Papa lamenta crise no diálogo com os judeus – condena o antissemitismo

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29 Outubro 2025

Há muitos anos, o diálogo do Vaticano com o judaísmo tem enfrentado tensões. Agora, Leão XIV procurou esclarecer as coisas – reafirmando de modo claro seu compromisso com o diálogo e sua condenação ao antissemitismo.

A informação é publicada por katolisch.de, 29-10-2025.

Durante a audiência geral na Praça São Pedro, com a presença de representantes judaicos de Israel, o Papa reafirmou com veemência o empenho da Igreja contra o antissemitismo e lamentou os mal-entendidos ocorridos no diálogo católico-judaico. Diante dos fiéis, declarou sob aplausos:

“Desde então, todos os meus predecessores condenaram o antissemitismo com palavras claras. E eu também confirmo que a Igreja não tolera nem aceita o antissemitismo – e o combate, com base no próprio Evangelho!”

O Papa reconheceu, porém, que “na fase atual houve mal-entendidos, dificuldades e conflitos”. Segundo ele, isso nunca impediu a continuidade do diálogo. Acrescentou: “Hoje também não podemos permitir que circunstâncias políticas ou as injustiças de alguns ameacem esta amizade, sobretudo depois de termos alcançado tanto. O espírito de Nostra aetate continua iluminando o caminho da Igreja”.

Reconhecimento irrevogável

Em sua exposição teológica, o Papa destacou que, com o documento conciliar Nostra aetate de 1965, a Igreja reconheceu pela primeira vez, de modo dogmático, as origens judaicas do cristianismo. Esse reconhecimento, afirmou, é “irrevogável, tanto em nível bíblico quanto teológico”.

Na audiência, estiveram em posição de destaque os participantes de um congresso inter-religioso em curso em Roma, com a presença de diversos representantes de organizações judaicas. Na Pontifícia Universidade Gregoriana, onde o congresso ocorre, delegados judeus haviam protestado na segunda-feira após um teólogo católico comparar as ações do exército israelense na Faixa de Gaza com a Shoá.

Desde o início da guerra em Gaza, em 07-10-2023, o diálogo católico-judaico tem sido marcado por tensões. Parte do lado judaico acusa o Vaticano de não ter se manifestado com clareza suficiente contra os massacres do grupo islâmico Hamas e em defesa do direito de Israel à autodefesa.

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