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COP30: Cimi defende demarcação de terras indígenas, denuncia falsas soluções e reivindica rupturas sistêmicas contra o colapso climático

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15 Novembro 2025

Cerca de 3 mil indígenas e uma delegação de 100 missionários do Cimi participam da Cúpula dos Povos e da COP30.

A reportagem é de Adi Spezia e Hellen Loures, publicada por Conselho Indigenista Missionário - Cimi, 12-11-2025. 

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) participa, entre os dias 11 e 16 de novembro, da Cúpula dos Povos e dos eventos paralelos à COP30, em Belém (PA), reafirmando a mensagem central diante da crise climática: “a terra não está à venda”.

A Conferência das Partes (COP), vinculada à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), reúne lideranças dos países que a integram para discutir e definir medidas de combate às mudanças climáticas.

Sediada no Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, a COP30 mobiliza mais de 3 mil indígenas de todas as regiões do país. Ainda que os povos indígenas não integrem as discussões oficiais, o Movimento Indígena tem incidido politicamente há mais de dois anos para que suas demandas sejam ouvidas e incorporadas nas decisões globais sobre o enfrentamento à crise climática e a demarcação dos territórios indígenas como estratégia de preservação ambiental.

“A COP30 é parte de um processo histórico em que as 29 COPs anteriores não conseguiram compromissos firmes e eficazes para enfrentar as mudanças climáticas. E isso tem um motivo: mais do que falar de mudanças climáticas ou de crise climática, é necessário dizer que estamos diante de um verdadeiro colapso ambiental”, destaca o secretário-executivo do Cimi, Luis Ventura.

Com uma delegação com cerca de 100 pessoas, o Cimi leva à COP30 temas centrais como o mercado de carbono e as falsas soluções climáticas, os ataques aos direitos territoriais dos povos indígenas, a falácia da energia verde, o Bem Viver e boas práticas no cuidado para com a Casa Comum e os povos indígenas livres ou em isolamento voluntário, que enfrentam ameaças crescentes à sua sobrevivência física e cultural.

No documento político que orienta sua presença na Conferência, intitulado “A terra não está à venda: por rupturas sistêmicas diante do colapso climático e em defesa da Terra e dos Povos”, o Cimi denuncia que o colapso ambiental é resultado direto da lógica predatória do modelo econômico capitalista, nascido da invasão colonial e sustentado por uma estrutura de exploração dos territórios e das pessoas.

“O colapso ambiental tem raiz histórica e tem causa principal. Ele é resultado da lógica predatória do modelo econômico capitalista, cujas condições de existência emergiram a partir do processo de invasão colonial do que hoje conhecemos como América”, afirma o documento.

Segundo o Cimi, o enfrentamento da crise climática exige decisões políticas, éticas e econômicas firmes, capazes de romper com a lógica da mercantilização da natureza. O documento convoca à mobilização global por rupturas sistêmicas, que passam pela demarcação integral dos territórios indígenas, pela reparação das dívidas históricas e ecológicas e pelo reconhecimento do ecocídio como crime internacional.

O Brasil chega à COP30 no contexto do maior retrocesso legislativo desde 1988, em se tratando de povos indígenas e questões ambientais. A exemplo da Lei 14.701/2023, conhecida como Lei do Marco Temporal, que além de inviabilizar a demarcação de terras, abre os territórios à exploração econômica de terceiros, aumentando a violência nos territórios. Realidade denunciada também pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que recentemente declarou estado de sistemática violação dos direitos humanos dos povos indígenas no Brasil e exigiu que o Estado decrete estado de calamidade pública diante da violência generalizada e da falência das políticas públicas voltadas aos povos indígenas.

Mas o país insiste em tentar soluções de mercado, de mercantilização da natureza, como é o caso do “Fundo Florestas Tropicais Para Sempre” (TFFF, sigla em inglês), proposto pelo governo brasileiro, com recursos repassados a países com florestas tropicais que trabalham pela preservação dessas áreas.

Na avaliação do Cimi, o modelo é mais uma falsa solução, pois transforma a preservação em negócio especulativo, garantindo lucro a investidores em detrimento de políticas públicas de proteção ambiental e territorial. “Nem o mercado de carbono, nem fundos de investimentos que apresentam a natureza como mercadoria é algo criativo, inovador ou uma grande solução. As soluções de mercado que têm a raiz no mercado são falsas. A ideia está equivocada desde o início, desde a raiz”, alerta o secretário do Cimi.

O Cimi defende que a medida mais eficiente para enfrentar o colapso ambiental é a demarcação das terras indígenas, a titulação dos territórios quilombolas e uma efetiva e plena reforma agrária, pois a natureza não tem um valor de mercado. “Os grandes poderes econômicos precisam pagar e não lucrar pela preservação, e os Estados precisam garantir recurso público, que se traduz em políticas públicas de garantia, de proteção ambiental e da proteção dos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais, particularmente dos direitos territoriais”, aponta o secretário do Cimi.

