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Por que não podemos deixar de nos considerar fascistas. Artigo de Simonetta Fiori

Foto: Unplash

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02 Setembro 2025

"Mas é evidente que, na encruzilhada vencedora dos autoritarismos mundiais, e em meio aos rumores sinistros de um edifício democrático em ruínas, Esposito quis nos alertar".

O artigo é de Simonetta Fiori, jornalista, publicado por la Repubblica, 01-09-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O ensaio de Roberto Esposito é uma viagem histórico-filosófica na descoberta de uma "máquina política que se autogera". E desafia nosso ser democráticos com perguntas incômodas.

É um livro corajoso e inquietante, "Il fascismo e noi” (O fascismo e nós), que deve ser manuseado com muito cuidado. Porque no cerne da nova investigação de Roberto Esposito está um vínculo inconfesso e por muito tempo removido, uma zona obscura que só a literatura conseguiu penetrar. Para além da sua finitude histórica, o fascismo nos pertence? Está dentro de nós, permeando as nossas estruturas psíquicas mais profundas, tanto individuais como coletivas? E, apesar da sua catastrófica ruptura, pode gabar-se de uma familiaridade incontestável com a história e o pensamento ocidentais? Um combate corpo a corpo com nós mesmos, do qual o leitor em busca de consolo sairá lanhado. Da erudita e lúcida dissertação de trezentas páginas (publicada pela Einaudi) só poderá derivar respostas pouco tranquilizadoras.

O fascismo nos diz respeito, argumenta Esposito. E continuará a nos dizer respeito. Desviar o olhar dessa proximidade perigosa, afastar o objeto de "nós" porque são os "outros" os responsáveis de sua realização, não só não serve para nada como poderia ser politicamente letal. Mortal para a democracia. Um chamado à responsabilidade que diz respeito a todos, mas especialmente aos filósofos, acusados de terem intervindo "esporádica e extemporaneamente" nos últimos cinquenta anos. A historiografia fez muito mais, mas os historiadores — na opinião do autor —têm armas cegas, obrigados a parar na beira da sombra. Só a filosofia pode fazer o trabalho sujo, num acerto de contas até agora adiado.

Obviamente, para sustentar sua tese, Esposito precisa reformular a noção de fascismo — ou, melhor, de "nazifascismo" — não mais entendido como fenômeno historicamente determinado, com um começo e um fim, mas como uma concepção do homem e do mundo que sobrevive aos escombros da história. Não se trata, portanto, de reviver o "fascismo eterno" evocado por Umberto Eco, categoria arquivada por não ser convincente, mas de reconhecer o fascismo como uma verdadeira filosofia, como fez o historiador israelense Zeev Sternhell. "A filosofia não pode ter medo de si mesma", escreve Esposito, "não pode negar as feridas gravadas em sua carne, as continuidades que a empurraram para a beira do mal radical".

Daí a escolha de repropor filósofos, psicanalistas e até romancistas que não tiveram medo de cruzar a fronteira proibida, expondo a relação ruinosa entre o fascismo e nossa história, nossas ideias, nossas pulsões irracionais, até mesmo aquelas sexuais. Uma biblioteca bastante heterogênea, abrangendo desde a década de 1930 — mas também o alvorecer do século XX — até a época contemporânea, incluindo as reflexões oportunas de Bataille e Lévinas, a análise escandalosa de Simone Weil, o pensamento frankfurtiano de Ernst Bloch a Marcuse, as sombrias interpretações psicanalíticas de Reich e Fromm, inspiradas por Freud e posteriormente retomadas por Deleuze e Guattari, até a pedra tumular colocada por Michel Foucault: o fascismo está dentro de nós. Uma conclusão levada às suas extremas consequências pela literatura contundente de Pier Paolo Pasolini, Jonathan Littell e Martin Amis, que mergulham audaciosamente nas profundezas do compromisso com o mal.

