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Muito além da carne fraca. Artigo de Ricardo Abramovay

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03 Abril 2017

Investidores internacionais do setor de carnes advertem que é preciso "alterar o modelo de consumo alimentar que marca o mundo contemporâneo. Em vez de trilhar o caminho predatório das proteínas animais cada vez mais baratas, os investidores pedem ao setor que amplie a oferta de proteínas vegetais atraentes aos consumidores, menos exigentes em recursos ecossistêmicos, mais saudáveis e reduzindo assim o sofrimento animal", informa Ricardo Abramovay, professor Sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP, em artigo publicado por Envolverde, 30-03-2017.

Eis o artigo.

Desde 2015, um grupo de investidores com uma carteira de US$ 1,2 trilhão vem alertando as grandes empresas responsáveis pela oferta global de carnes que o bem-estar animal está deixando de interessar exclusivamente aos budistas, aos veganos, aos historiadores e aos filósofos. Ao contrário, o bem-estar animal vai-se tornando um componente central do risco dos investimentos feitos neste setor.

Governantes e empresários precisam se dar conta de que as demandas do Século XXI serão cada vez mais pautadas por temas de natureza ética, como o bem-estar animal Youval Noah Hararin, autor de Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, caracteriza a criação animal industrializada como um dos piores crimes cometidos ao longo da história humana. Claro que os animais recebem alimentos, remédios e vacinas para que não adoeçam nem se contaminem. Mas suas necessidades subjetivas são inteiramente desconsideradas. As criações industriais de aves, por exemplo, em sua maioria, não permitem sequer que elas abram as asas. Pior: como mostra Peter Singer, além de serem criadas em ambientes abarrotados e com fedor de amônia, seu crescimento é três vezes mais rápido do que nos anos 1950. Em seis semanas, estão prontas para o abate. O resultado é que um terço delas passa por dores crônicas nas duas semanas finais de vida.

Peter Singer é professor de filosofia moral e um dos mais férteis defensores do veganismo. Yuval Noah Harari é historiador, autor de imenso sucesso global, vegano e que dedica seu último livro a seu mestre budista. Não surpreende então que procurem mostrar a importância da subjetividade animal e a magnitude da crueldade que marca a maneira como parte tão importante das proteínas são produzidas na atualidade.

E neste sentido pode-se considerar como esperado o contraste entre suas posições e a do ministro Blairo Maggi, para quem o bem-estar animal não está entre as prioridades de sua pasta, como mostra o jornalista André Trigueiro. Nada mais natural, à primeira vista, que o contraste entre a ótica espiritualizada e humanista do historiador e do filósofo, em contraste com o olhar frio que marca o mundo dos negócios.

Este contraste, porém, é menos profundo do que parece.

Desde 2015, um grupo de investidores com uma carteira de US$ 1,2 trilhão vem alertando as grandes empresas responsáveis pela oferta global de carnes que o bem-estar animal está deixando de interessar exclusivamente aos budistas, aos veganos, aos historiadores e aos filósofos. Ao contrário, o bem-estar animal vai-se tornando um componente central do risco dos investimentos feitos neste setor. O investidor britânico Jeremy Coller lançou, há pouco mais de um ano a Farm Animal Investment Risk & Return (FAIRR), cujos relatórios são hoje indispensáveis não só para consumidores, ativistas e estudiosos do tema, mas, sobretudo, para os investidores. Os trabalhos da FAIRR levantam dúvidas sobre a ideia de que, num mundo carente de proteínas, oferece-las a preços cada vez mais baratos e a partir da criação animal industrializada seja uma estratégia comercial promissora.

Segundo a FAIRR, as proteínas animais respondem por nada menos que 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa, mais que o setor de transportes. As criações concentracionárias ampliaram os efeitos da gripe aviária e suína que, nos Estados Unidos, em 2015, provocou prejuízo de US$ 3,3 bilhões aos investidores. Claro que isso pode ser atenuado com o uso de antibióticos. No entanto, o fato de que 80% dos antibióticos produzidos nos EUA destinem-se às criações animais preocupa. Ao final de março de 2017, como informa o Financial Times, um grupo de 17 grandes investidores responsáveis por ativos de US$ 2 trilhões lançaram uma campanha para limitar o uso de antibióticos nas cadeias alimentares. O temor é que estes antibióticos, amplamente usados nas criações de aves e suínos, elevem a resistência em seres humanos. Wellcome Trust, o segundo maior investidor privado em pesquisa médica teme que sem novos antibióticos estas resistências provoquem a morte de milhões de pessoas.

A principal recomendação dos relatórios da FAIRR vai no sentido de alterar o próprio modelo de consumo alimentar que marca o mundo contemporâneo. Em vez de trilhar o caminho predatório das proteínas animais cada vez mais baratas, os investidores pedem ao setor que amplie a oferta de proteínas vegetais atraentes aos consumidores, menos exigentes em recursos ecossistêmicos, mais saudáveis e reduzindo assim o sofrimento animal. Os relatórios da FAIRR localizam nada menos que 28 riscos ambientais, sociais e de governança que, diante do horizonte de crescimento do setor em 8,4% ao ano até 2021, permitem-lhes falar, em clara alusão à crise financeira de 2008, que o setor está sob a ameaça de uma “bolha de proteínas”, ou seja, uma capacidade produtiva cuja realização no mercado será objeto de contestação socioambiental e, portanto, de riscos crescentes.

Claro que o Brasil também poderia beneficiar-se de tal mudança estratégica. Mas seus dirigentes governamentais e empresariais precisariam se dar conta de que as demandas do Século XXI serão cada vez mais pautadas por temas de natureza ética. Que a crueldade animal entre no radar dos investidores é uma excelente notícia para o Brasil, caso ele não passe a considerar que isso é manobra de interesses ocultos para enfraquecer a posição do País nos mercados mundiais.

Leia mais sobre ética e bem-estar animal na edição de março da revista Página22.

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