Chame-nos pelos nossos nomes. Artigo de Francis DeBernardo

Foto: Mídia Ninja

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS
  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Julho 2025

"O Papa Francisco não era perfeito — quem entre nós é? — mas seu exemplo de amor pastoral simples será o tipo de ação que eventualmente derrubará os muros de oposição à igualdade LGBTQ+ na Igreja".

O artigo é de Francis DeBernardo, diretor-executivo da New Ways Ministry, em artigo publicado por New Ways Ministry, 23-07-2025.

Eis o artigo.

Já se passaram três meses desde a morte do Papa Francisco, e ainda assim as pessoas comentam como foi bom ele ter "quebrado o gelo" no debate da Igreja sobre questões LGBTQ+. É verdade que ele não mudou os ensinamentos católicos sobre relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo ou sobre transição de gênero, mas seus pequenos gestos certamente tiveram um impacto profundo em todo o mundo católico.

Uma mulher católica queer escreveu sobre como seu trabalho pastoral simples transformou a Igreja de maneiras que certamente perdurarão. Em um artigo da revista US Catholic intitulado "Para católicos LGBTQ+, a mensagem de amor do Papa Francisco perdura", Emma Cieslik resume o legado do Papa Francisco da seguinte forma:

O Papa Francisco nos chamou pelos nossos nomes. Sim, ele já usou insultos que nos feriram antes, nomes que foram usados para nos diminuir, mas, ao mencionar nossos nomes — homossexuais, transgêneros, gays —, nos tornamos parte dos dois mil anos de história da Igreja. Esse é um legado que será difícil de apagar na era da internet — e que estabelece as bases para a inclusão.

Mesmo que a Igreja seja lenta em mudar, o Papa Francisco nos chamando pelos nossos nomes, nos mencionando, nos encontrando, nos ouvindo — afirmando nossa humanidade — é seu legado e um legado que tocará a vida não apenas de todos os católicos LGBTQ+, mas também de todos os pais que encontram coragem para chamar seus próprios filhos assim como Jesus os chamou.

O Papa Francisco não era perfeito — quem entre nós é? — mas seu exemplo de amor pastoral simples será o tipo de ação que eventualmente derrubará os muros de oposição à igualdade LGBTQ+ na igreja.

Leia mais