Além do clima: projetos de combustíveis fósseis ameaçam saúde de 2 bilhões de pessoas

Foto: GreenCardShow | pixabay

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13 Novembro 2025

Relatório comprova que, sob pretexto de desenvolvimento econômico, empreendimentos fósseis causam danos socioambientais graves.

A informação é publicada por ClimaInfo, 13-11-2025.

Um relatório da Anistia Internacional mostra que projetos de combustíveis fósseis em operação estão ameaçando a saúde de mais de 2 bilhões de pessoas, assim como ecossistemas críticos. A Anistia Internacional mapeou mais de 18 mil instalações de petróleo, gás e carvão em 170 países que ocupam vasta área terrestre.

O levantamento constatou que um quarto da população mundial vive a menos de 5 km de projetos fósseis, sendo 463 milhões de pessoas (incluindo 124 milhões de crianças) vivendo a menos de 1 km destes locais. Além disso, outros 3.500 novos locais estão sendo propostos ou em desenvolvimento, o que pode jogar mais 135 milhões de pessoas em contato direto com fumaça, queima de combustíveis e vazamentos, detalha o Green Savers.

A proximidade com poços de petróleo e gás, usinas de processamento, oleodutos e outras instalações de combustíveis fósseis aumenta o risco de câncer, doenças respiratórias, doenças cardíacas, partos prematuros e morte. Além disso, também representa ameaças ao abastecimento de água, à qualidade do ar, além de degradar o solo.

“A indústria de combustíveis fósseis e seus patrocinadores estatais argumentam há décadas que o desenvolvimento humano requer seus produtos. Mas sabemos que, sob o pretexto de crescimento econômico, eles, na verdade, serviram à ganância e aos lucros sem limites, violaram direitos com quase total impunidade e destruíram a atmosfera, a biosfera e os oceanos”, disse Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional, ao Guardian.

A maioria dos projetos criou pontos críticos de poluição, transformando comunidades, em especial as mais vulneráveis, em zonas de sacrifício. E injustiça ambiental e racismo estão profundamente enraizados na exposição de comunidades a empreendimentos fósseis. Os Povos Indígenas, que representam 5% da população mundial, estão desproporcionalmente expostos: um em cada seis locais estão situados em Território Indígena – a Amazônia é um exemplo do racismo da indústria fóssil.

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