O que une essa genealogia nem sempre linear é a capacidade dos autores de vislumbrar o caráter mais autêntico do fenômeno, entendido não tanto como um "regime" ou "doutrina", mas como uma "máquina metafísica generativa", no sentido de máquina "capaz de gerar suas próprias condições de existência". Nem todos os intelectuais propostos no livro nomeiam expressamente o dispositivo fascista, mas sabem captar sua característica essencial, que consiste na capacidade de dividir a realidade entre opostos, "inserindo um no outro, depois de ter modificado ambos". Tecnologia e mito convivem ali, assim como revolução e reação, modernidade e atraso, capitalismo e anticapitalismo, anarquia e ordem, elitismo e populismo.

Não se trata de "contradições inconscientes", mas sim de implementação de "uma estratégia muito inteligente para ocupar todas as posições em campo, deixando o adversário fora do jogo". Como essa "máquina" nos diz respeito? Em parte, explica como os líderes totalitários conseguiram subjugar as massas. E como poderiam tentar novamente. Mas, para penetrar o outro lado do problema — o desejo das massas de serem dominadas —, é preciso acender uma luz sobre as pulsões irracionais que alimentam o funcionamento do aparato fascista. É o momento de se deitar no divã de Freud, capaz de interceptar a questão antes do advento dos regimes. É com o pai da psicanálise que o olhar se desloca para o desejo, poderoso combustível da máquina totalitária: o desejo das massas de serem subjugadas, sobre o qual se fundamenta o contágio da sugestão. Mecanismos descontrolados, entre sadismo e masoquismo, que fazem parte dos seres humanos, de forma que germe fascista se incuba naturalmente na massa.

Cabe a Foucault fazer a transição definitiva e radical ("o fascismo habita o nosso espírito e a nossa conduta cotidiana"), seguido por Guattari, autor de um ensaio explícito, especialmente no título de sua edição em inglês, "Everybody wants to be a fascist" (Todo mundo quer ser um fascista). Guattari certamente não poderia imaginar que, cinquenta anos depois, receberia apoio do presidente dos Estados Unidos, que recentemente defendeu que muitas pessoas desejam a ditadura — uma reflexão que, no entanto, não parece comportar a mesma angústia expressa pelos filósofos do Anti-Édipo. E aqui nos aproximamos de uma das poucas perguntas que Esposito não formula diretamente, mas cuja resposta talvez esteja presente ao longo de todo o livro. Por que um professor emérito da Normale, um século depois daqueles fenômenos históricos, se daria ao trabalho de dedicar um ensaio tão denso ao fascismo que existe em nós? As referências à atualidade são fugazes, com acenos ocasionais nas entrelinhas aos populismos contemporâneos, definidos como "novos disfarces" do fascismo. Mas é evidente que, na encruzilhada vencedora dos autoritarismos mundiais, e em meio aos rumores sinistros de um edifício democrático em ruínas, Esposito quis nos alertar. Os mecanismos pulsionais inatos nos seres humanos "não podem ser detidos, mas no máximo orientados em uma direção diferente". É aqui que as forças democráticas podem intervir para derrotar as seduções populistas.

"Combater o fascismo significa, mais que negar a sua ideologia, desmontar sua máquina geradora que está dentro de nós." É melhor saber a tempo, antes de nos tornarmos cúmplices.

"Il fascismo e noi. Un’interpretazione filosofica", livro de Roberto Esposito (Editora Einaudi, 2025).

Leia mais

  • O fascismo como um traço constitutivo das democracias liberais capitalistas. Entrevista especial com Felipe Lazzari da Silveira
  • Fascismos: como vencê-los? Artigo de Alexandre Francisco
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  • O fascismo como um traço constitutivo das democracias liberais capitalistas. Entrevista especial com Felipe Lazzari da Silveira
  • Para uma antropologia do novo fascismo. Artigo de Franco Berardi

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