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A concepção de educação cristã na Carta Apostólica Desenhando Novos Mapas de Esperança. Artigo de Eliseu Wisniewski

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01 Novembro 2025

"A Carta Apostólica Desenhando Novos Mapas de Esperança apresenta a educação cristã como um processo de formação integral, comunitário, esperançoso e transformador, enraizado na tradição viva da Igreja e aberto aos desafios atuais. A metáfora central da 'constelação educativa' expressa bem essa visão: cada escola, universidade ou movimento é uma estrela que, com luz própria, contribui para iluminar o caminho da humanidade rumo à verdade, à fraternidade e à esperança", escreve Eliseu Wisniewski, presbítero da Congregação da Missão (padres vicentinos), Província do Sul, mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Eis o artigo.

Na Carta Apostólica Desenhando Novos Mapas de Esperança [1], publicada por ocasião do sexagésimo aniversário da Gravissimum educationis, o Papa Leão XIV oferece uma reflexão teológica, antropológica e pastoral sobre o papel da educação cristã no mundo atual. O documento reafirma a centralidade da educação na missão evangelizadora da Igreja e propõe uma atualização de seus fundamentos diante das transformações culturais, tecnológicas e sociais do século XXI. A carta apresenta a educação cristã não apenas como transmissão de conhecimento, mas como um ato de esperança, expressão da caridade e via concreta de evangelização e humanização.

Desde o início do texto, Leão XIV retoma a intuição conciliar de que a educação é parte essencial da vida e da missão da Igreja. A educação, segundo o Papa, constitui o próprio “tecido da evangelização”, isto é, o modo concreto pelo qual o Evangelho se torna cultura, relação e gesto educativo. O Pontífice destaca que, em um mundo caracterizado pela fragmentação e pela aceleração tecnológica, a educação cristã permanece como um campo privilegiado de testemunho e renovação. O Evangelho, afirma o Papa, “não envelhece, mas faz novas todas as coisas” (Ap 21,5), e cada geração é chamada a descobrir novamente sua força regeneradora.

O documento situa a educação cristã dentro de uma tradição viva, marcada pela ação contínua do Espírito Santo na história. Ao revisitar figuras e experiências significativas: dos Padres do Deserto e de Santo Agostinho às iniciativas educativas de São José Calasanz, São João Bosco, Maria Montessori e outros, o Papa mostra que a pedagogia cristã sempre uniu contemplação e ação, sabedoria e compromisso social. Assim, a educação cristã é apresentada como um itinerário histórico dinâmico, no qual fé e razão, cultura e espiritualidade, teoria e prática se entrelaçam em benefício da formação integral da pessoa humana.

Um dos eixos centrais da Carta é a antropologia cristã da educação. Para Leão XIV, educar é reconhecer a dignidade inalienável da pessoa humana criada à imagem de Deus (Gn 1,26) e chamada à verdade, ao bem e à comunhão. A formação cristã abrange todas as dimensões do ser humano: espiritual, intelectual, afetiva, social e física e deve evitar tanto o reducionismo tecnicista quanto o moralismo abstrato. A educação não se mede pela eficiência, mas pela capacidade de promover a dignidade, a justiça e o bem comum. A pessoa educada cristãmente é, ao mesmo tempo, cidadã responsável e crente testemunhal, capaz de servir e transformar a sociedade à luz do Evangelho.

A carta dedica atenção especial à dimensão comunitária e eclesial da educação. Inspirado no princípio da corresponsabilidade, o Papa recorda que “ninguém educa sozinho”: a educação é um processo coletivo que envolve professores, alunos, famílias, comunidades eclesiais e a sociedade civil. Nesse contexto, a família é reafirmada como a “primeira escola da humanidade” e como núcleo insubstituível da formação moral e espiritual. A escola católica, por sua vez, é descrita não apenas como instituição de ensino, mas como ambiente de vida e de fé, no qual o testemunho dos educadores é tão essencial quanto a qualidade das aulas.

