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O Comando Vermelho, grupo carioca focado no narcotráfico, conta com 30 mil membros e está em expansão

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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30 Outubro 2025

A gangue do Rio de Janeiro, alvo da sangrenta operação policial, nasceu em uma prisão há quase meio século.

A reportagem é de Naiara Galarraga Gortázar, publicada por El País, 30-10-2025.

O Comando Vermelho (CV) recebeu esse nome da aliança forjada entre criminosos comuns e presos políticos em 1979, durante a ditadura militar brasileira. O adjetivo, no entanto, descreve apropriadamente a reputação de sanguinária que acompanha o grupo criminoso mais poderoso do Rio de Janeiro e o segundo mais poderoso do Brasil desde então. Embora tenha sido pioneiro, há muito tempo foi superado por seu principal rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo. O CV “é a facção mais violenta, a que mais resiste à polícia; sua resposta costuma ser direta e confrontativa”, explica Ignacio Cano, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Cano, especialista em crime organizado, afirma que quem planejou a operação policial para infiltrar o principal reduto do CV sabia que seus membros reagiriam furiosamente. Eles responderam com horas de tiroteio usando armamento pesado e bombas lançadas por drones, “como na Ucrânia”, comenta um carioca, surpreso.

Na terça-feira, o caos se instaurou nas favelas da Penha e do Alemão. Civis se barricaram em suas casas, trocando informações freneticamente com vizinhos e amigos em grupos de WhatsApp. Quando os tiros cessaram, sabiam que haveria muitas vítimas, dada a intensidade e a duração do confronto. Estavam acostumados com isso. Mas era difícil imaginar que seriam tantas. A operação policial foi tão letal que, com seus 132 mortos, entrou para a história como o pior massacre do Brasil.

Mas o principal alvo, o líder máximo do CV fora da prisão, Edgar Alves Andrade, não foi preso. Criado na favela onde os moradores enfileiraram as dezenas de corpos recuperados da mata, ele tem 55 anos e uma ficha policial manchada de sangue. A polícia o acusa de uma centena de assassinatos, incluindo o de três crianças que morreram durante uma sessão de tortura após roubarem um pequeno pássaro de um traficante e desaparecerem em seguida. Outros relatos afirmam que ele ordenou o assassinato dos quatro traficantes que brutalmente mataram as três crianças de Belford Roxo.

O CV, assim como outros grupos, impõe suas próprias leis nas favelas. Permitir que a polícia permaneça em sua casa durante uma operação policial pode ser punido com uma morte dolorosa seguida de desaparecimento, com o objetivo de atormentar sua família e desencorajar qualquer pessoa a receber policiais em sua casa novamente. E se envolver em uma briga em uma festa funk pode resultar em horas de imersão em um tanque de gelo.

Graças ao decreto militar que misturou presos comuns e políticos no final da década de 70 em uma prisão desumana localizada na paradisíaca Ilha Grande, os criminosos aprenderam com os guerrilheiros que lutavam contra a ditadura a se organizar para defender seus direitos. O Comando Vermelho começou arrecadando fundos para financiar fugas e aliviar as dificuldades na prisão. Suas ideias se espalharam para outros presídios.

De lá, passaram a assaltar bancos, algo tão comum nos anos 80. Mas logo perceberam que o tráfico de drogas era mais lucrativo e envolvia menos riscos. Começaram em pequena escala, vendendo maconha nos morros, as encostas íngremes do Rio de Janeiro onde as favelas começaram a surgir.

Meio século depois, o Comando Vermelho se dedica ao tráfico internacional de cocaína, maconha e armas. Possui 30 mil membros, segundo o Insight Crime. Muitos são jovens negros e pobres das favelas, o tipo de pessoa que perambula o dia todo sob o efeito da maconha, de sunga e chinelo, sem futuro. Na última década, expandiu-se por todo o país continental por meio de alianças com outros grupos regionais e, desde 2022, reconquistou, por meio de assassinatos, bairros do Rio de Janeiro que haviam caído nas mãos de facções rivais ou paramilitares. Em fevereiro passado, firmou uma trégua com o PCC, que se mostrou extremamente efêmera, durando apenas algumas semanas.

Esse (e as eleições presidenciais de 2026) é o contexto em que o governador do Rio de Janeiro deu sinal verde para a polícia invadir à força os dois gigantescos complexos de favelas que haviam se tornado o quartel-general do Comando Vermelho, um esconderijo em meio a 300 mil moradores. Durante a operação policial, as colunas de fumaça que se elevavam sobre a paisagem carioca lembravam a Faixa de Gaza, na época em que ainda havia prédios por lá.

Embora o CV tenha sido pioneiro, há anos ocupa o segundo lugar no poder criminal, desde que o PCC, também nascido no sistema prisional, mas em São Paulo, consolidou seu domínio naquele estado e de lá se espalhou para o resto do Brasil.

As duas únicas facções criminosas com presença nacional compartilham muitas semelhanças, mas suas operações refletem as culturas distintas das duas maiores regiões metropolitanas do Brasil. Os cariocas são conhecidos por seu gosto pela vida, sua ostentação e sua tendência a reclamar que os paulistanos só sabem trabalhar. O CV (Comando Vermelho) é mais flexível e menos hierárquico que o PCC (Primeiro Comando da Capital), onde a cadeia de comando é clara. Essa diferença também se reflete na forma como as respectivas autoridades estaduais os combatem. Em agosto passado, a polícia paulista lançou uma grande operação para paralisar financeiramente o PCC e fechar seus negócios legítimos — sem disparar um único tiro.

“Diferentemente de São Paulo, onde o PCC mantém a hegemonia e não precisa recorrer à violência em larga escala para exercer seu domínio, no Rio de Janeiro, o CV é o grupo que controla a maior parte do território, mas não é hegemônico. E quando o Estado o ataca, abrem-se espaços para que outros grupos ocupem essas lacunas.”

Há três anos, o CV lançou uma ofensiva na cidade, recapturando diversos bairros após tomá-los das mãos de grupos paramilitares e cartéis rivais. Isso se soma à sua bem-sucedida operação de expansão por toda a Amazônia e o Nordeste. O Comando Vermelho conseguiu controlar a rota do Rio Solimões, como a Amazônia é conhecida no Brasil, graças às suas alianças com grupos locais em áreas de fronteira. Essas alianças abriram caminho para que o CV recebesse carregamentos de cocaína da Colômbia, Peru e Bolívia, que percorrem o maior rio do mundo até a costa para distribuição interna ou envio para a Europa e África.

As autoridades do Rio também queriam reprimir o CV porque ele oferecia refúgio na cidade a narcotraficantes de outros estados, dada a facilidade com que a tecnologia permite administrar negócios (inclusive ilícitos) remotamente. De fato, alguns dos mortos na operação policial eram de fora do Rio.

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