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04 Novembro 2025

“O debate na forma que está sendo proposto não só oculta várias faces do problema da violência e do crime organizado como fortalece a banalização da morte”, escreve Dennis de Oliveira, professor titular da Escola de Comunicações e Artes - ECA e coordenador do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Comunicação e Cultura - CELACC, da Universidade de São Paulo – USP, em artigo publicado por Ponte Jornalismo, 03-11-2025.

Eis o artigo.

Os meios de comunicação de massa centraram a cobertura sobre a chacina ocorrida no dia 28 de outubro passado no morro do Alemão e no complexo da Penha, na zona norte do Rio, na recuperação do prestígio eleitoral da extrema-direita bolsonarista, em especial do governador Cláudio Castro.

Embasaram esta linha de argumentação com dados de várias pesquisas realizadas que apontam que a maioria da população apoiou a ação da polícia fluminense que resultou em mais de 100 mortes, sendo considerada a mais letal da história recente. A partir desta linha de raciocínio, a narrativa hegemônica buscou emparedar o governo federal e o campo progressista na apresentação de propostas alternativas.

Pressionado por este discurso, observou-se uma postura comedida do governo federal em condenar de forma mais veemente a chacina. Em geral, a reação do governo federal foi a defesa da aprovação da PEC da Segurança Pública e a exaltação da Operação Carbono Oculto - realizada pouco tempo atrás em São Paulo que desmantelou a infiltração do crime organizado do Primeiro Comando da Capital no mercado financeiro e em outros setores formais da economia, como a de postos de combustíveis. Esta operação foi fruto da parceria entre órgãos federais e estaduais.

O debate na forma que está sendo proposto não só oculta várias faces do problema da violência e do crime organizado como fortalece a banalização da morte. Corpos de pessoas assassinadas enfileirados na rua com mulheres familiares sofrendo a violência de ter o seu luto violado pela espetacularização negativa se transformam em moeda eleitoral. A frieza da razão instrumental das análises político-eleitorais desconsidera essas dores e fortalece a banalização da violência - e, por tabela, impede uma reflexão profunda do problema, favorecendo o apelo a soluções fáceis.

A falsa dicotomia do ‘poder paralelo’

O professor José Cláudio Souza Alves, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, é estudioso do problema da violência e do crime organizado há muito tempo. Ele defende a tese de que não há uma dicotomia entre um “poder paralelo do crime organizado” e o “poder de Estado” e que tais operações têm o papel de libertar territórios e seus moradores do controle de grupos criminosos.

Para o professor, a estrutura dos grupos armados criminosos tem duas faces, uma estatal e outra não estatal, que em determinados momentos convergem em acordos e outros, se conflitam. Mais: que a própria estrutura econômica considerada “ilegal” se articula com a “legal”. Em entrevista à CBN, o professor afirma: “Todas as grandes facções só existem porque passam por estruturas dentro do próprio Estado. A milícia, o Terceiro Comando, o Comando Vermelho, o PCC, todos cresceram a partir desta base de apoio.” Desta forma, chacinas como a ocorrida em 28 de outubro transformam-se como se fossem a abertura de um “edital”: como será o controle daquele território a partir de um novo “patamar” de negociações com a própria estrutura de Estado estabelecida a partir dessa nova situação.

É evidente que o armamento pesado - inclusive importado - utilizado por estes grupos criminosos, os fluxos financeiros, a produção e tráfico de drogas não são produções que se restringem aos territórios periféricos que são objeto dessas ações policiais. Rotas nacionais e internacionais, recursos investidos em ciranda financeira ou atividades econômicas legalizadas, drogas exportadas para o mercado exterior dependem de articulações complexas que envolvem altas esferas do poder político e econômico.

Espetacularização de tragédias pessoais

Por que então as “operações” mais violentas contra o crime organizado centram-se justamente nos territórios periféricos? Aqui entra o conceito de necropolítica do pensador camaronês Achille Mbembe. Os territórios onde se exerce a necropolítica, ou a política da morte, são justamente aqueles em que se convenciona um Estado de Sítio permanente, em que a soberania do poder é exercida sem qualquer limite normativo.

Por isto, o governador Cláudio Castro culpou rapidamente a chamada ADPF das Favelas (Ação de Descumprimento de Preceito Constitucional), que estabeleceu normas para operações policiais realizadas nesses territórios. Argumentou, ainda, que a operação foi embasada em uma ação do Ministério Público Estadual, embora nenhuma das 100 pessoas mortas até agora identificadas tenha sido alvo dos mandados expedidos nesta ação em que supostamente a operação se baseou.

Mas isto não importa. Como também pouco importa que tal “operação” não vá resolver o problema do crime e da violência. O massacre se justifica por si próprio, como se fosse uma peça no xadrez das disputas político-eleitorais no discurso da maioria da mídia hegemônica. Mas que tem um conteúdo mais profundo quando se observa a lógica em que se constitui o crime organizado nas suas faces estatais, paraestatais e das estruturas econômicas.

No meio de tudo isso, familiares, na sua maioria mulheres negras e pobres, têm suas tragédias pessoais espetacularizadas de forma criminalizada que as marcarão pelo resto das vidas. Sofrimentos que não têm vozes repercutidas no debate público por estarem entre os corpos decididos que podem ser deixados à morte, segundo a lógica da necropolítica.

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