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O anti-Édipo, de Deleuze e Guattari: o desejo como produção e a crítica à civilização ocidental

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Por: João Flores da Cunha | 05 Novembro 2016

Na afirmação do desejo como produção, a crítica do desejo como falta. Esse foi o centro da apresentação da obra O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, realizada por Moysés Pinto Neto, professor do curso de Direito da Universidade Luterana do Brasil – Ulbra Canoas. A palestra, que ocorreu no dia 03-11, faz parte do I Ciclo de Estudos Modos de existência e a contemporaneidade em debate. Reflexões transdisciplinares à luz de diferentes obras.

Segundo Moysés, “O anti-Édipo” – publicado na França em 1972 – está no espectro de textos radicais da época, como os de Herbert Marcuse e de Wilhelm Reich, e faz parte do movimento de contracultura e do espírito de maio de 1968. O clima era de “ruptura radical com seu tempo”, de acordo com o professor. Para ele, mesmo hoje, “ainda estamos por ler” tanto os livros escritos naquele momento quanto os movimentos da época.

A obra empreende uma “crítica radical à civilização ocidental”, e sua construção a partir do pensamento de Karl Marx e de Sigmund Freud significou um “risco raro”, do tipo que “hoje em dia não se corre”, para o professor. Ele manifestou uma “admiração imensa pela radicalidade a que os autores se propunham”. Em sua visão, é comum atualmente “nos conformarmos com a mediocridade”. “Por vezes nossos sonhos parecem baixos” em comparação com os daquele momento, afirmou Moysés.

O projeto filosófico da obra, de acordo com o professor, é o de uma “fusão que pareceria inconciliável” entre um monismo e um pluralismo; uma filosofia da imanência centrada na multiplicidade. “Como construir uma filosofia que seja ao mesmo tempo materialista e da contingência, do devir?” – esse era o desafio dos autores, de acordo com Moysés. Para ele, a chave é a cibernética, tomada como “abertura de um espaço do pensamento que possibilita superar o antropocentrismo”.

Assim, logo no primeiro parágrafo de “O anti-Édipo”, encontra-se que “há tão somente máquinas em toda parte, e sem qualquer metáfora: máquinas de máquinas, com seus acoplamentos, suas conexões. Uma máquina-órgão é conectada a uma máquina-fonte: esta emite um fluxo que a outra corta. [...] É assim que todos somos ‘bricoleurs’; cada um com as suas pequenas máquinas. [...] Algo se produz: efeitos de máquinas e não metáforas”. Assim, tanto conceitos quanto indivíduos são máquinas.

Para Deleuze e Guattari, conforme esclareceu Moysés, “não há totalidade, sequer como possibilidade. O que há são objetos parciais”. Não há a necessidade de uma referência negativa ao pensamento que se busca combater – como na filosofia de Theodor W. Adorno ou Emmanuel Lévinas –, segundo o professor. Aqui, “tudo é construção, tudo é produção”, e “a realidade é produzida nela mesmo”.

Moysés Pinto Neto apresentou "O anti-Édipo", de Deleuze e Guattari (Foto: João Flores da Cunha)

Daí decorre a crítica realizada pelos autores do desejo como falta – essa é uma visão negativa. “A ideia de falta ainda carrega uma noção de totalidade que se busca, por isso falta – mas na realidade nós só temos objetos parciais”. Para Deleuze e Guattari, o desejo é produtivo, e lhes interessa “mostrar as múltiplas variações que o desejo pode construir”, segundo o professor. Assim, no “marxismo totalmente transformado” que os autores utilizam – de acordo com Moysés –, a infraestrutura da política está relacionada ao desejo, e há uma “infraestrutura não econômica, mas desejante”.

Nesse sentido, o fascismo “não é resultado de alienação, ou de ideologia. Para eles, essa leitura negativa não dá conta do desejo fascista. Existe um desejo de obedecer” que é produzido, afirmou Moysés. Assim, “o fascismo não é só uma falta de consciência ou uma queda na barbárie. Há toda uma economia psíquica que gira em torno” dele, notou o professor.

Há em Deleuze e Guattari uma “crítica da repressão capitalista”, notou Moysés – e a linha de fuga dessa repressão seria a esquizofrenia. “Ao contrário de outras maneiras de codificação social do desejo – a inscrição do desejo em uma superfície social –, o capitalismo tem a vantagem de ser totalmente imanente. Ele corta as transcendências e estica seu próprio limite ao absorver as contestações a ele. O fluxo capitalista pode avançar indefinidamente”, afirmou o professor, a partir do pensamento dos autores.

Por outro lado, a esquizofrenia é o “limite absoluto” do capitalismo – ela “arrebenta os últimos alicerces que o capitalismo colocaria por medo de enfrentar a imanência que ele próprio produz”. Assim, o capitalismo busca combater a esquizofrenia, porque ela poderia implodir o sistema. É por funcionar por descodificação que o capitalismo não tem um limite pré-definido – pelo contrário, ele mesmo se auto-limita, notou o professor.

Moysés empreendeu uma crítica ao aceleracionismo, movimento que aposta na intensificação do sistema capitalista para esgotá-lo. Trata-se não de criar um espaço externo, mas de “intensificar a descodificação”, notou o professor. Segundo ele, porém, esse movimento parece vir de uma “leitura antropocêntrica” de Deleuze e Guattari. Moysés afirmou que “se tudo é máquina, uma árvore tem uma tecnologia muito mais avançada que qualquer outra tecnologia feita pelo homem”. Para ele, o conceito tem um “tom eurocêntrico”, e resulta de uma “leitura retrógrada” de O anti-Édipo.

Quem é

Moysés da Fontoura Pinto Neto é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do RS (2010-2013) com período-sanduíche no Centre for Research in Modern European Philosophy (Kingston - UK). É mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006-2007), especialista em Ciências Penais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2005) e possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998-2003). Conselheiro do Instituto de Criminologia e Alteridade (ICA). Atualmente é Professor da ULBRA (2009-). Pesquisa nas áreas: metafísicas contemporâneas, ecologia, tecnologia, materialismos, biopolítica, pensamento de Jacques Derrida, psicanálise, ciências cognitivas e interfaces interdisciplinares acerca da violência.

Confira a palestra na íntegra:

Leia também

  • Esquecer o neoliberalismo: aceleracionismo como terceiro espírito do capitalismo. Artigo de Moysés Pinto Neto. Cadernos IHU ideias, no. 245

Leia mais:

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