19 Julho 2025
- Denunciamos este crime. Locais de culto são espaços sagrados que devem ser mantidos seguros.
- Os religiosos em Jerusalém emitiram uma forte condenação na qual lamentam o bombardeio israelense à única paróquia católica em Gaza.
- Atacar uma igreja que abriga 600 refugiados constitui uma violação das lei. Também constitui um atentado à dignidade humana.
A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 18-07-2025.
"Denunciamos veementemente este crime. Locais de culto são espaços sagrados que devem ser mantidos seguros". Os patriarcas e chefes de igrejas em Jerusalém emitiram uma forte condenação em um comunicado divulgado na manhã de sexta-feira, 18 de julho. Eles lamentam o bombardeio israelense à única paróquia católica em Gaza e apelam à comunidade internacional para "trabalhar por um cessar-fogo imediato em Gaza que leve ao fim desta guerra".
"Nós, Patriarcas e Chefes de Igrejas em Jerusalém, unimo-nos em profunda solidariedade ao Patriarcado Latino de Jerusalém e às pessoas abrigadas na Igreja Católica da Sagrada Família em Gaza, ao testemunharmos o ataque atroz do exército israelense contra o complexo da igreja na manhã de quinta-feira, 17 de julho de 2025. Este ataque não só causou danos ao complexo da igreja, mas também deixou três mortos e dez feridos, incluindo o pároco, Padre Gabriel Romanelli, entre os feridos", diz o comunicado.
"Em união inabalável, denunciamos veementemente este crime. Locais de culto são espaços sagrados que devem ser mantidos seguros. Além disso, são protegidos pelo direito internacional", acrescentaram os líderes religiosos.
"Atacar uma igreja que abriga aproximadamente 600 refugiados, incluindo crianças com necessidades especiais, constitui uma violação dessas leis. Também constitui um atentado à dignidade humana, um ultraje à santidade da vida humana e a profanação de um lugar sagrado", disseram os líderes religiosos no comunicado.
"Nós, os Patriarcas e Chefes de Igrejas em Jerusalém, apelamos aos líderes mundiais e às agências das Nações Unidas para que trabalhem por um cessar-fogo imediato em Gaza, que levará ao fim desta guerra. Também imploramos que garantam a proteção de todos os locais religiosos e humanitários e que forneçam ajuda às massas famintas em toda a Faixa de Gaza", concluem, reconhecendo que "nossas orações e apoio permanecem firmes, clamando por justiça, paz e o fim do sofrimento que se abateu sobre o povo de Gaza".
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