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A Páscoa amarga de Bergoglio e o tempo de Kairós

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02 Abril 2018

Ervas amargas e pães ázimos em uma fase de transformações epocais que fazem a Igreja deslizar. E Francisco tem clareza de que a revolução não está mais tão ao alcance.

A reportagem é de Maria Antonietta Calabrò, publicada por L’HuffingtonPost, 01-04-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Sob um céu romano chuvoso, em frente ao Coliseu, o templo dos mártires cristãos, ao término da Via Sacra desta Páscoa, o Papa Francisco dirigiu a Cristo um apelo sincero. Acendeu os refletores “sobre as tentativas de desacreditar a tua Igreja”.

Denunciou “a avidez e a covardia de tantos doutores da lei e hipócritas”. Pediu socorro. “Ajuda-nos”, disse, a “nos despojarmos da arrogância”, “dos míopes e dos corruptos, que viram em ti uma oportunidade a ser explorada”.

Palavras amargas, preocupadas.

Traçando um balanço dos primeiros cinco anos do Papa Francisco, o diretor da revista de informação cultural e religiosa Il Regno, Gianfranco Brunelli, na edição que traz a data de 15 de março, quis acrescentar “algumas notas” sobre o percurso futuro que “permanece imprevisível, porque é sempre imprevisível a história que caminha sobre curvas inesperadas”.

A esse respeito, Brunelli, tomando emprestada uma definição do cardeal Karl Kasper, falou de um pontificado do tempo de Advento. E também acrescentou que Francisco sabe que este é um tempo novo, incógnito. Mas é também um “Kairós”.

Kairós é o deus grego do tempo, do acaso que passa veloz, mas também da oportunidade.

Kairós, ao contrário de Kronos (o deus do tempo quantitativo que sempre flui igual e linear) é a personificação do tempo qualitativo da oportunidade, que pode ser agarrado pela longa franja que tem na testa (é assim que ele é representado desde a antiguidade), mas que, quando passou, de costas, não pode ser parado, porque sua nuca não oferece nenhum ponto de apoio, calva como é.

O milenarismo da Idade Média tinha uma forte sensibilidade pelo kairós. Sua imagem se encontra em estátuas e baixos-relevos de alguns mosteiros. Os “Carmina Burana” são um exemplo poético e musical disso, com o hino à Fortuna mutável ou a contundente condenação contra a Cúria Romana, da qual muitos membros eram considerados sempre e somente dedicados à busca do poder.

Esta Páscoa é, mais do que as anteriores, uma “passagem” para o Papa Francisco. Como a Páscoa do povo judeu, que neste ano, ocasionalmente, coincidiu com a católica por motivos de calendário.

Na primeira Páscoa, da qual se faz um eterno memorial, Deus ordenou que os judeus comessem cordeiros assados e ervas amargas, como a escravidão no Egito, junto com o pão ázimo, o pão da pressa, porque não há tempo para esperar que ele fermente e fique suave e macio. Ceando sem sequer se sentar, mas de pé, com os rins cingidos e os sapatos calçados. Prontos para ir.

Esta Páscoa deve ser exatamente assim também para Bergoglio. Ervas amargas e pão ázimo.

A Igreja está “passando” de uma modalidade a outra, transformações epocais sacodem a sua barca, e o sucessor do Pescador tem clareza de que a revolução não está mais tão ao alcance. Assim como está claro para os observadores no mundo. O novo Advento parece marcado pelos paramentos litúrgicos roxos, a mesma cor do tempo de luto e da Quaresma.

Os incidentes de percurso tornaram-se mais próximos uns dos outros. E os sinais de intolerância, mais marcantes. Basta pensar naquilo que aconteceu nos últimos meses nas relações com a poderosa associação estadunidense Papal Foundation, que negou a Francisco uma doação de 25 milhões de dólares para apoiar o IDI (o hospital italiano, abalado por uma má gestão), ou nos espinhos do dossiê chinês.

Justamente na Sexta-Feira Santa, o bispo “clandestino” (isto é, em plena comunhão com Roma) Guo Xijin, cujo “destino” está no centro das negociações entre o Vaticano e Xi, foi “detido” pelas autoridades de Pequim pela segunda vez em 48 horas, lançando uma sombra escura sobre as negociações com o governo, que já deveriam ter alcançado a meta.

Os eventos do Brexit e da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais estadunidenses modificaram e potencialmente enfraqueceram a ação do papa em nível internacional. Sem falar da “vitória” de Steve Bannon, que se entrevê por trás da afirmação do populismo na política italiana.

Francisco ainda não teve a chance de fazer as suas reformas fermentarem. Elas também ficaram ázimas. Enquanto o prefeito da Secretaria para a Economia, o cardeal George Pell, em quem ele tanto havia apostado, esteve durante um ano sob investigação por abusos sexuais na Austrália. E o seu “czar” da comunicação, Dario Viganò, teve que se afastar, após as polêmicas sobre a carta censurada de Joseph Ratzinger.

E nunca como neste ano a visita para os votos de Páscoa ao Papa Emérito Bento XVI foi mantida na surdina. O silêncio também recaiu sobre a investigação sobre os supostos acobertamentos da pedofilia do bispo chileno de Osorno, Juan Barros.

Em perspectiva, Francisco pode assegurar a sua herança nomeando pelo menos outros cinco cardeais que entrarão no futuro conclave, já que, no dia 2 de abril, o número de purpurados eleitores cairá para 115 (dos 120 previstos por Paulo VI). Mas o pontífice já parece buscar força e conforto, sobretudo, do seu serviço pessoal aos últimos, como ocorreu durante a missa da Quinta-Feira Santa na prisão romana de Regina Coeli. Na qual ele ilustrou como uma parábola o fato de que, no próximo ano, terá que se operar das cataratas nos olhos, porque não enxerga bem. E, assim, aos detentos, ele disse que é preciso ter olhos novos para ver coisas novas.

Além disso, no tempo de Kairós, é preciso ir rápido, e, por isso, são as escolhidas são as periferias (geográficas e existenciais), e não os potentados. O tempo é superior ao espaço, repetiu Francisco desde o início de seu pontificado, várias e várias vezes. E o tempo de Kairós é qualitativamente superior ao de Kronos.

Mas, por sua natureza, Kairós passa e vai.

Paradoxalmente, escreveu Charles Peguy nos “Portais do Mistério da Segunda Virtude” que Fé e Caridade são as duas virtudes teologais do instante fugidio, do aqui e agora. São uma esposa e uma mãe, duas mulheres de certa idade, mas que se movem apenas por causa da pequena Esperança, a menina que parece ser segurada pelas mãos pelas duas irmãs mais velhas, mas que, em vez disso, é ela quem “empurra” as outras duas para a frente.

É por isso que, apesar de tudo, Francisco, ao encerrar a Via Sacra, expressou “esperança porque a tua Igreja, santa e feita de pecadores, continua sendo, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de desacreditá-la, uma luz que ilumina, encoraja, levanta e testemunha o teu amor ilimitado pela humanidade, um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e de verdade”.

E pediu a todos que “se identifiquem com o bom ladrão que Te olhou com olhos cheios de vergonha, de arrependimento e de esperança; que, com os olhos da fé, viu na tua aparente derrota a divina vitória e, assim, se ajoelhou diante da Tua misericórdia e, com honestidade, roubou o paraíso”. Sim, no último minuto, no limite extremo de sua vida, ele “roubou” o Paraíso, com honestidade e esperança.

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