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A transição religiosa continuou acelerada na região Norte entre 2010 e 2022. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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18 Julho 2025

A transição religiosa brasileira tem um ritmo mais acelerado na Região Norte, que possui a maior proporção de evangélicos na população e a menor participação de católicos em comparação com outras regiões.

O artigo é de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia, publicado por EcoDebate, 16-07-2025.

Eis o artigo.

O Brasil está passando por uma transição religiosa que se desdobra em quatro níveis: redução das filiações católicas, aumento das filiações evangélicas, crescimento do grupo dos sem religião e aumento do percentual das demais religiões.

Nos 100 anos entre 1890 e 1991, o percentual de católicos passou de 98,9% para 83,3%, marcando uma perda média de cerca de 1,5% por década. Os evangélicos subiram de 1% para 9%, marcado um aumento de 0,8% por década.

Mas, entre 1991 e 2010, houve uma aceleração da transição religiosa com os católicos caindo cerca de 1% ao ano e os evangélicos subindo cerca de 0,7% ao ano. Parecia que as mudanças no cenário religioso brasileiro estavam se desenrolando em velocidade acelerada. Porém, os dados do censo demográfico 2022 mostraram que a transição religiosa continua em suas 4 dimensões, mas em ritmo mais lento.

A tabela abaixo mostra a variação anual das mudanças percentuais dos quatro grandes grupos religiosos no Brasil entre 1980 e 2022. Nota-se que a queda dos católicos foi de -0,52% entre 1980 e 1991, subiu para o recorde de -1,04 entre 1991 e o ano 2000, caiu ligeiramente para -0,89% entre 2000 e 2010 e desacelerou para -0,69% entre 2010 e 2022.

Os evangélicos cresceram 0,22% ao ano entre 1980 e 1991, subiram para 0,71% entre 1991 e 2000, diminuíram ligeiramente para 0,63% ao ano entre 2000 e 2010. Mas tiveram uma redução do ritmo mais significativa para 0,43% entre 2010 e 2022. O grupo que se autodeclara sem religião avançava 0,18% ao ano entre 1980 e 1991, subiu para 0,20% entre 1991 e 2000, caiu para 0,15% ao ano entre 2000 e 2010 e caiu novamente para 0,12% entre 2010 e 2022.

Já o grupo das demais religiões apresentou uma variação positiva de 0,12% ao ano entre 1980 e 1991, subiu ligeiramente para 0,13% ao ano entre 1991 e 2000, caiu para 0,11% ao ano entre 2000 e 2010 e subiu para 0,14% ao ano entre 2010 e 2022. O maior crescimento ocorreu entre as religiões de matriz africana (Umbanda e Candomblé) que passaram de 0,3% do total populacional em 2010 para 1% em 2022.

Gráfico de variação percentual anual dos 4 grandes grupos religiosos (Fonte: IBGE).

Contudo, esta realidade nacional possui dinâmicas diferentes nas cinco grandes regiões do país. A tabela abaixo mostra a distribuição percentual dos 4 grupos religiosos, a razão entre evangélicos e católicos (REC) e o índice de Gini para o Brasil e regiões em 2010. Nota-se que a região Sudeste tinha menor percentual de católicos e maior percentual do grupo sem religião e de outras religiões, enquanto a região Norte tinha o maior percentual de evangélicos. A região Norte tinha a maior REC e a região Centro-Oeste tinha o menor índice de Gini. A região Nordeste tinha o maior índice de Gini, indicando menor pluralidade religiosa.

Gráfico da distribuição percentual de religiões no Brasil e regiões: 2010 (Fonte: IBGE).

A tabela abaixo mostra a distribuição percentual dos 4 grupos religiosos, a razão entre evangélicos e católicos (REC) e o índice de Gini para o Brasil e regiões em 2022. Nota-se que a região Norte passou a ter o menor percentual de católicos e o maior percentual de evangélicos. Por conseguinte, a REC que era de 47,0 em 2010 passou para 72,9 evangélicos para cada 100 católicos. Isto indica que houve uma aceleração da transição religiosa na região Norte, enquanto houve uma desaceleração nas regiões Sudeste e Sul.

Gráfico da distribuição percentual de religiões no Brasil e regiões: 2022 (Fonte: IBGE)

A transição religiosa brasileira tem um ritmo mais acelerado na Região Norte, que possui a maior proporção de evangélicos na população (36,8%) e a menor participação de católicos (50,5%) em comparação com outras regiões.
Existem vários fatores que contribuem para esse fenômeno na Região Norte. No contexto social e demográfico pode-se destacar:

  • Migrações: diversos estados da região Norte receberam grandes contingentes de imigrantes nas últimas décadas. Migrar, especialmente em contextos de vulnerabilidade, implica em deixar para trás redes de apoio familiar, social e, muitas vezes, religiosa. Essa desestruturação pode levar os imigrantes a buscarem novas comunidades que ofereçam suporte e senso de pertencimento no novo ambiente.