Na avaliação da entidade é preciso sair da dependência dos combustíveis fósseis, do petróleo e do gás, mas não de uma forma que leve para maior mineração, para mais mineração nos territórios, porque isso continuará contribuindo com a mesma destruição dos territórios e com a mesma agressão aos povos e comunidades tradicionais.

“O principal resultado desta COP, em Belém, provavelmente não estará no documento final dos Estados, mas na mobilização consciente da sociedade civil. Entretanto, esse resultado não será suficiente, porque não temos mais tempo. É urgente. Precisamos de rupturas sistêmicas: de pensamento, de produção, de consumo e de relação com a Terra e os territórios, com formas de entender a vida que superem o modelo exploratório do capitalismo”, aponta o secretário do Cimi.

A voz das bases: povos indígenas na Cúpula dos Povos

Como a sociedade civil não participa diretamente das decisões oficiais da Conferência das Partes (COPs), a Cúpula dos Povos ocorre de forma paralela, reunindo movimentos sociais, organizações populares e redes internacionais – como um contraponto às negociações oficiais, dando voz a comunidades indígenas, tradicionais e periféricas, que são as mais afetadas pelos impactos climáticos.

“Desde 1992, a Cúpula dos Povos se ergue como um grito de resistência, um eco das vozes silenciadas pela desigualdade. Enquanto as COPs oficiais seguem negociando números e metas, a Cúpula fala de vidas, direitos e territórios. Aqui, construímos um futuro enraizado na justiça social e ambiental, provando que nossa luta é tão necessária quanto urgente”, destaca a organização do Cúpula dos Povos.

O Cimi integra esse espaço como parte ativa do campo de resistência, participando de espaços de diálogo, incidência e articulação com povos indígenas, organizações da sociedade civil e entidades eclesiais, levando o debate sobre justiça climática, direitos territoriais e falsas soluções de mercado.

É nesse contexto que fala a secretária adjunta do Cimi, Ivanilda Santos, que acompanha, diretamente de Belém, a delegação indígena e indigenista, composta por lideranças e missionários de diferentes regiões:

“Nossa presença é pela demarcação dos territórios – sem elas, não há luta justa contra as mudanças climáticas. O Estado brasileiro vive um retrocesso enorme com a Lei 14.701, e os territórios continuam sendo invadidos enquanto o governo fala em redução do desmatamento. Contra isso, estamos aqui para dizer ao mundo que a questão climática passa pela demarcação das terras indígenas”, afirma.

Ivanilda também alerta para o avanço do agronegócio, da mineração e da “guerra química” promovida pelo uso de agrotóxicos e denuncia as falsas soluções – como o mercado de carbono e os projetos REDD+ – que, sob o discurso verde, restringem o uso tradicional dos territórios e reforçam a lógica de poluição e lucro.

Povos indígenas isolados: resistência e urgência

Entre os destaques da programação, o Cimi marca presença em mesas que abordam o mercado de carbono como falsa solução, a crise climática e os direitos da natureza, e, de forma especial, no debate sobre os Povos Indígenas Isolados — um dos temas urgentes da agenda indigenista e ambiental.

Os Povos Indígenas Isolados enfrentam hoje ameaças crescentes à sua sobrevivência física e cultural, em decorrência de invasões, destruição territorial e da omissão dos Estados nacionais em reconhecê-los e protegê-los. Essa negligência coloca em risco não apenas suas vidas, mas também a resistência simbólica e concreta que representam diante da devastação ambiental.

A mesa “Povos Indígenas Isolados, território e mudanças climáticas” propõe uma análise crítica dessa vulnerabilidade e busca fortalecer a mobilização social para que os Estados reconheçam sua presença e assegurem o direito à autonomia, à autodeterminação e à existência plena enquanto povos cultural e politicamente organizados.

“Os povos isolados, ao resistirem nos territórios, são um contraponto vivo à lógica destrutiva do capital e um testemunho da possibilidade de coexistência harmônica com a Terra”, afirma o documento político do Cimi.

A presença do Cimi na COP30 reafirma o compromisso da entidade com a defesa dos direitos originários e com a denúncia das falsas soluções corporativas, como o mercado de carbono e os programas de compensação ambiental (REDD+) e o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, sigla em inglês), que disfarçam a continuidade da exploração e ameaçam a autonomia dos povos.

“Este é um chamado à peregrina rebeldia e à insurgência da Esperança. É hora de construir, nas ruas, nas praças, nas aldeias e nos territórios, a força popular capaz de fazer acontecer uma agenda real de ruptura e transformação”, conclui o texto político do Cimi.

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