26 Julho 2017
Com o intuito de mostrar a situação de vulnerabilidade de crianças e adolescentes brasileiros diante dos desafios propostos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Fundação Abrinq divulgou nesta terça-feira (25) o estudo “A Criança e o Adolescente nos ODS: Marco zero dos principais indicadores brasileiros – ODS 1, 2, 3 e 5”.
A informação é publicada por Rede Brasil Atual – RBA, 25-07-2017.
Os ODS são uma agenda mundial criada em setembro de 2015 durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, com 17 objetivos e 169 metas a serem cumpridas pelas nações, inclusive o Brasil, até 2030.
De acordo com o documento da Abrinq, a superação da pobreza na infância e na adolescência é um dos principais desafios do Brasil. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad-2015), 27% dos brasileiros vivem com até meio salário mínimo por mês. Esse percentual sobe para 40,2% entre a população de 0 a 14 anos, ultrapassando 60% de crianças e adolescentes em situação de pobreza nos estados de Alagoas, Maranhão, Ceará, Bahia e Pernambuco.
“Se o país não investir de forma prioritária na promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes, nenhum desenvolvimento econômico terá sustentabilidade”, afirma Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq. “As crianças de hoje serão os adultos de 2030”, pondera, ressaltando o prazo final estabelecido para que o Brasil alcance as metas dos ODS.
Ao todo, dentre os 17 objetivos propostos aos países pela Organização das Nações Unidas (ONU), estão ações nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.
No estudo apresentado hoje, a Fundação Abrinq mostra a atual situação social e econômica da população brasileira de 0 a 18 anos, com o objetivo de monitorar o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável associadas a crianças e adolescentes em temas como erradicação da pobreza, erradicação da fome, boa saúde e bem estar e igualdade de gênero (respectivamente os ODS 1, 2, 3 e 5), entre outros.
O documento pretende complementar o relatório entregue pelo governo brasileiro semana passada à ONU com as ações que vêm sendo adotadas no país nos dois primeiros anos em relação a estes ODS e também aos de número 9 (que trata de inovação, indústria e infraestrutura), 14 (vida debaixo da água) e 17 (parcerias para se atingir as metas).
Com 107 indicadores sociais da infância e adolescência, o estudo da Fundação Abrinq revela quais são os territórios brasileiros e populações com maior debilidade em relação ao restante do país.
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Estudo revela que 40% da população com até 14 anos é mantida com meio salário mínimo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU