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Tudo começa e termina em Gaza. Artigo de Tarso Genro

Foto: UNRWA | ONU

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20 Outubro 2025

Assistimos à naturalização do inaceitável: a transformação de um genocídio em mero episódio geopolítico, revelando que a razão já deu lugar aos monstros que produziu.

O artigo é de Tarso Genro, publicado por A Terra é Redonda, 19-10-2025. 

Tarso Genro foi governador do estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, ministro da Justiça, ministro da Educação e ministro das Relações Institucionais do Brasil. Autor, entre outros livros, de Utopia possível (Artes & Ofícios).

Eis o artigo.

“A melhor forma de viver o futuro é criá-lo” (Joseph Conrad).

“Relaxamento, torpor, anestesia e sonolência”, causadas pelo ópio fumado ou bebido em “tinturas preparadas para o consumo” foram – mais além das devastações materiais e humanas – os primeiros efeitos na perversão da subjetividade humana, desenhados desde dentro do capitalismo industrial.

São os legados para o século, que mudaram os perigos imediatos e nos colocaram perante duas consequências que dão o perfil da crise civilizatória e política global: a crise climática e a destruição da ONU. As notícias e os comentários angelicais da imprensa tradicional sobre os esforços de Donald Trump para “conseguir a paz” são naturalizações cínicas e humilhantes feitas para um público alienado, num século que já começa terminando.

Tudo de novo, mas nada de novo, embora nada mais seja o mesmo. As duas guerras do ópio encetadas pelo Estado Inglês (1839-1842 / 1856-1860) já foram tipicamente “protecionistas”, pois tinham como objetivo amparar os negociantes ingleses perante as novas decisões do Imperador da China. Este pretendia limitar a venda do ópio no país, “diante do grande impacto” que (o seu uso) ou fruição, vinham causando na saúde pública e na “balança comercial” daquela nação milenar.

O monopólio do comércio do ópio pela velha Inglaterra proporcionou o controle dos portos chineses para o país, bem como a garantia de espaços geopolíticos importantes, definidores da “reserva de mercado” imperial-colonial sobre a China: os sentidos das crises atuais são visíveis à olho nu e formam a tempestade perfeita para uma nova guerra mundial ainda não declarada.

A guerra das civilizações, da qual nos falou Samuel Huntington, bem como as guerras representadas na gravura de Goya (“O Sono da Razão que Produz Monstros”) que Antonio Gramsci eternizou como morbidez da história mostram um velho mundo que morre e um mundo novo que hesita entre o não nascer, ou nascer já deformado pelas dores de um parto sem resultado.

A situação do colonialismo inglês bastou para que Karl Marx designasse, à sua época – por analogia – a religião como um “ópio” do povo. Era o ópio que amortecia as resistências físicas e morais da nação chinesa, bem como as religiões da época – no ocidente – que subordinavam consciência dos indivíduos livres, para arrastá-los – pelas guerras – a morrer pelo interesse das classes dominantes locais, funcionando como entorpecente.[i]

Tensão, energia dispersa do mal, ofensas socavadas nas redes manipuladas e sonhos com um torpor que não relaxa, substituíram a época “inglesa” das guerras do ópio, pelas guerras americanas aparentemente simples, das operações militares por procuração. Vivemos agora a mais americana perda dos sonhos, nas linhas liberais de disseminação do Fentanil, da cocaína, heroína, crack – das drogas sintéticas e do racismo – da imigração reprimida no mercado de trabalho segregado.

Uma carta de Ítalo Balbo a Benito Mussolini, datada de 19 de janeiro de 1939, já traz o cinismo de uma época que se repete, quando refere à missão que o “Duce” lhe atribuíra, de “cuidar dos judeus líbios”. Isso no contexto da repressão racista e das chacinas que levaram ao Holocausto – mandato para o qual Hitler exigia um comportamento solidário dos seus aliados, propagado “pela pureza racial” que legitimaria a dominação do mundo pela Alemanha nazista.

Um dos principais organizadores do Partido Fascista na Itália, Ítalo Balbo foi o Governador da Líbia que nessa carta a Mussolini dizia o seguinte: “Os judeus já estão mortos, não há necessidade de se enfurecer contra eles”, fórmula “otimista” para a versão italiana da barbárie. Mussolini, todavia, quatro dias depois – de forma tão simples como reveladora do poder fascista – responde que a aplicação das leis italianas era para ser mantida na Líbia, porque “os judeus parecem, mas nunca estão definitivamente mortos”.[ii] É o que já dizem Benjamin Netanyahu e Donald Trump sobre os palestinos, nos dias que correm.

Não é exagero dizer que, no médio curso da conjuntura, são visíveis três pontos de apoio que, se não foram removidos do cenário através de articulações políticas com a força global das potências “médias” (onde estamos incluídos) este mundo que aí está, será sucedido talvez por um outro muito pior, mesmo porque não o entendemos ainda de maneira plena.

Racismo, colonialismo, violência, ódio racial, comércio exterior, imigração, tudo o que baseou as a guerras de antes faz hoje tudo começar e terminar em Gaza, passar pelo Sul do Mercosul, abrindo-se em direção à Venezuela para estender seu manto na direção norte à Colômbia e rumo ao México. Depois dali, está a força do Presidente Trump que, após financiar o genocídio, assinou a paz dos vencedores sobre uma montanha de cadáveres insepultos.

Os três pontos de conflito mais visíveis são: a paz dos “cemitérios” em Gaza, Donald Trump se preparando para ocupar a Venezuela e o golpe continuado no Brasil. A extrema importância deste último vem da fusão das externalidades com as interioridades das relações políticas, que fazem renascer todos os dias o que foi e é consenso de Washington.

A democracia ainda resiste em alguns pontos do mundo, assediada pela destruição das poucas cláusulas que restaram do Estado Social e com perdas materiais nos tormentos das guerras. Tudo está mais perto do que parece ser um fim de mundo, muito distante do pior cenário previsto por Washington, quando o sistema do capital enterrou a União Soviética.

Hoje, todavia, é impossível destruir a China, uma nova potência que disputa, palmo à palmo – por dentro do sistema global do capital – os poderes conferidos pela ciência e pela técnica, que também podem dominar territórios e preparar-se para a guerra ou para uma nova etapa de paz precária sem desmantelar-se.

As monarquias feudais árabes e a União Europeia estão limitadas pelos seus compromissos diretos ou indiretos com o ocidente, face a sua dependência militar e econômica dos Estados Unidos. Fera acuada pelas contradições, entre aquilo que disseram seus pais fundadores e aquilo que o país realiza através da violência militar, é um país que só poderá ser resgatado para democracia com seu próprio povo em luta. Única saída – também – para uma paz estável entre a Rússia e a Ucrânia.

Os que dizem em todos os lados que por dentro da democracia política e do Estado Social de Direito não tem saída (o que já pode ser considerado uma “saída” trágica dos estreitos becos do Século XXI) não estão, na verdade, atacando a democracia. Estão dizendo que neste século não tem saída e que o destino de viver em guerras por mais cem anos é o nosso destino fatal. Quem sabe, assim será! Mas não podemos perder o rumo na centralidade do presente: o genocídio que aconteceu em Gaza, “sob os olhos do ocidente”, parafraseando Joseph Conrad, mostra que tudo começa como começou em Gaza e tudo termina como terminou Gaza! Na celebração do Horror.

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