20 Agosto 2025
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (18) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de "ameaças" dos Estados Unidos, que aumentaram a recompensa por informações que levem à captura do líder venezuelano e lançaram uma operação antidrogas com militares no Caribe. "Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela", proclamou Maduro.
A reportagem é publicada por RFI, 19-08-2025.
"Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas", anunciou Maduro em ato transmitido pela TV, ao ordenar "tarefas" perante "a renovação das ameaças" dos Estados Unidos contra a Venezuela.
Composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais, a milícia criada pelo ex-presidente Hugo Chávez tornou-se posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
"Ameaças podres"
Maduro agradeceu pelas manifestações de apoio diante do que chamou de "repetição podre" de ameaças. "Os primeiros a manifestar solidariedade e apoio a este presidente trabalhador que aqui está foram os militares desta pátria", destacou o líder venezuelano, que pediu às bases políticas do seu governo que avancem na formação das milícias camponesas e operárias "em todas as fábricas".
"Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela", proclamou Maduro. "Mísseis e fuzis para a classe operária, para defender a nossa pátria!"
Leia mais
- Lula monitora ação militar dos EUA contra Maduro e teme impacto no Brasil
- Trump envia quatro mil fuzileiros navais ao Caribe para combater cartéis de drogas
- O Exército dos EUA pisará a América Latina? Artigo Luis Nassif
- Venezuela, o triunfo da paz autoritária. Artigo de José Natanson
- Exproprie-se! Como o chavismo toma propriedades de opositores exilados na Venezuela
- Venezuela: uma disputa além dos registros eleitorais
- Por que Brasil não classifica facções como terroristas?
- Trump e América Latina e Caribe: Um laboratório de controle? Artigo de Carlos A. Romero, Carlos Luján, Guadalupe González, Juan Gabriel Tokatlian, Mônica Hirst
- A milícia avança nos territórios do Comando Vermelho. Entrevista especial com José Cláudio Alves
- ‘PCC é a maior organização criminosa da América do Sul e usa terror contra Estado', diz promotor
- A Suprema Corte dos EUA permite que Trump retire a proteção legal de mais de 300.000 venezuelanos
- Como o governo desvia verba pública para desinformar
- Terrorismo e erro moral. Artigo de Denis Coitinho
- Israel — um Estado terrorista. Artigo de Luis Felipe Miguel
- Atentados do 11 de Setembro de 2001: "não foi feita justiça". Entrevista com John Kiriakou
- A extrema-direita como ameaça para a governança mundial. Artigo de Monica Herz e Giancarlo Summa
- Criminalização dos Movimentos Sociais: Tipificação de Terrorismo
- Como a ‘guerra dos bonés’ pode incentivar a xenofobia no Brasil
- “O crime organizado está causando metástases e a América Latina está pagando o preço”. Entrevista com Robert Muggah
- 23,5 milhões vivem em áreas com facções ou milícia: 'reflete carência do Estado e de políticas públicas', diz pesquisador