 1986; a expansão durou 17 trimestres, com uma média de crescimento de 6,4% por trimestre. Após a recessão dos presidentes Sarney-Collor, o PIB cresceu 4,7% em 1993, 5,3% em 1994 e 4,4% em 1995; a expansão pós recessão durou 12 trimestres, com uma média de crescimento de 6% por trimestre.

No pós recessão Dilma-Temer, as projeções do FMI, atualizadas em 19 de abril de 2018, indicam um aumento do PIB de 1% em 2017, 2,3% em 2018, 2,5% em 2019 e 2,2% ao ano entre 2020 e 2023. Ou seja, enquanto a recuperação das duas outras grandes recessões foi no ritmo de 6% aa, a recuperação atual está acontecendo com uma média em torno de 2% ao ano.

Tecnicamente, a recessão atual pode ter terminado no final de 2016, mas os dados indicam que 2017 foi o ano de pior recuperação de todas as grandes recessões anteriores da economia brasileira. O gráfico acima mostra que o ponto de queda mais profundo ocorreu em 2016, tanto para o PIB, quanto para a renda per capita. A partir de 2017, teve início o processo de lenta recuperação. Porém, no atual passo de tartaruga, somente em 2020 o PIB brasileiro será maior do que o PIB de 2013 e somente em 2023 a renda per capita será maior do que aquela de 2013.

O Brasil vive a sua segunda década perdida. O gráfico abaixo mostra que a nação brasileira – pela primeira vez na história – deve ficar, pelo menos 13 anos (trecênio) crescendo abaixo do ritmo médio da economia mundial. Isto nunca tinha acontecido antes e pode estar se tornando a nova norma. Significa também que o povo brasileiro está ficando mais pobre em relação ao cidadão médio global.

O gráfico abaixo mostra que a renda per capita brasileira ultrapassou a renda per capita mundial na década de 1970 e atingiu o valor máximo (quase 20% maior) em 1980. Com a recessão ocorrida no último governo da ditadura militar, a renda per capita voltou a ficar igual a renda mundial em 1983, recuperou um pouco entre 1984 e 1986 e depois iniciou um processo de queda que, com pequenas flutuações, continua num mergulho interminável e deve chegar em 2022 (nos duzentos anos da Independência) com uma relação igual àquela do final da década de 1950. Isto é, o brasileiro médio ganhará cerca de 80% da renda per capita mundial. O Brasil foi uma economia emergente entre 1950 e 1980 e passou a ser uma economia submergente a partir do ano de 1981. O povo brasileiro estava enriquecendo em termos absoluto e relativo e agora está empobrecendo em termos relativos.

O empobrecimento geral do país tem impacto imediato na parcela inferior da pirâmide de renda da população. O gráfico abaixo, apresentado em artigo de Bruno Villa Bôas, no jornal Valor (12/04/2018), com base em levantamento da LCA Consultores dos dados da PNAD Contínua do IBGE, mostra que o número de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza (menos de US$ 1,9 ao dia, equivalente a R$ 133,72 em 2016 e R$ 136 em 2017) aumentou de 13,34 milhões em 2016 para 14,83 milhões em 2017. Mesmo com os recursos aplicados no Programa Bolsa Família, o percentual de pessoas na extrema pobreza representava 6,5% em 2016 e passou para 7,2% em 2017.

O aumento da extrema pobreza tem a ver com a piora das condições do mercado de trabalho, a diminuição do emprego formal e o crescimento da informalidade e dos empregos precários. Entre o final de 2014 e o final de 2016 o Brasil perdeu mais de 3 milhões de empregos formais segundo dados do CAGED, do Ministério do Trabalho. Em 2017, ano de “recuperação” do crescimento do PIB, de forma inédita, o emprego formal diminuiu.

O Brasil tem andado na contramão da história não só em relação ao emprego formal, pois mantém fora do círculo de riqueza e bem-estar 26,4 milhões de pessoas, que estavam desempregadas ou subutilizadas no 4º trimestre de 2017, segundo dados da PNAD contínua do IBGE. A taxa composta de subutilização da força de trabalho (medida mais ampla do desperdício do potencial produtivo do país) era de 20,9% no primeiro trimestre de 2012, caiu para o nível mais baixo de 14,8%, no 3º trimestre de 2014 e subiu durante a recessão econômica, atingindo 22,2% no 4º trimestre de 2016. O pico ocorreu no 4º trimestre de 2017, com uma taxa de 23,6%.