A educação integral, característica distintiva da tradição católica, é retomada como antídoto contra as tendências contemporâneas de mercantilização e fragmentação do saber. O Papa critica as visões que reduzem o processo educativo a um treinamento funcional ou a um instrumento de produtividade econômica. Em contraposição, defende uma pedagogia que una ciência e ética, tecnologia e consciência, competência e compaixão. Essa abordagem se insere no horizonte de um humanismo integral, inspirado em São João Henrique Newman e São Tomás de Aquino, que articula fé e razão sem reduzi-las a polos opostos.

Outro aspecto inovador do documento é a integração entre educação e cuidado da criação. Leão XIV retoma a tradição franciscana e bonaventuriana para sustentar que o mundo criado é “vestígio de Deus” (vestigium Dei) e, portanto, objeto de contemplação e responsabilidade. A educação cristã deve promover a justiça ambiental e social, a sobriedade de vida e o discernimento ecológico. Nessa perspectiva, o Papa propõe uma pedagogia da paz “desarmada e desarmante”, capaz de superar a violência verbal, social e ambiental mediante a linguagem da misericórdia e da reconciliação.

A carta também aborda de forma inédita os desafios da era digital. Leão XIV reconhece o potencial educativo das tecnologias, mas adverte contra a sua absolutização. As ferramentas digitais devem servir à pessoa e à comunidade, e não as substituir. Nenhum algoritmo, afirma o Papa, pode reproduzir a dimensão propriamente humana da educação, que envolve poesia, imaginação, amor e capacidade de aprender com os erros. O documento defende, portanto, uma ética do discernimento digital, em que a inteligência técnica seja harmonizada com as inteligências emocional, espiritual e social.

No campo da cooperação internacional, o Papa reafirma e amplia o Pacto Global para a Educação, lançado por Francisco, identificando-o como “estrela guia” da missão educativa da Igreja. Ele propõe três prioridades para o futuro: o cultivo da vida interior e do discernimento espiritual; a humanização do domínio digital; e a promoção da paz mediante uma cultura de não violência. Tais eixos expressam a convicção de que a educação cristã deve ser, antes de tudo, uma “profissão de promessas”, isto é, um compromisso intergeracional com o florescimento do ser humano e da criação.

A Carta Apostólica Desenhando Novos Mapas de Esperança apresenta a educação cristã como um processo de formação integral, comunitário, esperançoso e transformador, enraizado na tradição viva da Igreja e aberto aos desafios atuais. A metáfora central da “constelação educativa” expressa bem essa visão: cada escola, universidade ou movimento é uma estrela que, com luz própria, contribui para iluminar o caminho da humanidade rumo à verdade, à fraternidade e à esperança. Ao convidar educadores e instituições a serem “coreógrafos da esperança”, Leão XIV redefine a missão educativa cristã como um serviço profético à cultura da vida e da comunhão, no qual a fé se traduz em diálogo, criatividade e caridade intelectual.

Notas

1. LEÃO XIV. Carta Apostólica Desenhando Novos Mapas de Esperança: por ocasião do LX Aniversário da Declaração Conciliar Gravissimum Educationis. Disponível aqui. Acesso em: 2 out. 2025.

Leia mais

  • “A educação católica não pode calar: deve unir justiça social e ambiental”
  • Menos cátedras e hierarquias, mais serviço e unidade: o horizonte educacional de Leão XIV
  • Leão XIV convida estudantes e professores a pensar de forma holística
  • Leão XIV: “Satisfazer a fome de verdade e de sentido é uma tarefa necessária” das universidades pontifícias
  • Vaticano anuncia novo documento do Papa Leão XIV
  • A Universidade em busca de um novo tempo. Artigo de Pedro Gilberto Gomes. Cadernos IHU ideias, Nº. 290
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  • Os arranjos colaborativos e complementares de ensino, pesquisa e extensão na educação superior brasileira e sua contribuição para um projeto de sociedade sustentável no Brasil. Artigo de Marcelo F. de Aquino. Cadernos IHU ideias, Nº. 187
  • A identidade e a missão de uma universidade católica na atualidade Artigo Stefano Zamagni. Cadernos IHU ideias, Nº. 185
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  • Missão e desafios da Universidade Católica na contemporaneidade. A proposta de Francisco

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