  • Populações indígenas: Entre as populações indígenas, por exemplo, o percentual de evangélicos é mais alto e o de católicos é mais baixo do que a média nacional, o que reflete uma dinâmica de transição religiosa específica nesse grupo.

  • Novas gerações: A região Norte tem uma estrutura etária mais rejuvenescida e as novas gerações são mais suscetíveis à migração religiosa e a novas formas de pertencimento, o que pode ser mais pronunciado em regiões com populações mais jovens ou em transformação.

  • Diversidade religiosa: O Brasil, como um todo, tem se tornado mais plural do ponto de vista religioso. No Norte, essa pluralização se manifesta de forma mais acentuada, com a queda do número de católicos e o aumento dos evangélicos e do grupo “sem religião”.

No contexto da expansão e das estratégias das Igrejas Evangélicas

  • Presença missionária: Historicamente, a região Norte tem sido alvo de intensa atividade missionária protestante e, mais recentemente, evangélica. Missionários que chegaram à região buscavam não apenas a conversão religiosa, mas também a implantação de uma “nova moral civilizatória”, que aos poucos foi se adaptando às particularidades locais.

  • Capilaridade e alcance: As igrejas evangélicas, especialmente as pentecostais e neopentecostais, demonstram uma grande capacidade de capilaridade, alcançando áreas remotas e populações carentes, onde a presença de outras instituições, incluindo a católica, pode ser menos expressiva. Há, inclusive, mais templos religiosos do que escolas ou hospitais na Região Norte, com a maioria sendo de igrejas evangélicas.

  • Identificação com as necessidades locais: Muitos estudos apontam que as igrejas evangélicas conseguem estabelecer uma conexão mais direta com as necessidades e o cotidiano das comunidades amazônicas. Elas oferecem apoio social, senso de comunidade e abordagens que, ao longo do tempo, se tornaram menos “estranhas” às populações locais, muitas vezes valorizando a natureza e elementos culturais da região.

  • Meios de comunicação: A expansão dos meios de comunicação liderados por lideranças religiosas evangélicas também contribui para a difusão de suas mensagens e para atrair novos fiéis.

Ao longo dos anos, o protestantismo brasileiro na região conseguiu assumir práticas mais alinhadas com as populações amazônicas.

Em resumo, a transição religiosa mais rápida no Norte do Brasil é um fenômeno complexo, impulsionado pela forte presença e estratégias de expansão das igrejas evangélicas, a dinâmica demográfica e social da região e a capacidade de adaptação dessas denominações ao contexto local.

Os dados do censo 2022 precisam ser melhor analisados. Novas pesquisas serão necessárias para se traçar um quadro mais amplo do cenário atual e das perspectivas futuras da transição religiosa no Brasil. Mas é importante registrar que se houve desaceleração da transição em nível nacional, o mesmo não aconteceu na região Norte, que já teve dois estados onde os evangélicos superaram os católicos e a REC avançou de forma veloz em toda a região. Conhecer estas realidades regionais é importante para traçar um quadro mais realista da transição religião no país.

Referências

ALVES, JED et al. Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil, Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 29, n. 2, 2017, pp: 215-242

ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI, Escola de Negócios e Seguro (ENS), (com a colaboração de Francisco Galiza), maio de 2022.

ALVES, JED. A transição religiosa no Brasil: 1872-2049, Ecodebate, 09/06/2025

ALVES, JED. Transição religiosa em Japeri (RJ) e no Brasil, Ecodebate, 16/06/2025

ALVES, JED. Nem aceleração nem estagnação, a transição religiosa continua, Folha de São Paulo, 18/06/2025 

ALVES, JED. a questão não é se os evangélicos irão ultrapassar os católicos, mas sim quando, O Globo, 13/06/2025 

ALVES, JED. Brasil menos desigual com o avanço da transição religiosa, Revista Exame, 19/06/2025

ISER. Censo 2022: reflexões sobre religiões e sociedade. Debate com José Eustáquio Alves e Paul Freston, mediado por Christina Vital, 03/07/2025 

Leia mais

  • A acelerada transição religiosa em Seropédica (RJ). Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Transição religiosa em Japeri (RJ) e no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • A transição religiosa no Brasil: 1872-2049. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Por que o avanço evangélico estagnou e não deve voltar? Artigo de Fabio Miessi e Raphael Corbi
  • O que os números do Censo de 2022 dizem sobre a pertença religiosa no Brasil? Artigo de Geraldo Luiz De Mori, SJ
  • A nova fotografia da religião no Brasil segundo o Censo de 2022. Artigo de Jeferson Batista
  • O acelerado crescimento dos templos evangélicos e a transição religiosa no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • A expansão evangélica no Estado: do Executivo ao Judiciário. Entrevista especial com Ronaldo Almeida
  • O panorama religioso no Brasil: perspectivas para as próximas décadas com base no Censo 2022. Artigo de Robson Ribeiro
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