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“Na Igreja, pelo batismo, as mulheres são todas profetas, sacerdotes e rainhas”. Entrevista com Christina Moreira

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02 Julho 2025

É mãe, casada (com um padre católico), presbítera… e agora também bispa. Aos 61 anos, a espanhola Christina Moreira acaba de ser ordenada por outras três bispas que, tal como ela, pertencem à Associação de Mulheres Sacerdotes Católicas Romanas (tendo duas delas sido, por sua vez, ordenadas por um bispo católico que permaneceu anônimo por motivos de segurança). O objetivo desta ordenação, que aconteceu no passado dia 24 de junho, é “transmitir a sucessão apostólica no contexto de uma Igreja circular e inclusiva, para que esta, por sua vez, acompanhe e ordene mulheres chamadas a servir comunidades abertas, onde todas as pessoas são acolhidas”. Isso mesmo explicava o convite para participar na celebração, no qual não era especificado o local onde ocorreria (referia-se apenas que seria “perto de Compostela”), para evitar a presença de pessoas que pudessem tentar impedi-la. Apesar de alvo de muitas críticas, a celebração aconteceu mesmo e o 7MARGENS falou com Christina Moreira para procurar compreender o que esta significou para si e o que pode significar para a Igreja Católica de hoje… e do futuro.

A reportagem é de Clara Raimundo, publicada por 7Margens, 30-06-2025.

Eis a entrevista.

O que a motiva a prosseguir esta luta pelos direitos das mulheres na Igreja?

Não diria que é uma luta. Se fosse, não poderia continuar, porque teria gasto toda a minha energia num esforço de guerra. O nosso caminho é seguir Jesus fazendo o bem, tentando imitá-lo da melhor forma possível. Assumir o nosso lugar na linhagem dos seus discípulos, no tempo e no espaço, na vida quotidiana, é a nossa forma de alcançar a igualdade para a multidão de pessoas que compõem a Igreja Católica Romana. Se falta igualdade, o nosso trabalho é trazê-la e mostrar que é boa, que está no plano da mente de Deus que nos criou “homem e mulher” para que pudéssemos realizar o amor e os seus frutos: a justiça, a paz, a alegria e o cuidado.

Na realidade, o que me move e me dá força para continuar é a consciência de que estou a viver nesta dinâmica criativa da vida e que tudo o que existe faz parte dela, que tudo é abençoado e nunca deixará de o ser. Lembrar-me disto é a minha missão, chamando e encorajando outros a juntarem-se a mim no meu papel de bispa. Na Igreja, pelo batismo, nós as mulheres somos todas profetas, sacerdotes e rainhas. Não há mais direitos a conquistar; tudo já é nosso; pertence-nos tomar posse plena e exercer o que somos. Proclamar isto não é uma luta; é um cântico de libertação que deve trazer liberdade ao mundo. Como pode ver, a motivação é poderosa.

Que consequências concretas pensa que podem surgir dessa missão que tem abraçado, e especificamente da sua ordenação como bispa?

Apenas me interessam as consequências para as pessoas que esperam um pouco de conforto, companhia na difícil viagem da vida, palavras de esperança no meio da doença ou do luto, gestos de ternura que restauram o amor pela vida quando algo foi quebrado. Estou interessada em aumentar o número de pessoas dispostas a fazê-lo.

Se me permitem antecipar, concretamente, gostaria que os meus colegas sacerdotes me convidassem para dar testemunhos, explicações e justificações, para que nos possamos compreender melhor e colaborar. E esses meus colegas forem bispos e até o Papa, isso seria fantástico. Somos humanos, acreditamos no mesmo Deus e devemos colaborar; não é uma opção. O mundo está num estado demasiado mau para rejeitar qualquer braço que se proponha trabalhar.

Outras consequências? Já se ouvem: críticas, insultos, ódio, machismo descarado e violento que está a ser desencadeado na mídia e nas redes sociais. Eu não leio; as pessoas contam-me, e eu sei que é inevitável. O meu chefe foi torturado e crucificado… Compreendo que, considerando tudo, terei de lidar com o fogo dos média.

Esta ordenação não me dá muito mais do que as anteriores; não temos poder, nem palácio, nem cargo, por isso não devemos ser tão temíveis, a não ser que, por ser mulher, qualquer coisa que eu faça seja temível para alguns.

Tem esperança de que o Papa Leão XIV abra definitivamente a porta à ordenação de mulheres? Ou acha que essa ainda é uma realidade distante na Igreja Católica?

As mulheres da ARCWP (Associação de Mulheres Sacerdotes Católicas Romanas) estendem a mão a Leão XIV e a quem a quiser tomar, num gesto amoroso de paz. Tenho um sorriso reservado para ele, para aquele irmão de quem me dizem que tudo depende. Venho dizer-lhe que, na realidade, por muito trabalho que o Papa tenha – e sei que é grande – a esperança repousa num Outro; é um dom e não tem limites. A minha esperança reside na minha crença no coração humano, em saber que é bom por natureza, que, desde a base, vem preparado para amar, para ser amado, livre, e para criar novidade e vida.

