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Essa ciência é pós-humana. Teoriza-se a raça perfeita. Entrevista com Paolo Benanti

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15 Novembro 2025

“Além do humano. Através das nanotecnologias e da biônica, corpos melhores podem ser criados, destinados a existências não simplesmente humanas. Se a normalidade é percebida como insuficiente, se afirmamos que o artificial não é mais uma possibilidade do natural, mas sim o que dá sentido à existência, direcionando-a para o caminho do aprimoramento humano, toda identidade é cancelada”, afirma o padre Paolo Benanti, presidente da Comissão de IA do governo italiano, ex-conselheiro do Papa Francisco para a ética da tecnologia e da inteligência artificial e professor da Universidade Gregoriana.

A entrevista é de Giacomo Galeazzi, publicada por "La Stampa" 12-11-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Criação de vidas perfeitas?

Pega-se uma capacidade médica para empurrá-la além da terapia. O biológico torna-se programável e converge com o digital. Estamos até mesmo além do pós-humano; uma startup é suficiente para superar qualquer ponto de demarcação. O limite, o defeito não são mais identidade, mas um obstáculo a ser removido. Se o esquecimento é uma limitação, acabaremos tendo que nos lembrar obrigatoriamente até dos traumas que sofremos.

O que pressiona para além dos limites?

Por trás das startups estão Elon Musk, as teorias pseudorreligiosas e os milenarismos contemporâneos que nos levam a ir para Marte pela decepção com o que temos agora. O filósofo Jürgen Habermas teorizou o direito à singularidade da existência, mas agora se nega o direito ao desconhecido genético, visto como um defeito e não como uma identidade. O mesmo conceito da eugenia nazista. Em vez de exterminar os imperfeitos, se deixam nascer apenas os perfeitos. Do projeto de guerra dos nazistas ao comercial. Não se pode refletir sobre as novas fronteiras abertas pela ciência e suas traduções tecnológicas sem considerar o clima cultural que tornou seu advento possível e que incentiva todas as suas manipulações. Hannah Arendt e outros escritores falaram sobre como, nos grandes massacres do século passado, houve uma tentativa de remover a responsabilidade da tomada de decisão humana para que se tornassem parte de um mecanismo que leva à máxima desumanização pessoal e social. Aberração.

Vê aspectos positivos?

Investir tanto nessa direção também levará à descoberta de curas para doenças atualmente incuráveis, mas também nos campos de concentração eram testados fármacos por meio de crimes de guerra. Os resultados positivos não justificam os horrores. E ninguém é mais frágil do que uma criança não nascida. Cor da pele, patrimônio genético: está sendo estabelecida a raça perfeita. Do homem vitruviano de Leonardo ao homem siliconiano. Brinca-se de ser Deus.

Manipulação mental?

Muito mais. Numerosas descobertas neurocientíficas estabelecem a estreita relação entre mente e cérebro, considerado uma máquina computacional devido à sua troca dinâmica de impulsos elétricos dentro dos espaços sinápticos. É possível modificar a interação entre neurônios inserindo novos elementos no espaço de propagação. O sinal digital, quando submetido à mediação química, sofre uma profunda mudança em sua forma de onda. Até recentemente, a medicina conhecia equipamentos limitados apto a poder coexistir de forma estável com o corpo. Permanecem as inevitáveis questões éticas levantadas pela superação dos limites humanos. Podemos fazer tudo o que somos tecnicamente capacitados a fazer? Não temos uma estrutura de governança adequada para gerenciar esses processos. Isso torna realmente urgente adquirir uma consciência que nos capacite a navegar na complexidade atual.

A saúde justifica tudo?

Não. A passagem da ideia de saúde como plenitude para a de saúde como normalidade despertou um novo desejo de transcender os limites de uma vida medida pelo parâmetro do bom funcionamento. O movimento pós-humanista, em seu manifesto para 2045, propõe unificar as diversas forças científicas que produzem inovação para canalizar seu trabalho para o campo do aprimoramento humano. A Intel, multinacional estadunidense produtora de dispositivos semicondutores, em breve comercializará um chip feito de uma fina camada de seda biodegradável que, uma vez inserida no cérebro, será capaz de se autoimplantar na região cerebral dissolvendo o substrato de seda em um prazo predeterminado em contato com os fluidos orgânicos. Além disso, dois pesquisadores implantaram um sistema de controle remoto em um besouro vivo para fazê-lo voar e pousar por comando. Isso demonstrou a influência da corrente elétrica no aparato nervoso: o resultado é a criação de um corpo vivo controlado remotamente que pode ser posto a voar quando e como se quer.

Que ameaça espreita na “fábrica de bebês perfeitos”?

Com a justificativa do progresso, nega-se a singularidade humana cancelando a identidade. Já vemos isso em nossa relação com os robôs. O homem não é apenas um ser racional, mas também emocional, e a ação da máquina deve ser capaz de avaliar e respeitar essa característica única e distintiva de seu colaborador. A dignidade da pessoa também se expressa em sua singularidade. Saber valorizar e não mortificar essa singularidade da natureza racional-emocional é uma característica fundamental para a convivência humana. Manipular a vida já se tornou objeto de colossais interesses estratégicos e econômicos. Devemos ter o controle de tudo isso, para que não seja prerrogativa de interesses privados ou nacionais, ou de uma nação em relação a outra, ou de uma parte privilegiada do mundo em relação a uma parte que permanece excluída. Caso contrário, alimenta-se a injustiça.

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