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Francisco, o Papa que abriu caminhos: o que pôde fazer e o que ainda cabe à Igreja. Artigo de José Carlos Enríquez Díaz

Foto: Vatican Media

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08 Setembro 2025

"Portanto, embora alguns celebrem sua morte, pensando que com ele se encerra um ciclo incômodo, é certo que seu legado apenas começou. Aqueles que sonham em restaurar uma Igreja fechada, autoritária e patriarcal estão enganados: o Espírito sopra mais forte que qualquer ferrolho. E Francisco foi testemunha desse sopro", escreve José Carlos Enríquez Díaz, em artigo publicado por Ataque Al Poder, 06-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A morte do Papa Francisco deixou um imenso vazio, não apenas no coração de milhões de fiéis, mas também no horizonte de uma Igreja por ele sonhada mais livre, mais justa e mais evangélica. Francisco foi o bispo de Roma, simples e despretensioso, que escolheu viver em Santa Marta em vez dos palácios do Vaticano, que se vestia sem ostentação e que preferia o contato direto com as pessoas aos protocolos sufocantes da Cúria. Essa simplicidade desconcertou a muitos, mas também desencadeou a ternura e a proximidade que sempre o caracterizaram.

No entanto, não se pode esconder que seu pontificado foi marcado por ferozes resistências, incompreensões e até mesmo ódios declarados. Não faltaram aqueles que desejavam sua morte, considerando-o um perigo para o status quo de uma Igreja fechada em si mesma. Sua determinação em abrir as portas, em fazer da misericórdia o centro da vida cristã, em dar protagonismo aos descartados, esbarrou repetidamente contra os muros do clericalismo e de uma hierarquia enraizada em tradições que pouco têm a ver com o Evangelho.

Um exemplo doloroso dessas limitações foi no âmbito da diversidade sexual. Francisco realizou passos corajosos: permitiu uma vigília jubilar com fiéis LGBTIQ, abençoou o direito de cada pessoa a ser respeitada, condenou a criminalização da homossexualidade e promoveu gestos de proximidade sem precedentes. Mas não conseguiu dar o salto definitivo rumo ao reconhecimento sacramental de suas uniões. Nesse ponto, a Igreja continuou a ser travada por fórmulas jurídicas ultrapassadas e pelo medo de escandalizar aqueles que confundem fidelidade com imobilismo. Muitos crentes da diversidade sentiram esperança, finalmente se viram dentro da casa comum, mas também experimentaram a frustração de um reconhecimento parcial.

Aqui reside o paradoxo de seu pontificado: Francisco abriu caminhos, mas não conseguiu percorrê-los até o fim - José Carlos Enríquez Díaz

Aqui reside o paradoxo de seu pontificado: Francisco abriu caminhos, mas não conseguiu percorrê-los até o fim. O mesmo aconteceu com outras questões pendentes: o celibato obrigatório, o ministério da mulher e a participação dos leigos nos processos decisórios. Essas eram questões que ardiam em seu coração, que emergiram em suas palavras e em alguns de seus gestos, mas que nunca conseguiu concluir. Não porque não quisesse, mas porque a oposição interna foi feroz. Ele entrou em choque com uma Cúria poderosa, com cardeais dispostos a bloquear qualquer reforma e com setores que o acusavam de ser um herege ou um traidor do dogma. Apesar disso, foi o papa que realizou os maiores progressos no reconhecimento das mulheres dentro da Igreja.

Ofereceu-lhes ministérios laicais que antes lhes eram negados, nomeou mulheres leigas para cargos de responsabilidade no Vaticano e escutou com respeito as vozes das teólogas e das religiosas. Não pôde dar o passo do ministério às mulheres, mas afirmou claramente que a Igreja não pode continuar a funcionar com estruturas patriarcais que relegam as mulheres ao segundo plano.

Essa foi a grandeza e a tragédia de Francisco: ter desejado mais do que o sistema lhe permitiu realizar. Mas suas limitações não devem nos fazer esquecer sua coragem. Em tempos de divisão, ele foi o rosto da misericórdia. Em uma Igreja obcecada pelo controle, ele enfatizou o discernimento. Em meio aos luxos da Cúria, viveu na austeridade. Em um mundo marcado pelo ódio, nunca se cansou de repetir que o nome de Deus é misericórdia.

Em um mundo marcado pelo ódio, nunca se cansou de repetir que o nome de Deus é misericórdia - José Carlos Enríquez Díaz

Aqueles que o criticam hoje por "não ter feito o suficiente" esquecem que Francisco abriu brechas em muros milenares. E brechas são necessárias para que a luz entre. Não foi um papa perfeito, nem pôde mudar estruturas centenárias com um golpe de caneta. Mas plantou sementes que outros terão que regar e cultivar. Nesse sentido, seu pontificado deve ser entendido como um tempo de semeadura, de gestos proféticos que preparam para o que virá.

A Igreja precisa de mais papas como Francisco: pastores que não tenham medo de sujar os pés na terra nas estradas do povo, que não tenham medo de escutar o diferente, que não se escondam atrás das aparências de poder. Precisamos de papas que continuem a se perguntar, de forma incômoda: por que não as mulheres no ministério? Por que não um ministério mais aberto e plural? Por que não abençoar todas as formas de amor que nascem da sinceridade e do respeito?

As resistências com que ele se deparou demonstram que o caminho será longo. Mas expressam claramente que a Igreja não pode mais voltar atrás. As comunidades de base, as teólogas, os movimentos laicais, os grupos LGBTIQ, jovens que invocam uma fé coerente com a justiça... todos encontraram em Francisco um ponto de referência e uma inspiração. Ninguém jamais poderá silenciar as perguntas que ele ousou fazer.

Portanto, embora alguns celebrem sua morte, pensando que com ele se encerra um ciclo incômodo, é certo que seu legado apenas começou. Aqueles que sonham em restaurar uma Igreja fechada, autoritária e patriarcal estão enganados: o Espírito sopra mais forte que qualquer ferrolho. E Francisco foi testemunha desse sopro.

No futuro, quando a história da Igreja deste século for escrita, não serão lembrados aqueles que se entrincheiraram no medo, mas aquele papa que ousou sonhar uma Igreja diferente. Francisco será lembrado como o pastor que caminhou sem luxos, que falou de misericórdia em vez de condenação, que preferiu um abraço a um dogma, que nunca teve medo de sujar as mãos nas periferias.

Hoje, sua morte nos entristece, mas também é um desafio. Lembra-nos que a Igreja é chamada a seguir em frente, não a parar, não a se contentar com o que já realizou. A verdadeira homenagem a Francisco não será repetir suas palavras, mas continuar seus gestos: abrir, acolher, abraçar, transformar.

Porque, para além do que não pôde fazer, Francisco nos ensinou o mais essencial: que o Evangelho é sempre uma boa notícia para todos e que toda Igreja que não for inclusiva, misericordiosa e fraterna não é mais a Igreja de Jesus.

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  • Obrigado, Francisco! Artigo de Frei João F. Júnior
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