Daí, venho dizer que as mulheres na Igreja não são um problema; não viemos para destruir nada, mas para ser a solução. Fomos formadas desde crianças para cuidar, costurar, limpar, organizar, servir à mesa e educar; e é isso que sempre fizemos, sem esperar permissão, porque a nossa casa comum está em muito mau estado. E seria suicídio esperar por uma permissão que nunca chega, por aprovações que já são tardias.

Quais são ainda os principais obstáculos à igualdade de direitos das mulheres na Igreja?

Os obstáculos à igualdade de direitos, de papéis e de dignidade – não só para as mulheres, mas para toda a rica diversidade que existe entre as pessoas da Igreja – são de várias tipologias: uma tradição patriarcal herdada durante séculos, uma estrutura imperial feudal de outros tempos que não responde às necessidades do século XXI, o apego a privilégios baseados na construção do padre heróico, heterocelibatário, colocado acima do resto dos mortais como um herói sagrado que gera todo o tipo de abusos, maus tratos e… misoginia.

A Igreja tem sido sobrecarregada pelas amarras das sociedades em que opera, pelas culturas, pelos lugares, tradições e normas que nem sempre provêm do Evangelho e dos seus valores. É tempo de uma revisão profunda, porque as vítimas estão, com razão, a revelar-se e a revoltar-se.

O que é necessário para que esta igualdade se torne uma realidade?

Acredito que a igualdade exige clareza de visão, uma observação serena da realidade, com o desejo de fazer o que é justo e bom para o mundo. Ver que o sistema antigo opera com estruturas que oprimem vidas e pessoas em vez de as elevar e libertar. Tomar nota e agir em conformidade. Usar o velho padrão do ativismo cristão entre o meu povo: ver, julgar e agir. Ou sacudimos as teias de aranha de séculos dos nossos olhos, ou a realidade atingir-nos-á com mais força, até que não haja outra escolha. É preciso coragem e vontade de trabalhar, consistência e generosidade.

E é preciso, para começar, que todos os que queiram comecem a trabalhar sem esperar pela permissão. Há os padres católicos, o movimento Revolta das Mulheres — Alcem la Veu, há o movimento MOCEOP pelo celibato opcional para os padres, há inúmeras associações, movimentos e pessoas dinâmicas já a trabalhar.

Mas são precisas mais vozes e mais mãos?…

São necessárias mais mãos, mais vozes e muita fé para evitar o desânimo. Não só é necessário aprovar que as mulheres são discípulas e chamadas por Deus para cumprir isso, como também é necessário reconhecer que já o somos. As mulheres devem ser vistas, chamadas pelo nome, e assim a sua dignidade não sofre atrasos. Não é uma realidade distante; já está a acontecer; olhem para nós. Aí estamos nós. Costumo dizer que a porta não existe, que o teto de vidro é uma fantasia para nos assustar e impedir de subir para ver com os nossos próprios olhos. Nós fizemo-lo: não existe. O que tiver de ser, será, porque já o é.

No dia em que todos o virem, incluindo Leão e os seus companheiros, poderemos anunciar o Evangelho, arregaçar as mangas e deixar de desperdiçar energias em supostas lutas que corroem a nossa comunhão e enfraquecem os nossos apostolados.

Leia mais

  • O Papa Leão XIV fará o apelo por mulheres diáconas? Artigo de Phyllis Zagano
  • A via do Sínodo e o peso das mulheres. Artigo de Enzo Bianchi
  • “A fumaça rosa da dignidade: a Igreja deve ouvir o clamor de suas filhas”. Artigo de José Carlos Enriquez Diaz
  • O outro “conclave”: superioras gerais de todo o mundo reunidas em Roma. Artigo de Giovanni Veggiotti
  • Outro Conclave sem mulheres: “Nos sentimos traídas por Francisco”
  • “Desmasculinizar a Igreja. E sobre o diaconato feminino o debate permanece aberto”. Entrevista com Linda Pocher
  • Para se desmasculinizar, a Igreja deveria mostrar que precisa das mulheres
  • O (não) lugar das mulheres: o desafio de desmasculinizar a Igreja. Ciclo de estudos no IHU. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Desmasculinizar a Igreja, o pedido do Papa
  • O que significa desmasculinizar a Igreja? Um debate entre o Papa Francisco, teólogos e teólogas
  • Francisco chamou a “desmasculinizar” a Igreja e pediu mais presença feminina
  • Discernimento sinodal e mulheres no diaconato. Artigo de Phyllis Zagano
  • Mulheres diáconas? Parte II. Artigo de Phyllis Zagano
  • Mulheres diáconas? Parte I. Artigo de Phyllis Zagano
  • A solução fracassada: as mulheres e o ministério eclesial. Artigo de Andrea Grillo
  • Imaginar e fazer sínodo. Artigo de Andrea Grillo
  • Rumo a uma teologia do ministério ordenado feminino. Artigo de Andrea Grillo

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