O desperdício do potencial produtivo da força de trabalho brasileira representa a perda de uma oportunidade histórica, pois o Brasil vive o auge do bônus demográfico, ou seja, o momento em que a razão de dependência demográfica está em seu nível mais baixo e a proporção de trabalhadores em idade produtiva é a mais alta de todos os tempos.

O processo profundo de desindustrialização precoce e a opção pela “especialização regressiva” (alta dependência das commodities e dos bens primários) tem retirado competividade da economia brasileira. A retomada de 2017 foi baixíssima e o crescimento de 2018 não deve ser nada muito diferente. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um crescimento de somente 0,09% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. O Brasil vive um período de esclerose e baixo crescimento antes mesmo de ter uma estrutura etária envelhecida. O país vai ficando para trás, enquanto o mundo desenvolvido avança na Quarta Revolução Industrial, Científica e Tecnológica.

Estes 13 anos (trecênio 2011-2023) em que o Brasil cresce menos que a média mundial vieram no pior momento possível pois representa o fim do sonho da construção de um país próspero, de renda per capita alta e de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O drama brasileiro é que o bônus demográfico só acontece uma vez na história de cada país e não aproveitá-lo pode significar a condenação à condição de país eternamente acorrentado ao subdesenvolvimento.

Referências:

ALVES, JED. A maior e a mais profunda recessão da história republicana, Ecodebate, 29/01/2018 https://www.ecodebate.com.br/2018/01/29/maior-e-mais-profunda-recessao-da-historia-republicana-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Michel Temer e a pior presidência da história da República, Ecodebate, 07/02/2018 https://www.ecodebate.com.br/2018/02/07/michel-temer-e-pior-presidencia-da-historia-da-republica-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

Leia mais

  • Países pobres perderão 10% do PIB per capita com a mudança climática, diz FMI
  • Trabalho doméstico não remunerado vale 11% do PIB no Brasil
  • Contra o mito do aumento do PIB. Artigo de Gaël Giraud
  • Brasil Desigual: 10% da população concentram 43,3% da renda do país
  • Reduções na renda familiar aumentam evasão escolar no Brasil, aponta Banco Mundial
  • Juros altos protegeram renda dos mais ricos na crise
  • Brasil tem maior concentração de renda do mundo entre 1% mais rico
  • Renda do 1% mais rico é 36 vezes a da média da metade mais pobre, diz IBGE
  • Metade dos trabalhadores brasileiros tem renda menor que o salário mínimo, aponta IBGE
  • 22% da população brasileira vive na pobreza de renda. Políticas sociais não podem ser afetadas pela crise. Entrevista especial com Celia Lessa Kerstenetzky
  • A renda básica não é uma utopia. Entrevista com Philippe Van Parijs
  • ''A renda básica gera mais equidade.'' Entrevista com Philippe Van Parijs
  • Novos desafios e perspectivas do trabalho, emprego e renda em debate
  • Brasil não redistribuiu renda do topo para a base da pirâmide
  • Desigualdade de renda no Brasil não caiu entre 2001 e 2015, revela estudo
  • Desigualdade piora em 4 das 5 regiões do País em 2017, aponta IBGE
  • Desigualdade no Brasil é o dobro da oficial
  • A desvalorização do salário mínimo emperra a redução da desigualdade. Entrevista especial com Marta Arretche
  • Riqueza patrimonial: o lado oculto da desigualdade brasileira. Entrevista especial com André Calixtre
  • Crescimento, precarização e desigualdade no fechamento de 2017
  • Cresce a pobreza na América Latina e no Brasil
  • 22% dos brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza, diz estudo
  • No Brasil jovens de zero a 14 anos de idade na linha de pobreza chegam a 40,2%
  • Os desafios da economia brasileira. Entrevista especial com Ricardo Carneiro
  • Nova/velha economia
  • 33 teses para reformar a economia ensinada
  • Como o Brasil caiu à Série B da economia global e nunca mais voltou
  • "O Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história da economia"
  • Economia brasileira está no fundo do poço e sem norte, constata economista
  • A economia global à espera de outra crise
  • Economia Indonésia ultrapassa o Brasil

 


Notícias relacionadas

  • “A valorização do Centro Histórico com o uso social que se pode fazer do Cais Mauá não pode ser reduzida a ganhos econômicos”, diz o sociólogo.

    A cidade (rebelde) da modernidade tardia contra a cidade fordista-industrial. Entrevista especial com Milton Cruz

    LER MAIS
  • "A democracia brasileira é chata. Não entusiasma ninguém". Entrevista especial com Francisco de Oliveira

    LER MAIS
  • "Nossas cidades são insustentáveis". Entrevista especial com Luciana Ferrara

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados